Homens

Foto de Carmen Vervloet

Mãe Terra

Chora o céu, se esconde o sol,
o arco íris desata as sete cores...
Na constelação de Perseu
brilha a estrela algol,
nos jardins empalidecem as flores

Mãe terra agredida pela poluição,
ferida com as garras da destruição...
Choram os homens de bom senso,
aglutina-se o ar impuro e denso!

As motosserras cantam em festa...
As florestas mutiladas por desalmados,
o cinza cobre o verde que resta,
só chove prata, cobre e ouro...

A terra grita por socorro
Acudo, peço ajuda, corro...
Mas a ganância é traiçoeira,
vai roendo pelas beiras!

É a agonia da morte...
Pássaros voam sem norte,
sem égide, sem aporte,
tristes com sua sorte...

Cidades, por lixo, invadidas...
Morrem os rios fontes da vida!
Barco fantasma esperando...
A esperança solitária embarcando.

Foto de raziasantos

Escolha o que é certo.

Escolha o Que É Certo
Apocalipse Urbano
Composição: Tito
Escolha o que é certo
Só por ser mais esperto
Tenha limite na sua humildade
Seja um malandro de verdade
Não fique alucinado feito zumbi na neblina
Esteja sempre atento diga não a cocaína
Você gosta de viver irmão então não se mate
Não caia na armadilha o beijo da morte é o crak
Na madrugada fria cocaína e cerveja
enquanto o demônio te prepara uma surpresa
O que será o que será??? UM NI DU NE TE…
O mano tá chapado sem saber q vai morrer
E se não morre através da droga quem mata é a polícia
Sem dó sentando o dedo não sabem o valor da vida
Você morreu sem apoio está seu filho
Nos bairros pobre o que manda é o gatilho
Se ser ladrão é bom me mostre a vantagem
Só tem a mente livre quem não está atrás das grades
[refrão] 2x
Se liga na fita mano
Se você vacila ninguém passa pano
Escolha o que é certo pra ficar legal
Pois uma seqüência de tiros pode ser fatal
Se conselho fosse bom não se dava vendia,
A escolha é toda sua seja bem vindo a periferia
Eu não confio eu to ligeiro eu to naquela
Tem mais um jovem estendido na viela
Não volta mais pro barraco
Tá tudo acabado
Mais uma mãe que chora em dia de finado
Está chegando a polícia eu sinto cheiro de morte
É o meu sexto- sentido adquirido na zona norte
Nas ruas da Zn devido a traição perdi meus 3 irmãos
Tiro morte aflição a mudança tá na veia mai eu to na cadeia
Assim que eu saí a minha parte será feita
Tem que ter disposição pra ficar de pé
Preto, puro, e Blake, louco sobrevivente na fé
Não sou refém da paranóia quero distância da policia
Se liga na fita malandro tem que ter malícia
Eu não dom boi pros meus inimigos não fico de peito aberto
Idéia de irmão pra irmão escolha o que é certo
Eu não do boi pros meus inimigos não fico de peito aberto
Idéia de irmão pra irmão escolha o que é certo
[refrão] 2x
EEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIII
O crime está se destruindo pelas ruas da "TIRADENTES"
Tem mano sofrendo, morrendo descarregando o pente
E o sistema satisfeito com a destruição
Falece branco preto pobre aqui é lei do cão
Na malandragem fui criado pode acreditar
E sou malandro o suficiente pra não vacilar
Tem ocorrência de um corpo em decomposição
Vítima do pente da pistola ou do tambor do oitão
Pois coisa rara é piedade na hora de sentar o dedo, o dedo
A morte já virou rotina derrama o sangue espalha o medo no gueto
E quem conhece não vacila,
Para pensa e assimila
Pois só vence na vida aquele q acredita
Seja na fita, seja no trampo seja aonde for
Com resultados diferentes colhendo o que plantou
É melhor não ficar loco é bom ficar careta
Os homens da lei de ponto quarenta
Na sede de sangue é muita treta
Na madrugada na periferia
A casa vai desabar
Não deve pra mim mais deve pra "DEUS" a morte veio cobrar
No tático cinza toca ninja calibre doze na mão
Sapeco na cara corpo na vala fim da perseguição
Silêncio sinistro ninguém ouve a arma disparar
Mais uma mãe espera um filho que não Vai chegaaaaaaaaaaaaaaaar...
[refrão] 2x

Foto de raziasantos

Escolha o que é certo.

