Fundo

Foto de Joaninhavoa

EM BRANCO

*
EM BRANCO

*
um desespero...

*

Respirei fundo e saí com a alvorada
Esperar minutos eram espinhos
Cravejados em chicotada flagelada
Só os mestres sabiam os segredos

Do segredo... da música encantada!

Joaninhavoa,
(helenafarias)
26 de Setembro de 2008

Foto de Sonia Delsin

NESTE NOSSO MUNDO DE AMOR

NESTE NOSSO MUNDO DE AMOR

Amei você na madrugada fria.
No meio do dia.
Na noite que me entristecia.
Amei você no silêncio de um jardim.
Chamei você para mim.
Você ouvia meu chamado.
Eu lhe dizia:
Venha, meu amado.
Você me olhava.
Se perguntava.
Que mulher é essa que me faz tremer?
Que me faz gemer...
Que vai lá no fundo de meu ser.
Foram passando os anos.
Não fazíamos planos.
Apenas sentíamos.
Deixávamos que os sentimentos aflorassem.
Deixávamos que as sementes germinassem.
Amei você todo o tempo.
O antes, o depois, o agora.
Amei você toda hora.
E acreditei.
Soube esperar.
Sim, eu esperei.
No nosso mundo de amor nós nos temos ainda que nem sempre nos encontremos.

