Homens

Foto de Comandos

Queria voltar a ser criança

É tão lindo ver o amor de uma criança
É tão lindo quando vejo seu olhar
Um olhar sem maldade e cheio de esperança
Esperança que não vejo mais na terra

A terra está cheia de maldade
Consumida pelo ódio e pelo pecado
Na terra a mentira venceu a verdade
Entre os homens não mais há lealdade

Os fortes querem mais força
Os ricos mais riqueza
Os pobres que muito lutam
O que lhes resta é a pobreza

O desespero me consome
Quando vejo meu reflexo no espelho
E percebo que agora sou um homem
Inclinado para maldade e para o erro

Queria eu voltar a ser criança
E perde a malícia de meu olhar
Queria eu voltar a ser criança
E no meu olhar novamente ter esperança

Foto de Carmen Vervloet

Quem sabe, a NET acorde!?

Enquanto o ano, velho e cansado, se arrastava para a porta de saída deixando espaço para o ano novo que se aproximava, a NET continuava trazendo problemas para alguns de seus usuários deixando os mesmos sem sinal de INTERNET e TV, logo na virada do ano. Quanto aborrecimento, quanto estresse, quantas ligações sem êxito para esta ineficiente provedora, quantas desculpas esfarrapadas e desencontradas dos seus atendentes. O melhor é mesmo desabafar tornando público, este abuso, rindo de toda esta inusitada situação, pois numa última informação que obtive parece que meu sinal foi cortado por erro. Alguém não pagou a conta e eu que fui penalizada. Eu e todo o prédio onde resido. Seria hilário se não fosse tão absurdo. Falta de profissionalismo total, falta de capacitação e desrespeito para com o cliente. E principalmente falta de boa vontade e agilidade para corrigir o grosseiro erro.
Perdoem-me, amigos, por não cumprimentá-los na data certa, como gostaria de ter feito, mas a NET fez de mim um náufrago perdido nesta pequena ilha, sem nenhum barco salva-vidas por perto. Deixou-me isolada do mundo e dos amigos, sentindo-me totalmente impotente! Mas mesmo tardiamente desejo aos meus queridos amigos e leitores um 2012 pleno de saúde, paz e muitas e muitas alegrias!
Mas hoje é dia de renovar a esperança, a fé, de lançar um novo olhar para a vida. É dia de abrir o coração para o perdão e acreditar que tudo será melhor. Quem sabe, se neste ano que desponta, as empresas pensem menos em lucros e se preocupem mais com os homens, não se deixando escravizar tanto pelo material, pensando mais na satisfação de seus usuários. Quem sabe...
Talvez um milagre aconteça e voltaremos a ter políticos idealistas e não estes carreiristas que só desejam engordar suas contas bancárias usando o povo como mero instrumento.
Quem sabe a balança da justiça terá o mesmo peso para o povo em geral e os detentores do poder.
Quem sabe os velhinhos, que tanto contribuíram para o progresso do Brasil, terão uma aposentadoria mais digna.
Quem sabe todo brasileiro terá acesso à saúde e as escolas públicas funcionarão em horário integral, bem equipadas e atraentes tirando os jovens dos perigos e armadilhas das ruas.
Quem sabe teremos um Brasil menos violento e poderemos transitar pelas ruas sem medos e sem sustos.
Quem sabe teremos um país menos poluído e homens mais preocupados com a preservação do meio ambiente.
Quem sabe o dinheiro, dos impostos abusivos, seja dirigido para melhorias em tantos setores caóticos como saúde, educação, segurança, rodovias, etc., etc., etc.
Quem sabe seremos mais generosos para com o mundo e para com os homens e então vestindo a esperança com nossos sonhos mais coloridos, escreveremos uma nova história neste livro em branco que denominamos Ano Novo, imbuídos dos valores pregados e vividos por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quem sabe...
Fica sempre um vislumbre de esperança e o desejo imenso de que esta transformação aconteça.
Um 2012 pródigo para todos nós!

Foto de Carmen Vervloet

Feliz Ano Novo!

Neste Ano Novo,
arranque a roupagem verde da esperança,
( monocromática e já tão desgastada)
vista-a com seus sonhos mais coloridos,
escancare a porta do seu coração,
e deixe-a trilhar por novos caminhos,
livre, corajosa, otimista e ousada,
na certeza de que através de um seu novo olhar para a vida,
(com generosidade para com o mundo e para com os homens),
ela o levará às fontes mais puras que irrigarão com água cristalina
a árvore da felicidade.
A semente desta árvore está plantada no seu coração,
cultive-a com desvelo e ela florescerá esplendorosa
deixando rastros do seu perfume por onde passar.
E todos os que estiveram a sua volta usufruirão das suas benesses
e serão mais felizes também, pois boa energia gera boa energia.
Acredite! E seu novo ano será muito, muito melhor!
FELIZ NOVO OLHAR!

