Instrumento

Foto de valdeci ferraz

PITACO

PITACO

Hoje não é mais
do que a primeira fatia do tempo,
as restantes vão se dissolvendo na poeira.
Cada ser humano dispõe da ferramenta
para determinar o tamanho de sua fatia.

Sinto pena daqueles
que não conseguem alargar as suas horas,
pois vinte e quatro é apenas uma convenção.

Joguem fora os relógios
e abracem a vida.
Há uma canção composta exclusivamente para você.
Não adianta procurá-la
no brilho das estrelas distantes,
nem dentro de paredes alheias.
Pois você é a partitura,
seu corpo o instrumento.
Hoje é apenas o resumo do ontem.

Foto de betimartins

Os Poetas!

Os Poetas!

Não julguem a vida do poeta
Ele morre à fome e ao frio
Entre os sonhos, alcançados
Outros, ultrajados e esquecidos...

Muitos riem do poeta, criticam
Outros lastimam a sua escrita
Tem quem os chame de boêmios
Apenas rebeldes e mal esclarecidos...

O poeta é amor, é descobrimento
Ele ilude a dor, pinta-a de branco
Ele é medico, cura o seu coração
Deixando purgar seus sentimentos...

O poeta é um ilusionista, um palhaço
Corre nas estradas da vida, sorrindo
Escrevendo suas paixões, devaneios
Como só um verdadeiro artista o sabe fazer...

È o poeta que faz a ponte dos dois mundos
Ele escreve, transporta, une o desconhecido
Desenlaça a escuridão, trazendo a claridade
Para este mundo tão desigual e sofrido...

Ele enfeita, ilude, pinta a colorido
Em linhos, tecidos finos e bordados a ouro
O seu simples instrumento, uma caneta
E quem sabe num simples teclado...

E nas lágrimas do poeta, corre um rio
Da minha saudade, onde a inspiração
Corre entre as palavras e as lembranças
Que o poeta também envelhece e morre...

A sua obra, suas lembranças, jamais
Morrem, jamais, elas ficaram gravadas
No coração de quem ele mais tocou e amou
Onde apenas a imortalidade fica na eternidade...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de Allan Sobral

Só o que tenho

Só o que tenho, é uma única lagrima que equilibra-se agonizante em meus olhos para que não escorra manchando a maquiagem de um palhaço, instrumento de sua alegria, alegria passageira e fútil.

Allan Sobral

Foto de giogomes

Você

Você é meu sol, minha lua.
Meu caminho, minha rua.

Você é minha alegria, minha felicidade.
Meu mundo, minha cidade.

Você é minha música, minha melodia.
Meu instrumento, minha poesia.

Você é meu sentimento, meu fervor.
Meu tudo, meu amor !

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DO CORAÇÃO

Na batuta do maestro
Orquestro meu coração
E sopro toda tristeza
Na modulação do pistom

No conjunto dos instrumentos
(Re)componho meu destino
E afino minha vida
Nas cordas do violino

Canto pra não chorar
Canto blues... samba canção
Solto a voz com alegria
Nas cordas do violão

No teclado do piano
Componho sonhos e planos
Envolvo-me com paixão
Em versos de ilusão

No som de cada instrumento
Ouço o adeus da agonia...
No enredo do sentimento
Eu suspiro esta poesia.

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

Amo-Te

AMO-TE

Amo esses olhos e todas as histórias que eles contam.
Amo esse olhar que me devolve no olhar
As estrelas, o sol, a onda, a pedra, o cristal
E permite que eu tenha a cada instante
Um mundo sem igual.
Amo esses olhos.

Amo esse nariz que mostra o valor do teu eu
Amo esse nariz que me conta tuas lutas,
Demonstra teu poder de guerreiro
Mostra-me teu valor de sereno caminheiro
No ensinar os caminhos da paz
Amo esse nariz

Amo essa boca e todas as palavras ainda não ditas
Amo essa boca e todos os beijos que ainda não deu
Essa boca, cuja voz é suave sereno
É manto aquecido e ameno, instrumento do espírito
Retorna-me ao ser vivaz quando não sou mais capaz
Amo essa boca

Amo esse coração que é tão, mas tão grande
Amo esse coração que se recolhe ao canto da sala
Enrolado em um cobertor à procura de consolo
Porque ainda não encontrou alguém que o compreenda
E reflita tal grandeza feito espelho
Amo esse coração

Amo esse umbigo, ligação eterna ao infinito
Amo esse umbigo, ligação indiscutível ao Santo Espírito
No útero sagrado do ser que te gerou
Esse ser, cujo sim deu vida à semente
E permitiu que hoje és e sentes
O valor da vida, o calor do amor.
Amo esse umbigo.

Amo esse membro que guarda sementes de eternidade
Amo esse membro sagrado que protege sementes douradas
De filhos de Deus e suas missões de espiritualidade
E respeita emoções, e respeita vidas
Amo esse membro.

Amo essas pernas que te permitem vir ao meu encontro
Amo essas pernas pelo poder de te achegares
A outros para que possam vivenciar
Luz e bênçãos e graças
Teu desejo sublime de paz
Amo essas pernas.