Foto de Sonia Delsin

A CASA MISTERIOSA

A CASA MISTERIOSA

Aquela casa a assustava. Diziam que era assombrada.
Ela dormia no quarto do meio e ele era imenso àquela hora e tão frio. A casa estava gelada.
Tantas lembranças ela guardara daquela casa e agora estava lá. Quem diria que um dia voltaria?
Na parede os quadros ainda eram os mesmos de sua meninice. Os vasos agora vazios estiveram cheios outrora sobre móveis escuros e tristes. Pesadas cortinas também foram conservadas.
O tempo parara ali?
Precisava levantar-se um pouco.
Em dois tempos ganhava o corredor. O longo corredor onde corria com seu irmãozinho Marcos e Paulina, a prima que vivia com eles.
Lentamente Clarice descia as escadas. Degrau a degrau e respirava fundo.
A sala guardaria aquele aconchego? Poderia ainda acender a lareira?
Tropeçou num degrau e respirou ainda mais profundamente.
Um barulho no andar superior fez seu coração disparar.
Sabia que estava só. Seria o vento? Mas a noite parecia tão quieta lá fora.
Lentamente colocou o pé noutro degrau e a tabua rangeu.
Nada demais. O cunhado sempre dizia que casas antigas são cheias de sons.
Ela perdera Bruno numa noite tão chuvosa. Treze longos anos tinham se passado. Exatamente treze anos.
Parecia ter o seu lindo sorriso ali à sua frente. Bruno fora um esposo maravilhoso. O homem que toda mulher deseja encontrar. E ela o encontrara num daqueles bailes de fazenda que se promoviam por ali. Será que ainda existiam aqueles bailes?
Não tiveram filhos. Pena. Se tivessem tido poderia ter o sorriso do pai.
Quando colocou o pé no penúltimo degrau viu uma sombra na parede. Seria uma ilusão de óptica?
Poderia estar impressionada por estar sozinha naquela casa onde vivera toda sua infância e parte da mocidade.
Estalou outra madeira.
Não devia se impressionar já que pretendia passar uns dez dias naquela casa.
O irmão desejava vender a propriedade e ela era contra. Oferecera-se para comprar sua parte e se instalara na casa.
Uma mulher cuidaria da limpeza e das refeições. Florinda não podia passar a noite ali e ela a dispensara disso.
-- Não vejo necessidade. Desta vez vou ficar só uns dias aqui. Ainda vou pensar se vou me instalar de vez neste lugar. Então sim pensarei no assunto.
-- Se a senhora desejar posso encontrar alguém da vila para lhe fazer companhia. Penso que não lhe fará bem ficar aqui sozinha.
-- Não se preocupe. Ficarei bem. Obrigada.
A sala guardava ainda o ar de aconchego, mas estava tão gelada. A lareira apagada e completamente abandonada. Não era usada há anos.
Ela poderia pedir que alguém a reativasse no dia seguinte.
Sentiu uns arrepios quando se aproximou da poltrona azul. Era ali que o pai se sentava.
Olhou na parede o quadro do avô. O avô com seus bigodes retorcidos e os olhos que recordavam Paulina.
Punha-se a pensar em Paulina. Paulina menina.
Correndo pela casa e aprontando das suas.
Paulina no caixão. Tão linda e pálida na imobilidade absoluta dos mortos. A inquieta Paulina só assim pararia e não completara ainda dezesseis anos. Fora velada naquela mesma sala.
Marco chorava tanto e ela se escabelara. A mãe dizia que a prima querida fora encontrar os pais. Por que tinham todos que partir? Os pais de Paulina a queriam?
Ela não entendia ainda a morte. Ia completar quatorze anos.
Marco dizia que a casa ficaria sempre triste sem a linda prima e ficara mesmo.
Ela fora estudar na cidade e morar com uma tia. Acontece que nas férias, num dos passeios à casa dos pais conhecera Bruno. Casaram-se, mudaram-se para o Rio de Janeiro e viajavam muito para o exterior. Ela pouco visitara a casa naqueles anos todos já que os pais morreram alguns anos após seu casamento e Marco se mudara para o Paraná com a esposa. A casa ficara aos cuidados de uma senhora que agora estava velha demais para cuidar dela e o irmão lhe ligara dizendo que seria melhor que vendessem. Ela era contra a venda e por esta razão é que estava ali.
Os arrepios se intensificavam. Parecia ouvir o riso de Paulina, do pai. As zangas da mãe e os gritos de Marco. Marco estava vivo e por isso concluía que estava se deixando levar pela imaginação. Não havia nada ali.
Uma porta bateu forte no andar de cima e ela estremeceu. Um gato desceu correndo as escadas.
Esfregando uma mão na outra ela foi abrir a porta para o bichano.
Estivera fantasiando coisas.
Foi até a cozinha e saboreou lentamente um copo de água. Era deliciosa sempre a água daquele lugar.
Arrastando as chinelas foi subindo a escadaria.
Que tola! Era só um gato. Quando subia a escadaria o barulho recomeçava no andar de cima e isto a assustava. Arrependia-se de ter dito a dona Florinda que ficaria bem sozinha.
Com o coração aos pulos chegou ao quarto e descobriu que as janelas estavam abertas e ela estava certa que as fechara muito bem. Foi fechá-las e pensou que era melhor esquecer aquela estória de comprar a parte do irmão. No dia seguinte partiria para o Rio e colocariam a casa à venda.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Beijos - Em resposta ao texto de Valdeck Almeida de Jesus

*
*
*
*
Minha boca já beijou
Tantos beijos deliciosos
Beijos de amor ao irmão,
Beijos de desejo na boca louca,
Beijos falsos recebi e
Feito Judas também ofereci.
Beijos interesseiros sobre o travesseiro
Beijos obscenos e beijos tarados
Aqueles ardentes de tesão.
E os beijos surpresas?
Esses guardados no coração.
Os beijos de alegrias
Saio espalhando pelo mundo
E os beijos de mentiras
Aprisiono aqui no fundo.
Os beijos de enganos, são alguns por anos
Mas meus beijos de ilusão,
estão vivos no coração

Em resposta ao texto de Valdeck Almeida de Jesus, publicado no Recanto das Letras em 17/10/2004 - Codigo do texto : T697911

Foto de libriana62

RESPOSTA AO TEMPO

RESPOSTA AO TEMPO

Batidas na porta da frente...É o tempo.
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento...
Mas fico sem geito calada...Ele ri.
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei...

Num dia azul de verão...Sinto o vento.
Há folhas no meu coração...È o tempo.

Recordo um amor que perdi...Ele ri...
Diz que somos iguais,se eu notei...
Pois não sabe ficar e eu tambem não sei.

