Meu cérebro já não consegue aguentar
Com tamanha dor interior.
Já não processa mais informação vinda do mundo exterior.
Meu véu caiu por terra,
E apenas vejo à minha frente
Um saboroso manjar,
Que como sem cessar.
Meus membros perderam a vitalidade
E meu corpo aos pouco mudou de forma.
Já nem me reconheço ao espelho,
Aquela que eu era,
E que já não sou mais.
Escondo-me do mundo,
Pensando que amanhã serei melhor pessoa,
Mas o amanhã vem ,
E eu, continuo da mesma forma.
Vou enchendo-me, não de palavras ou versos
Mas de algo mais forte que eu própria.
Um dia terei de dizer, adeus ao mundo,
Quando meu coração rebentar
De tanto comer, que já entope meu sangue.