Amo esses pés que te levam rumo ao infinito
Amo esses pés, cujos passos firmes,
Orientados pela luz dos olhos e o poder do guerreiro,
Pelas palavras certeiras e o coração de luz
Amo-te por tua paz, ternura, carinho e cuidado.
Amo esses pés.

Amo esses braços, cujo círculo terno e fechado
Permite-me fazer parte de tua alma.
No calor da fímbria do teu manto
Reconheço o poder e o encanto
De compartilhar serenos sentimentos.
Amo esses braços.

Amo essas mãos cujo toque me remete à eternidade
Amo essas mãos que acendem fios de prata de bondade
Elevam-me a dimensões infinitas
De onde trago luzes ao respirar tua fragrância
Que me fazem brilhar no altar da minha vida
Amo essas mãos.

Amo-te todo.
Tuas trevas, tuas luzes,
Teu presente e infinito
Que todo o teu ser me conta.
E embora pense ser grande,
Quando vou ao teu encontro
Percebo que pouco existo.
Preciso-te.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de Allan Sobral

Poesia Imortal

Hoje deixo meu testamento,
A mãe, pai e irmão deixo meu amor,
Aos amigos, meus pensamentos,
pro mundo deixo minha dor,

As mulheres que me tiveram,
deixo minha pegada, Deixarei saudades,
A Mulher que me tem,
Deixo o coração, deixo minha verdade,

Ao amigo deixo minha poesia,
Pois minha vida é o enredo da filosofia,

A meus queridos filhos,
Deixo flauta, pandeiro, gaita e violão.
Deixo minhas melodia,
Marcadas, compassadas ao som de meu nobre coração.

Aos que me invejaram,
Deixo minha simplicidade,
Pois minha alma é sem maldade,
Pois fui menino pobre,
Pois minha alma é feita por verdade,
E meu coração é nobre.

A meus mestres,
Deixo o orgulho,
pois minha ginga é ligeira,
Meu instrumento é de som puro,
Minh'alma é calma, aprendi ser feliz,
Meu sorizo hoje é natural,
Do jeito que sempre quis.

Minha vida não deixo o Adeus,
Pois sou poeta, sou artista,
A minhas poesias deixo minha vida,
Minha tristeza e minha alegria,

A minha arte deixo a missão,
A cada frase, a cada imagem, cada som,
Reviva, minha alma adormecida,
Rebata meu coração .

Pois sou poeta, sou imortal,
Sou o heroi sobrevivente,
Sou imortal,
Sou a pureza de nossa mente
Minha alma é imortal,
Sou guerreiro, sou poeta,
Sou Allan Sobral.

Foto de airamasor

Eu e voce!

Eu e Você
E nada mais,
Nem mais um sinal
Nem mais perguntas.
Eu e Você
Basta para se sentir feliz.
O mundo inteiro
Poderia parar e aplaudir Eu e Você,
Pois dançamos muito bem,
Não erramos nem um passo
Que a vida nos ensinou,
E que o amor aprovou.
Nada mais importa,
Basta Eu e Você
Para se escrever uma história,
Para saber o porquê
De tanta alegria.
Eu e você
E tudo fica perfeito
Tudo fica completo.
As notas da canção ficam
Fácieis para se aprender,
Para se tocar em um instrumento
Chamado coração.
Tudo é lindo e maravilhoso
Quando se diz:
Eu e Você!!!

(Aira, 15 de janeiro de 2011)

Foto de Fernando Vieira

O Poeta é Bamba

O Poeta é Bamba
(Fernando Vieira)

A vida é feita de momentos
De emoções, de sentimentos
Quanto mais fundo se adentra
Mas forte é o envolvimento

Poesia é coisa tão bonita
Quando se fala do amor
Mais linda ainda ela fica
Na bela voz de um cantor

Palavras soltas que se juntam
Que o poeta vai buscando
Com seu instrumento de trabalho
Uma caneta rabiscando

Eu vou tocando,vou criando
Meu violão tá afinado
Eu interpreto o sentimento
De quem esta apaixonado

Harmonia e melodia
Entoando a minha voz
Quando me vejo estou catando
Lembrando de nós dois a sós

O teu olhar trás emoção
Teu corpo lindo é tentação
O teu sorriso é tão bonito
Faz balançar meu coração

Um sentimento verdadeiro
Que ecoa do seu peito
Tum, tum, tum, bate ligeiro
Como o toque de um pandeiro

Agora não falta mais nada
Só você aqui dançando
Ao som de minha batucada
Me abraçando e me beijando

No fim de tudo virou samba
E uma canção então surgiu
O poeta assim mostrou que é bamba
E o seu amor sambou, sorriu

Foto de Carmen Vervloet

Canção do Coração

Na batuta do maestro
Orquestro meu coração
E sopro toda tristeza
Na modulação do pistom

No conjunto dos instrumentos
(Re)componho meu destino
E afino minha vida
Nas cordas do violino

Canto pra não chorar
Canto blues... samba canção
Solto a voz com alegria
Nas cordas do violão

No teclado do piano
Componho sonhos e planos
Envolvo-me com paixão
Em versos de ilusão

No som de cada instrumento
Ouço o adeus da agonia...
No enredo do sentimento
Eu suspiro esta poesia.

Carmen Vervloet

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