Foto de Rosamares da Maia

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

Nos teus céus, o luar é da mais pura prata,
Sob a noite das congadas, exibes tua beleza,
Verde, esplendorosa
Despertando desejo, paixões e a cobiça dos homens.
Por ti, bateram-se nobres cavalheiros,
Também aventureiros, sem eira, beira, ou tribeira.
Todos atravessaram oceanos,
Enfrentaram tormentas, vindos de distantes lugares,
Tudo por ti, prenda preciosa.

Villegainon tomou-te a força.
Na França Antártica pretendeu desposar-te,
Mas, viu o brandir da borduna, E o ar sibilando de flechas,
Defendeu-se a tua honra.
E dançastes para comemorar.

Nassau encantou-se de ti a primeira vista.
Na alta Olinda, o mar invadiu seu sonho,
Esculpindo em obras de amor e arte a sua conquista.
No batuque do maracatu a história desenha traços,
Seguiu jogando pernas pro ar. Rabo-de-arraia,
Jogada de mestre e moleque do garboso capoeira.
Mas perdeu-se o moço nos olhos de uma morena,
E no samba de roda foi namorar.
Ginga, samba crioulo, arranca do chão a vida,
Mesmo na seca caatinga faz o teu destino.

Brasil,
Teu gosto é café, cacau docinho, rapadura, carne de sol,
Churrasco dos pampas, tutu com linguiça e carré.
Tens o cheiro da pele das meninas, das cadeiras mulatas,
Também, da branca estrangeira.
Tudo no liquidificador das raças - misturadas,
Com estilo, para extrair um suco verde e amarelo,
Que enfeita e enfeitiça, traduzindo-se na imensa passarela,
Por onde desfila a mais nova porta bandeira.

Brasil,
Dos contos e lendas, de bravuras e bravatas,
-São filhos de botos cor-de-rosa, que saltam das águas,
Para emprenhar donzelas, Caipora, Curupira,
Mula Sem Cabeça, Saci Pererê, Negrinho do Pastoreio,
Lágrima de princesa índia que virou Vitória Régia,
E Orfeu, príncipe negro da favela?
Da tua fé mestiça, soam os atabaques, rodam sete saias de rosas.
Do mar, na rede dos humildes, ergueu-se Santa, Aparecida.
Na voz de teu povo consagram-se: Anastácia, Padre Cícero,
Dulce, a irmã da bondade.
Um grito de gol, de bola na rede que apaixona milhões.
Fé, pés, talento e arte. Essa é a tua gente!

Brasil,
Quanto resta do bugre Xingu, do Português, do Holandês?
Quanto ainda corre em teu corpo?
Somam-se tantas outras ocidentais e orientais misturas.
Desaguando todas, finalmente, na grande pororoca amazônica.
Colocamos a massa miscigenada para dourar ao sol de Copacabana,
Faz-se repousar o resultado deitado no colo do Redentor,
- Eternamente de braços abertos, em berço esplendido.

É assim o teu despertar, Brasil.
Se a maledicência diz que a tua certidão é imprecisa,
Que e a tua paternidade é duvidosa,
Pouco importa o despeito desta gente maldosa.
Fenícios, espanhóis, portugueses – Quem primeiro aqui aportou?
Quem afinal, de forma acidental ou intencional te encontrou?

Este é apenas um detalhe.
Estamos aqui! Construímos a nossa história.
Mais que navegar, foi preciso tecer,
Prender o fio de tantas origens.
Somos a raça da verde / dourada flâmula,
“Da loura Bombril e do negro alemão”.
Emergimos do caldeirão da Humanidade.
Mexido com a rica madeira vermelha
Ela que deu origem ao próprio nome,
“madeira de dar em doido”, brasa viva e incandescente,
Que forja e “ergue da justiça à clava forte”, sem fugir da luta.
Somos o Brasil.

Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

DEUS É VERBO

Deus é Verbo

Para compreendermos porque os homens têm comemorado durante tantos séculos o Natal, será necessário esquecermos o sentido comercial, no qual fomos transformando ao longo dos tempos a essência da Natividade e nos lembramos de que existe algo que transcende a existência do próprio homem – a verdade - Será necessário ainda, aprender que “Deus é verbo e não substantivo”. Ele é não está simplesmente contido na abstração dos homens, por isto permanece como verdade eterna. Transformou o seu amor em ação, e o verbo se fez presente, desdobrando-se na Trindade, doou a sua segunda pessoa – O Filho, como expressão do seu amor maior pelos homens e pela Terra.
O Natal não envelhece, porque, o amor de Deus é verdade que não se sujeita à ação do tempo, é sim o próprio tempo que se renova em fé e esperança. E se o nascimento de Jesus Cristo desperta sentimentos que pareciam estar adormecidos ao longo de todo o ano, podemos perceber que ele se manifesta como o próprio Verbo em ação, concretizando a terceira pessoa – O Espírito Santo, que nos toca recompondo a essência humana.
Nenhum Natal é igual a outro, porque a cada ano as promessas são renovadas. Ao homem é restaurado o arbítrio, a faculdade de decidir se deseja ou não partilhar da ceia generosa do amor fraterno e, não existe presente capaz de substituir o prêmio da vida quando o Homem aprende a conjugar o verbo de Deus.
Do verbo de Deus os homens devem lembrar os ensinamentos de amor ao próximo, humildade, também da necessidade de realizar com serenidade coisas boas, tanto para o progresso pessoal como da humanidade. Assim todo Ano será Novo e bom.
Rosa Maria Maia

Foto de Marilene Anacleto

Ilumina-me!