E gira envolta volta de mim
Sussurra que apaga os caminhas...
Que amores acabam no escuro...sozinhos.

Respondo que ele aprisiona...Eu libérto.
Que ele adormece as paixões....Eu dispérto.

E o tempo se rói com inveja de mim...
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver...

No fundo é uma etérna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso...E ele não vai poder...
Me esquecer.....

Não deixem que o tempo passe em vão!!!
Pois ele jamais volta.
bjos a todos....
Libriana62

(Nana cayme)

Foto de von buchman

MEU AMOR VIRTUAL...

Que coisa de louco amar uma mulher que nunca sequer toquei...
Que sua carne nunca acariciei...
Que sua boca nunca beijei...
Que seus cabelos nunca afaguei...
Que seu corpo nunca amei ...
E que seus carinhos
e beijos nunca possuí...

Ah ... É difícil, mas me realizo e me satisfaço em seus poemas de amor, ou em um único e-mail dela que sempre me leva a esta louca paixão...
Nâo nego me excito e muito com ela, num bate papo no msn...
Limito-me em te-la na minha tela do pc
e os seus poemas no hd do meu coração...
A sua foto com seu gostoso sorriso, está como pano de fundo da tela do meu comput...

Algumas vezes, sinto-a bem perto de mim, quando estou com ela a teclar...
Sinto até seu cheiro, que nunca aspirei...
Sinto seu amor, seu calor e o seu desejar...
Sinto algo tão gostoso que não sei dizer, que mexe comigo e faz-me mais e mais ama-la ...
Só sei que ela mora dentro de mim, bem no fundo do meu coração...
Ela tomou conta de minha carne,
do meu corpo, do meu altar
e do meu eterno amar...
Ela é demais me faz um gostoso amar...

Ela sutilmente me fez escravo do seu amor.
Meu corpo vive a deseja-la ...
Ela é a minha deusa do amor, minha Venus cheia de tesão...
Ela é o inspirar do meu versejar, em frases de eterna paixão...
Ah. . . Como a quero !
Quero-a só para mim,
não ter que dividi-la com ninguém nem mesmo no no teclar...
Nunca me acostumo com a idéia de te-la só na net!
Ela é minha eterna paixão...
Meu mais puro amor
e minha única fonte de prazer e satisfação...

Meu corpo a chama,
a clama,
a anseia e a quer...
Sonho e sinto falta de seus beijos
e seu corpo que nunca tive ou toquei ....
Parece loucura,mas não consigo mais viver sem ela ...
Quem me dera, te-la presente na minha vida e não só no monitor de meu pc ou num e-mail,
pois realmente é ela que quero amar...

ICH LIEBE DICH ...
AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .

Von Buchman

Foto de Lmax

Guardanapo (aqui só) - L'(Max) (Declamado)

Estou aqui só,
E só vejo-me quando só.
O bater em meu peito,
É sombra de uns momentos,
É sopro de meu próprio vento,
É o passar dos ponteiros,
É o nada que o hoje é.
Tomo esse café amargo,
Como o gosto de meus atos.
A agonia de não ser que me resseca,
Inundo com essa água carbonizada.
Nessa calçada fria em meio a multidão,
Por minha alma só estreita a solidão.
Numa Porto Alegre úmida,
Rogo meus planos de vida,
Procuro um voltar sem ida.
Queria um gritar profundo,
Mas tenho esse pincel ao fundo,
Que num risco faz cantar o mundo .
Uma gota de cafeina corre a borda,
Espalhando-se sobre a letra.
Um guardanapo de papel amasado,
Por onde um sonho entra apressado.
Desmanchou pela beirada,
Machucou a palavra errada,
Desfez-se delicadamente em nada.
Um observar calmo me tomou,
Reinventando o que passou.
Riscando de forma banal,
Aquele rumo envolvente.
Essa poesia latente,
Me toma viceralmente.
Um veneno de coral,
Desce incandecentemente.
Entorpece a mente,
Corre as veias
Escoa em som!