Escolha o Que É Certo
Apocalipse Urbano
Composição: Tito
Escolha o que é certo
Só por ser mais esperto
Tenha limite na sua humildade
Seja um malandro de verdade
Não fique alucinado feito zumbi na neblina
Esteja sempre atento diga não a cocaína
Você gosta de viver irmão então não se mate
Não caia na armadilha o beijo da morte é o crak
Na madrugada fria cocaína e cerveja
enquanto o demônio te prepara uma surpresa
O que será o que será??? UM NI DU NE TE…
O mano tá chapado sem saber q vai morrer
E se não morre através da droga quem mata é a polícia
Sem dó sentando o dedo não sabem o valor da vida
Você morreu sem apoio está seu filho
Nos bairros pobre o que manda é o gatilho
Se ser ladrão é bom me mostre a vantagem
Só tem a mente livre quem não está atrás das grades
[refrão] 2x
Se liga na fita mano
Se você vacila ninguém passa pano
Escolha o que é certo pra ficar legal
Pois uma seqüência de tiros pode ser fatal
Se conselho fosse bom não se dava vendia,
A escolha é toda sua seja bem vindo a periferia
Eu não confio eu to ligeiro eu to naquela
Tem mais um jovem estendido na viela
Não volta mais pro barraco
Tá tudo acabado
Mais uma mãe que chora em dia de finado
Está chegando a polícia eu sinto cheiro de morte
É o meu sexto- sentido adquirido na zona norte
Nas ruas da Zn devido a traição perdi meus 3 irmãos
Tiro morte aflição a mudança tá na veia mai eu to na cadeia
Assim que eu saí a minha parte será feita
Tem que ter disposição pra ficar de pé
Preto, puro, e Blake, louco sobrevivente na fé
Não sou refém da paranóia quero distância da policia
Se liga na fita malandro tem que ter malícia
Eu não dom boi pros meus inimigos não fico de peito aberto
Idéia de irmão pra irmão escolha o que é certo
Eu não do boi pros meus inimigos não fico de peito aberto
Idéia de irmão pra irmão escolha o que é certo
[refrão] 2x
EEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIII
O crime está se destruindo pelas ruas da "TIRADENTES"
Tem mano sofrendo, morrendo descarregando o pente
E o sistema satisfeito com a destruição
Falece branco preto pobre aqui é lei do cão
Na malandragem fui criado pode acreditar
E sou malandro o suficiente pra não vacilar
Tem ocorrência de um corpo em decomposição
Vítima do pente da pistola ou do tambor do oitão
Pois coisa rara é piedade na hora de sentar o dedo, o dedo
A morte já virou rotina derrama o sangue espalha o medo no gueto
E quem conhece não vacila,
Para pensa e assimila
Pois só vence na vida aquele q acredita
Seja na fita, seja no trampo seja aonde for
Com resultados diferentes colhendo o que plantou
É melhor não ficar loco é bom ficar careta
Os homens da lei de ponto quarenta
Na sede de sangue é muita treta
Na madrugada na periferia
A casa vai desabar
Não deve pra mim mais deve pra "DEUS" a morte veio cobrar
No tático cinza toca ninja calibre doze na mão
Sapeco na cara corpo na vala fim da perseguição
Silêncio sinistro ninguém ouve a arma disparar
Mais uma mãe espera um filho que não Vai chegaaaaaaaaaaaaaaaar...
[refrão] 2x