Vive o homem em um abismo,
Em consumismo e estresse.
Mudanças, inseguranças,
Variadas perdas. Tragédias.

Chega, então, o Natal!
Grinaldas de preces, em igrejas,
Novenas para nossas almas,
Corações de velas acesas.

Corais nos trazem os anjos.
Com eles, nosso Eu Divino
E a emoção de renascer
Em luzes com o Deus Menino.

Ressuscitam em nós o Cristo,
As harpas e os violinos.
Encontro tempo para amar
Entre flautas e pianinhos.

Meu presente, amados, quer dizer:
Te aceito, te amo, te reconheço
Como um lindo Filho de Deus
Desde o início dos tempos.

Mundo de incertezas e esperanças.
Feito aves que perderam o ninho,
Rogam os homens, feito crianças,
Àquele pequeno Menino :
- Preciso seguir novo caminho.
Toma meu coração! Ilumina-me!

Foto de betimartins

Crônica de um homem só.

Crônica de um homem só.

Viajamos através do tempo, assumimos identidades e corpos, voltando a estaca zero, assim é a história deste homem só.

Eram quase meia noite de sexta feira dia 13 de Março, nasce apenas perdida no tempo da imensidão, uma criança brotada ao acaso da vida com o nome de Solidão, não teve batismo, o padre estava ocupado com as beatas da sua igreja e era insignificante para a sua paróquia.

Solidão crescia aos trancos e barrancos, ora doentes ora saudáveis, mas Solidão lá caminhava pelo seu triste caminho, sem ninguém. Batia de porta em porta e ninguém a queria abrir, alguns ainda hesitavam, outros rapidamente a fechavam era feio, cruelmente frio e impessoal, mas duramente real.

Passou fome, muita fome, sede muita sede, nada era dado, nada facultado, suas vestes estavam rasgadas pelo tempo, deixadas ao pó, a chuva, ao frio e ao sol forte dos desertos. Afinal quem nunca caminhou por um deserto?

Quem nunca bateu em uma porta que ela fosse fechada? Quem já pediu água e ela lhe foi recusada ou dada de má cara, todos sabemos que a vida é assim madrasta com o destino cruel da triste caminhada.

Solidão ficou homem forte, aprendeu a escutar os murmúrios da vida, decifrava o vento, a lua, o sol, as nuvens e até sabia o que conversava a floresta e as estrelas.

Aprendeu no silencio a escutar os conselhos do rio, dos povos passados, os que hoje são ridicularizados e ultrajados e também aprendeu a vivenciar o mar na sua imensidão.

Aprendeu a caminhar entre as estrelas, cantarolar entre os limbos e os restos dos homens cruéis, aprendeu a se contentar com as sobras dos outros, sem reclamar e claro agradecer ao grande Deus o seu único criador.

Solidão cresceu por ai, mas sempre sozinho, nunca mais envelheceu, nunca escutei que ele morreu ele nunca foi encontrado, apenas que ele vive ainda em cada um de nós!

Betimartins

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
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O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
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A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
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Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
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- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

Foto de Anderson Maciel

O SEU GRANDE AMOR

Pelas ruas onde andei
fui construindo um sonho
este que me deu um sentido
que me fez olhar e viver

Moldando os sentimentos
de alguém sozinho
que encontrou um caminho
para desfrutar um grande amor

Fassinante aos olhos dos homens
que jamais iriam acreditar
que este triste homem
o seu grande amor iria encontrar. Anderson Poeta

Foto de Jean Narciso Bispo Moura

Sonhador

Sonho apenas, e sou vitima do seqüestro do verso.
A palavra exige um pensamento maior que a minha cabeça
As mãos não alcançam nenhum poemeto dado aos caninos do juízo.
A mão rústica derruba a delicadeza
O cristal numa dessas convenções ortográficas mudou de nome.
Saio como um arauto desvairado
Para dizer para os bardos circunvizinhos,
Que tomam sombra e respiram poesias
Embaixo de árvores,
Que a palavra agora virou cristal.
E tonto nem percebi que arrancaram todos os troncos e raízes
Poetas mastigam árvores.
O sentimento agora é ágrafo
Homens e mulheres aboliram o cristal.

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