L´(Max) 24.06.2008

Foto de Sonia Delsin

MENTIRAS

MENTIRAS

Ele mentia.
Ela sabia.
E fingia.
Fazia de conta que não via.
Ele sempre mentia.
Ela sofria.
Seu ser se contraía.
E buscava força lá no fundo.
Não conseguia entender o mundo.
Por que, se ela o amava tanto, ele lhe causava tanto pranto?
Mentiras.
Seu coração ficou em farrapos, em tiras.
E ela pensava.
Tantas mentiras.
Tantas...
Que sentido teve o seu viver?
Quanto sofrer!
Ela só queria... uma coisa... esquecer.

Foto de Serafina e Tatiana

As 1027 coisas que odeio em ti ou não …

Odeio quando me ignoras...

Odeio quando me dizes “Estava só a brincar” e no fundo ambos sabemos que não...

Odeio quando me perguntas “ E isso que vais vestir?” e eu te pergunto porque e a resposta é sempre “por nada”....

Odeio quando sais e não me contas como foi... Ate parece que tens algo a esconder....

Odeio quando me perguntas mil vezes a mesma e coisa depois de eu já te ter respondido á primeira...

Odeio quando fazes uma amiga nova e passas o resto da noite a dizer o quanto e porreira!

Odeio que nunca estejas de acordo comigo...

Odeio as tuas 1027 amigas do Hi5 que dizes sempre que nunca viste na vida
(Basicamente odeio não saber tudo sobre ti e as tuas 1027 amigas do Hi5)

Odeio quando estas on-line no MSN e optas por não dizer nada! (LOL esta é clássica...)

Odeio estar contigo, não porque não gosto, mas porque os joelhos tremem...Sim e uma incoerência e depois? Coisas de gaja! LOL

Odeio que me tires o fôlego só com o olhar...

Odeio quando falas baixinho... porque me obrigas a aproximar...

Odeio beijar te porque sabe me sempre a pouco!!!!

Odeio o teu perfume porque cola em mim....

Odeio estar contigo porque no dia a seguir e não sei bem porquê ando com um sorriso estúpido na cara que não desaparece nem que o mundo desabe!!!!!!!

Odeio ver te porque depois tenho saudades...

Odeio ter vontade de falar contigo e nunca saber o que dizer...!

Odeio ver-te, sentir o teu olhar e não conseguir fazer nada...

Odeio ter o teu número e saber que não posso ligar...

Odeio o teu ar de bad boy que eu tanto adoro... confusa????

Odeio não saber se pensas em mim, se te lembras de mim como eu de ti....

Odeio estar do outro lado da mesa e ter de manter a “pose”...

Odeio o meu medo.... A incerteza... e se...

Odeio-te porque tens tudo o que eu adoro!!!!!

Odeio estar a teu lado e não te poder tocar ....

-by Serafina Cristina e Tatiana Micaela

“a pior forma de se estranhar alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderás ter”

-by Gabriel Garcia Marquez

Foto de DeusaII

Tu não estás aqui!

*
*
*
*
Sorriso escondido,
Olhar tristonho,
Medos disfarçados,
Pelos dias que passam.
Tu estás aqui,
Mas entre nós, um silêncio abismal,
Um frio de morte, que nos separa da vida.
Um sentimento de isolamento,
Que me leva a esquecer-te.
Sinto uma dor no peito,
Daquelas dores que nunca terminam
Que nos deixam num estado de putrefacção,
Como se nossa vida fosse definhando aos poucos.
Como se o mundo parasse de girar,
E apenas surgissem sombras,
Que nos trespassam o corpo.
Como se fossem setas,
Que nos atingem,
Bem no fundo da alma.
Tu estás aqui,
Mas este sentimento de solidão,
Leva-me a pensar que não estás,
Que a tua vida, aprendeu a viver sem a minha
Que este medo real que me persegue,
Não é produto da minha imaginação.
E afinal de contas....
Tu não estás aqui!

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