Foto de Carmen Vervloet

Verde de Amor

Ontem, voltava da minha bucólica Santa Teresa, quando dei carona a uma conhecida que vinha para Vitória, a cidade que me adotou. Minha Ilha do Mel! Uma viagem tranquila, transitando entre matas preservadas, vigiadas pelos olhos atentos dos bravos descendentes de italianos que guardam e cuidam de suas origens e cultura e resguardam com amor e gratidão, principalmente a terra que acolheu seus antepassados, hoje considerada uma das melhores qualidades de vida do país. Mas minha conhecida não era uma teresense e muito menos uma cidadã sustentável. Logo no começo da viagem atirou pela janela do carro uma garrafa de água mineral que havíamos acabado de beber. Parei o carro imediatamente e fui lá recolher a garrafa colocando-a no lixinho do mesmo. Vi-a espantada com meu gesto e logo me perguntou:
- Qual o problema de se jogar uma garrafinha na beira da estrada?
- Tive que desfiar um rosário de inconveniências começando pela dengue e acabando com enchentes também causadas pelo lixo que não deteriora. Mas percebi, na minha sensibilidade, que ela não disse amém!
Depois deste incidente comecei a refletir o quanto o próprio cidadão, com pequenos gestos como o que acabara de ocorrer, é responsável pelas catástrofes que estão acontecendo por todo o mundo, ceifando vidas, deixando tantos desabrigados, derramando rios de lágrimas, causando tanto sofrimento. E pensei:
- Por que não começar pela internet uma conscientização do cidadão sustentável? Já que as indústrias e as empresas não deixam de poluir porque não abrem mão de seus lucros, já que os meios de comunicação nem sempre denunciam porque precisam dos anúncios dos mesmos, já que o governo pouco faz, por que então, nós cidadãos que pagamos nossos impostos e que não temos nada a perder, (a não ser nosso próprio planeta que a cada dia reage com mais violência às agressões dos homens, além de nossa saúde, nossa alegria, nossas vidas) por que não iniciarmos uma educação do cidadão sustentável?!
Chegando em casa vi um artigo no jornal A Gazeta, falando sobre o profissional sustentável. Tomei então conhecimento que na minha querida cidade de Vitória, vários profissionais estão fazendo sua parte. O gerente de uma empresa, por exemplo, que mora relativamente próximo ao seu trabalho, aproveita seu “hobby” que é andar de “skate” para chegar até lá. Junta prazer e saúde à sustentabilidade, pois deixando seu carro na garagem evita a poluição causada pelo automóvel, além de se exercitar e economizar combustível, assim evitando desperdícios. Se não vai de “skate”, vai de bicicleta, e segue os ensinamentos de sua mãe que sempre lhe dizia para não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e apagar a luz ao sair de um ambiente. Fica aqui um alerta, para as mães, que desejam um futuro mais seguro e mais alegre para seus filhos. Educação começa no berço, torne seu filho um cidadão sustentável, principalmente com seu exemplo.
Talvez, alguns perguntem:
- O que é um “cidadão verde” ou um cidadão sustentável?
- O “cidadão verde” é aquele que tem comprometimento com a consciência ambiental, reduzindo o impacto do planeta, transformando-se num exemplo para os outros. Poderia listar uma série de hábitos do nosso dia a dia que precisam urgentemente ser mudados, como comer carne bovina, usar copos descartáveis e sacolas plásticas, separar o óleo utilizado em nossas cozinhas para ser reciclado, da mesma forma que o lixo, deixar mais vezes o carro na garagem, dentre outros procedimentos. Deixo aqui meu apelo para que os cidadãos pesquisem, planejem e alterem seus hábitos, pois estamos assassinando o PLANETA TERRA. Terra que nos dá o alimento, a água que bebemos, enfim, a vida! Amo esse nosso Brasil, de verdes matas, rios caudalosos, límpidas cachoeiras, flores multicoloridas, praias morenas e povo gentil. Vamos salvar “Gaia” e assim estaremos salvando o Brasil e em consequência, aos nossos descendentes. Fica aqui meu apelo de amor!

Carmen Vervloet

Foto de Maryluce

Onde Há Inveja, não Há Amizade

Grande trabalho é querer fazer alegre rosto quando o coração está triste: pano é que não toma nunca bem esta tinta; que a Lua recebe a claridade do Sol, e o rosto, do coração. Nada dá quem não dá honra no que dá: não tem que agradecer quem, no que recebe, a não recebe; porque bem comprado vai o que com ela se compra. Nada se dá de graça o que se pede muito. Está certo! Quem não tem uma vida tem muitas. Onde a razão se governa pela vontade, há muito que praguejar, e pouco que louvar. Nenhuma cousa homizia os homens tanto consigo como males de que se não guardaram, podendo. Não há alma sem corpo, que tantos corpos faça sem almas, como este purgatório a que chamais honra; donde muitas vezes os homens cuidam que a ganham, aí a perdem. Onde há inveja, não há amizade; nem a pode haver em desigual conversação. Bem mereceu o engano quem creu mais o que lhe dizem que o que viu. Agora, ou se há-de viver no mundo sem verdade, ou com verdade sem mundo. E para muito pontual, perguntai-lhe de onde vem; vereis que algo tiene en el cuerpo, que le duele. Ora temperai-me lá esta gaita, que nem assim, nem assim achareis meio real de descanso nesta vida; ela nos trata somente como alheios de si, e com razão:

Pois somente nos é dada
para que ganhemos nela
o que sabemos.
Se se gasta mal gastada,
juntamente com perdê-la,
nos perdemos.

