Infinito

Foto de Carmen Lúcia

Sobre nós...

Nem um toque...
E por que toques
se te contacto no infinito de meu ser
e te vejo renascer
em cada gesto de carinho
trazido pela brisa do mar
a contornar tua boca
que me beija
e teu corpo que me abraça
e me deseja...

Nem uma palavra...
Só o silêncio.
E por que as vãs palavras
a quebrarem o fascínio do momento,
insano deslumbramento
de uma força tamanha
que nos atrai,
nos alicia,
acaricia...
Palavras, falam nosso olhar.

Sobre nós não há o que dizer.
Não se pode descrever,
apenas sentir
e calar...
Não há como avaliar
o irreal, o surreal.
É algo imensurável
a se perder de vista...
É verdade,
é saudade,
é do sonho a realidade
do artista.

_Carmen Lúcia_

Foto de annytha

O Mar (De Annytha para Oscar_Poeta)

Hoje o mar está calmo, assim como calma está a minha alma!
Gosto de ver as suas águas verdes, outrora, azuis,as vezes agitadas, as vezes tranqüilas, a sua grandeza, a sua beleza , me dão uma profunda calma.
Aprecio o azul límpido do céu! As gaivotas voam fazendo barulhos sonoros, parecem cantar uma linda canção de amor.

Não faz muito tempo, lembro ainda! Eu era menino, e por suas areias caminhava, jogava bolas, fazias castelos...Castelo de areia, mas quem sabe, na minha mente de menino, também fazia castelos de sonhos, só que eu não sabia, só sabia que os castelos se desmoronavam, mas hoje sei que os sonhos não morrem jamais! E eu, continuo a sonhar!!!

Sonhar com o amor,com a vida, sem deixar de lembrar que existe a morte ,que um dia eu poderei me levantar, andar nas brancas areias da praia, como fazia quando areia menino e depois de fazer meus castelos, me enrolar na areia até me sujar, corria pro mar e me jogava em suas águas mornas, pulando sobre suas suaves ondas, fazia estripulias, acenava pros meus amigos, fingindo me afogar...Coisas de menino!
Mas hoje, já não sou mais menino, mas com certeza, faria tudo igual, porque cresci por fora, mas por dentro, sinto que ainda sou aquele menino, que brincava na praia e fazia castelos pra depois dar pontapés só pra mostrar pros meus amigos que, assim como faço castelos de areia, também posso destruí-lo, coisa de menino...

Hoje, os meus castelos são de sonhos,e não mais de areia. Sonhos que jamais deixarei que morram. Lembro que alguém certa vez disse: Quando um sonho é grande demais, é melhor morrer com ele, ao deixar que ele morra sozinho. E como o meu sonho é grande, do tamanho do infinito deste mar, não quero morrer agora, sem antes do meu sonho realizar!

O mar...Quanta paz ele me dá! Quantas lembranças me traz do passado, um passado que há pouco ficou pra traz ... Um passado que me deixou profundas marcas, porque tive grandes perdas, mas não estou murmurando, apenas relembrando, que um dia tudo foi lindo, e hoje, apesar dos pesares, a roda da vida continua a rodar,assim como um caleidoscópio, mostrando suas mágicas e suas cores , e que as crianças continuam a sorrir, as flores continuam lindas, os pássaros, continuam cantando, o sol continua brilhando, os casais de apaixonados continuam se amando, e eu continuo vivendo...

Foto de Fernando Vieira

Alguns minutos contigo

Alguns minutos contigo
(Fernando Vieira)

Alguns minutos contigo
Muitos outros vão querer
Mas um minuto comigo
Agora é você quem vai ter

Alguns minutos contigo
Assim como me descreves
É como percorrer o infinito
Em um instante que se atreve

É como se fosse real
Pois posso sentir, imaginar
Faz-me sentir envolvido
Faz-me querer até tocar

Teus seios não me atreveria
Compará-los, não me arriscaria
Mas no pouco que falaste deles
Certamente eu os beijaria

Lindo, lindo, maravilho!
Tuas palavras são mais que dígitos
É algo envolvente, gostoso!
São música para os meus ouvidos

Música tu és a própria
Trilha do meu coração
Solfejando tal a bossa nova
Dedilhado som do violão

Arte admirável essa tua
Atrevimento esse dissoluto
Imagino-te totalmente nua
E te culparia em absoluto

Pois diante desse encantamento
Que tuas palavras me fazem sentir
Teu silencio é contemplamento
Pura arte de me seduzir

Foto de betimartins

Meu anjo!

Meu anjo!

