Os Poetas!
Não julguem a vida do poeta
Ele morre à fome e ao frio
Entre os sonhos, alcançados
Outros, ultrajados e esquecidos...
Muitos riem do poeta, criticam
Outros lastimam a sua escrita
Tem quem os chame de boêmios
Apenas rebeldes e mal esclarecidos...
O poeta é amor, é descobrimento
Ele ilude a dor, pinta-a de branco
Ele é medico, cura o seu coração
Deixando purgar seus sentimentos...
O poeta é um ilusionista, um palhaço
Corre nas estradas da vida, sorrindo
Escrevendo suas paixões, devaneios
Como só um verdadeiro artista o sabe fazer...
È o poeta que faz a ponte dos dois mundos
Ele escreve, transporta, une o desconhecido
Desenlaça a escuridão, trazendo a claridade
Para este mundo tão desigual e sofrido...
Ele enfeita, ilude, pinta a colorido
Em linhos, tecidos finos e bordados a ouro
O seu simples instrumento, uma caneta
E quem sabe num simples teclado...
E nas lágrimas do poeta, corre um rio
Da minha saudade, onde a inspiração
Corre entre as palavras e as lembranças
Que o poeta também envelhece e morre...
A sua obra, suas lembranças, jamais
Morrem, jamais, elas ficaram gravadas
No coração de quem ele mais tocou e amou
Onde apenas a imortalidade fica na eternidade...
Betimartins
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