Enfim, esta minha Senhora, sendo a cousa por que mais fazemos, é a mais fraca alfaia de que nos servimos. E se queremos ver quão breve é,

ponderemos e vejamos
que ganhamos em viver
os que nascemos:
veremos que não ganhamos
senão algum bem fazer,
se o fazemos.

E, por isso, respeitando

que o porvir tal será,
entesouremos ;
porque [ao certo] não sabemos
quando a morte pedirá
que lhe paguemos.

Nunca vi cousa mais para lembrar, e menos lembrada, que a morte; sendo mais aborrecida que a verdade, tem-se em menos conta que a virtude. Mas, contudo, com seu pensamento, quando lhe vem à vontade, acarreta mil pensamentos vãos; que tudo para com ela é um lume de palhas. Nenhuma cousa me enche tanto as medidas para com estes que vivem na maior bonança, como ela; porque quando lhe menos lembra, então lhe arranca as amarras, dando com os corpos à costa; e se vem à mão, com as almas no inferno, que é bem ruim gasalhado:

E pois todos isto temos,
não nos engane a riqueza,
por que tanto esmorecemos,
e trás que vamos;
já que temos a certeza
que, quando mais a queremos, a deixamos.

Gastamos em alcançá-la
a vida; e quando queremos
usar dela,
nos tira a morte lográ-la;
assim que a Deus perdemos
e a ela

Foto de betimartins

A Ponte do Arco-Íris

A Ponte do Arco-Íris

Entre as nuvens fofas e brancas
O rosado do sol pôr no final de tarde
A brisa fugiu rapidamente das encostas
O vento veio em força devastando o dia
As nuvens acinzentadas fizeram se sentir
A chuva veio em forma de granizo
Forte, poderosa, fria e devastadora
Os campos choram suas colheitas
As mulheres choram seus homens
Que no mar estão enfrentando as ondas
Tudo parece voar e tudo parece acabar
De repente uma calmaria, uma trégua
Toda a vida parece florir de novo
As flores reagem ao sol embriagado
Que entre as nuvens espreita cheio de sono
E eu olhando tudo ali, ali tudo era perfeito
Olho as encostas ainda de roupa molhada
E uma bela ponte entre o real e irreal
Colorida, entre os tons lilases, rosas
O azul violeta, deixando o verde sair
E apenas dando sua mão aos tons amarelos
Era um belo quadro, ninguém o pintaria
Vi fadas, anjos, todos trabalhando felizes
Olhei para meu gato, ali parecendo entender
Que apenas os meus olhos viam aquela ponte
A ponte do imaginável, do além que transforma
A beleza, a esperança e a bela luta da natureza
Que nós friamente devastamos, matamos
Amordaçamos os que a defendem, calando-os
Sem pensar mais, entro na ponte do arco-íris
Para nunca mais voltar, matei as saudades
Da minha passagem para a outra margem...

Foto de Rodrigo Alves

Acorda Cinderela

Nem todos os homens querem ficar.Eu sou um que quero ser,teu amor e teu querer.entendeu?

Foto de MarcosHenrique

Campo de Batalha

Lança, escudo, lança, escudo... e a lança!
O cheiro de hidromel agourando a loucura.
Breve o silêncio, agora frente a frente,
Entre as paredes de escudos, homens, e as troças.

Cansados de provocações, os mais bêbados.
Espadas nos escudos, lanças já no ar.
Pouco a pouco, tomados pelo frenesi,
Todo o resto, agora, começa a lutar.

Eles nunca desistem, matam até morrer.
Acreditam que, de Mitra, vão receber,
No Outro Mundo, as insondáveis recompensas.

Fim da guerra, muita dor, e um vencedor.
O fogo, agora, consumindo as muitas piras.
A pena e a lira, resta ao bardo manobrar.

Foto de Carmen Vervloet

Sobre A Ganância

A ganância leva os homens
para as frias ruas do egoísmo...
Devasta o amor, a paz, a solidariedade,
empurra a bondade para o abismo.

Caminha indiferente aos apelos,
pisa os que se interpõem em seu caminho,
esmaga a tantos em seus atropelos,
perfura a todos com seus espinhos.

A ganância caminha sem compaixão,
destrói convivência pacífica, sonhos, encarna Caim,
leva em seu cerne indiferença sem fim
e no final do caminho mergulha num lago de solidão.

A ganância é um poço sem fundo,
inimigo-mor que destrói a perfeição,
na sua voracidade esvazia e destrói o mundo,
faz da vida um palco em confusão!

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

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