Entre o infinito e o agora
Ninguém assemelha a ti
Nem as estrelas que cintilam
Nem as rosas florescendo
Nem sequer o seu perfume
São comparações justas
Do que tu és para mim
Nem à noite e nem o dia
Nem o meu despertar
Nem sequer o meu viver
É eterno na tua forma
A forma de um belo anjo
O anjo de luz e amor
De o teu justo olhar
Entre vozes e risos
Esperanças e caridade
São utopias da imaginação
Deste-me teu abraço
Deste-me teu sorriso
Eu te dei a esperança
O meu acreditar em ti
Dei-te amor, minha alma
E juntos vamos namorar
Lá, para as bandas do amor
É o meu anjo, o meu limite
Da mais bela forma de amar
Entre encantos e magias
Dentro deste meu peito
Onde o coração explodiu
Nas teias da paixão
Entre armadilhas impostas
Na vida e na escuridão
Eu vou sempre acender
O teu pavio, tua luz
Para que mundo
Receba o nosso amor
Meu belo anjo!

Foto de Vágner Dias

Adeus a Internet, a virtualidade.

O que é finito?
O que é infinito?
Quanto tempo dura a paciência?
Quanto tempo demora pra se chegar a uma conclusão definitiva?
Quanto uma pessoa pode agüentar antes de desistir de alguma coisa?
Qual é o momento certo de parar com tudo?
Você sabe?
Nem eu...
Só sei que agora é o meu momento de dizer adeus a Internet, a virtualidade.
Se é pra sempre, se é por um mês, por um dia, não sei, não estou preocupado.
Só sei que neste momento basta.
Continuarei minha jornada e escrevendo alguma coisa quando me der vontade.
Obrigado a todos que me acompanharam até hoje, estarão todos sempre no meu coração!
Pertenci a um grupo de pessoas que foram cobaias nesta louca vida virtual e nenhum de nós sabia onde e como íamos parar, ou até mesmo se isso é possível.
Estou tentando, como cobaia nada mais me resta fazer.
Mundo real aí vou eu.

Foto de Marilene Anacleto

Desvendar Mistérios - 4 -

O QUE DEVO FAZER PARA ACHAR A MINHA VERDADEIRA POESIA?

O meu não encontro nos outros.
Aquietar-me, aprofundar-me,
No atual e no barroco.

Deixar fluir minhas asas,
Vagar sobre águas claras
E por cachoeiras raras.

Permitir-me ser a águia
Que, do infinito mais alto,
Percebe que tudo é nada.

Fazer, da música, o balanço
Que equilibra, na dança,
A vida e suas nuanças.

Dançar, na dança das árvores,
Mesmo com o corpo parado,
A chama, que no corpo arde.

Flutuar em suaves mundos,
Descer nos vales profundos,
Entre ângulos suaves e agudos.

E, quando enfim, encontrar-me,
Absorver, da ressonância, o pulsar
Que tudo une e faz vibrar.

A minha poesia é minha,
E, encontro-a também no outro
Porque não vivo sozinha.

O outro é meu espelho:
Mostra-me o que não vejo
Ou o que não queira ver.

SInto, no canto do vento,
A riqueza e o lamento
Do que vive ao relento.

Busco, na sombra, o sol,
Desvencilho-me do normal,
Aprecio, somente, o natural.

E, no claro azul infindo
Reconheço-me infinito
Neste mundo dualístico.

Marilene Anacleto
15/08/01

Foto de Marilene Anacleto

Flor Azul

Já fui semente, já fui pó,
Já fui árvore, já fui céu,
Hoje sou flor, e flor azul,
Tenho o formato de estrela
De cujo pó me tenho feito
E retornarei em estado perfeito.

Como azul também sou mar
E se quiser, céu infinito,
Até estrela, para quem ama
Quando o amado me dá à dama
Sente-se tal deusa do antigo Egito.

Minhas folhas são ovaladas
Tal qual sementes de amendoim
Meu lar é sol, é chuva, é vento
E meu mais nobre sentimento
É quando um olho de amor sereno
Pára, respira e contempla a mim.

Então eu vivo o contemplamento
De sermos dois e sentirmo-nos um
Ser outra coisa nesse momento?
Não. Apenas a flor, a estrela azul.

Se retornar?
Posso ser flor, ou estrela, ou gente,
Quem sabe nuvem, ou a semente
Gerando cores do Amor Maior.
Quem sabe então a planta que cura
Ou a hóstia tão branca e pura
Servida no Altar do Senhor.

Marilene Anacleto
23/06/99 – 00:10h

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 12/12/02

Foto de betimartins

Sussurros de amor!

Sussurros de amor!

Entre manhas sonolentas
Nas quimeras da inquietude
Dispo-te a ti amor e olho-te
Olho para ti e pergunto-me
Quem és amor? Quem és tu?
Que me deixaste sem folgo
Sem trono, sem direção, perdida...
Olho aquele casal de beija-for
Juntos na sua jornada, delicados
Como tu oh! Meu Amor, como tu!
Reparo na imensidão da aurora
Vejo o imponente Sol, raiar
Respiro o ar que a brisa trás
Fresco, aromático e único...
Flor de lís, flor de orquídea
Que logo vais desabrochar
Olho vendo aquele casal
Caminhando de mão dada
Unidos pelo amor infinito
E fico a meditar sobre ti
Entre sorrisos e pura alegria
Abraças-me e dás-me uma rosa
Vermelha, aveludada e delicada
Tão perfumada, bela e sem espinhos
Como o amor que sinto por ti
Aquele amor que eu, desconheço
Vai para além da razão e da emoção
E logo me aconchego na tua metade
Aquela que faz despertar um vulcão
Uma tempestade e trazendo a calmaria
Entre sussurros de felicidade
Na penumbra do nosso quarto
Eu quero saber quem és tu? Amor...

Foto de Marilene Anacleto

Amo-Te

AMO-TE

Amo esses olhos e todas as histórias que eles contam.
Amo esse olhar que me devolve no olhar
As estrelas, o sol, a onda, a pedra, o cristal
E permite que eu tenha a cada instante
Um mundo sem igual.
Amo esses olhos.

Amo esse nariz que mostra o valor do teu eu
Amo esse nariz que me conta tuas lutas,
Demonstra teu poder de guerreiro
Mostra-me teu valor de sereno caminheiro
No ensinar os caminhos da paz
Amo esse nariz

Amo essa boca e todas as palavras ainda não ditas
Amo essa boca e todos os beijos que ainda não deu
Essa boca, cuja voz é suave sereno
É manto aquecido e ameno, instrumento do espírito
Retorna-me ao ser vivaz quando não sou mais capaz
Amo essa boca

Amo esse coração que é tão, mas tão grande
Amo esse coração que se recolhe ao canto da sala
Enrolado em um cobertor à procura de consolo
Porque ainda não encontrou alguém que o compreenda
E reflita tal grandeza feito espelho
Amo esse coração

Amo esse umbigo, ligação eterna ao infinito
Amo esse umbigo, ligação indiscutível ao Santo Espírito
No útero sagrado do ser que te gerou
Esse ser, cujo sim deu vida à semente
E permitiu que hoje és e sentes
O valor da vida, o calor do amor.
Amo esse umbigo.

Amo esse membro que guarda sementes de eternidade
Amo esse membro sagrado que protege sementes douradas
De filhos de Deus e suas missões de espiritualidade
E respeita emoções, e respeita vidas
Amo esse membro.

Amo essas pernas que te permitem vir ao meu encontro
Amo essas pernas pelo poder de te achegares
A outros para que possam vivenciar
Luz e bênçãos e graças
Teu desejo sublime de paz
Amo essas pernas.

Amo esses pés que te levam rumo ao infinito
Amo esses pés, cujos passos firmes,
Orientados pela luz dos olhos e o poder do guerreiro,
Pelas palavras certeiras e o coração de luz
Amo-te por tua paz, ternura, carinho e cuidado.
Amo esses pés.

Amo esses braços, cujo círculo terno e fechado
Permite-me fazer parte de tua alma.
No calor da fímbria do teu manto
Reconheço o poder e o encanto
De compartilhar serenos sentimentos.
Amo esses braços.

Amo essas mãos cujo toque me remete à eternidade
Amo essas mãos que acendem fios de prata de bondade
Elevam-me a dimensões infinitas
De onde trago luzes ao respirar tua fragrância
Que me fazem brilhar no altar da minha vida
Amo essas mãos.

Amo-te todo.
Tuas trevas, tuas luzes,
Teu presente e infinito
Que todo o teu ser me conta.
E embora pense ser grande,
Quando vou ao teu encontro
Percebo que pouco existo.
Preciso-te.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de Carmen Lúcia

Espera mais um pouco...

Não, estrela, não te vás...
Fica um pouco mais...
Ainda há tempo, a noite se inicia,
a lua de prata ainda nem se pintou.
Não deixes teu brilho se apagar
nesse teu bailado ensaiado
deixando vazios pra quem quiser ocupar
e a cada vez mais, teu brilho intensificar.
Ensina-me a luzir, a sorrir, a bailar
por esses vácuos entre a escuridão e teu cintilar,
brilho que inebria sem cegar,
ou cega a quem não sabe te olhar.

Derrama tua lágrima azul e pura
no branco de minha alma a pulsar,
em meu coração descompassado,
tatua meu corpo em tua explosão estelar,
desconcerta-me com toda tua beleza que seduz,
crava tua luminosidade em minha cruz.
Empresta-me os vazios desse teu caminho
deixados no infinito a se apagar
pra que neles eu possa trilhar
e recolher as faíscas
que tu deixaste ficar...

Agora vás, estrela,
não deixes o dia te roubar...
Tragas de novo teu brilho
quando a noite acordar.

(Carmen Lúcia)

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