Folhas

Foto de Ayslan

Pedaço de Papel

Noite longa e fria... Sinto sua falta, me prendo a sua foto salva no mp4... Logo mim prenderei em linhas e buscarei palavras... Mas irei permanecer sozinho ate que meus próprios contos deixem-me juntinho de te. Bom quando desperta e o frio da noite novamente me tocar, ao abrir os olhos percebo que não escrevi absolutamente nada... E enquanto ainda busco palavras não consigo outra que não seja “Eu te amo Priscila.” Desejo riscar todas essas folhas, por que percebo que é inútil tentar dizer como é difícil ficar longe de você. O claro que entra pela janela aberta faz com que a vida entre no meu quarto, o dia tem só começado, noto que estou rodeado de bolas de papel. Não lembro o que escrevia, ou o que tentava escrever-te. Abrindo uma por uma só encontro seu nome escrito repetido inúmeras vezes... Agora sei o que escrever, mas falta-me um pedaço de papel em branco... Então consigo encontrar um pequeno espaço em branco em uma das bolinhas de papel amassada... Agora já não tenho duvida e já não me falta o que escrever... Mesmo assim não será possível desta vez, não tem mais tinta na caneta... Direi ao vento frio que se foi com a noite longa e deixarei que ele leve ate ti minhas palavras, elas que você ouvirá durante toda sua vida “Eu te amo Priscila”

para: Priscila

Foto de Paulo Gondim

Recado

RECADO
Paulo Gondim
31/03/2008

Meu beija-flor colorido
Que fica ali escondido
Entre as folhas do jardim
Venha até minha janela
E traga notícia dela
Numa folha de alecrim

Ah, beija-flor atrevido
A me ver assim perdido
Sozinho, pensando nela
Nem percebe a dor que sinto
A dor que sinto por ela
E voa de galho em galho
Pulando de lá pra cá
Todo molhado do orvalho
Das lágrimas de meu penar

Ah, beija-flor danado
Você é que é culpado
Do meu viver isolado
E de ser abandonado
Por quem tanto me amou
Você não deu o recado
Que eu pedi para ser dado
Mas você não entregou

Foto de Carmen Lúcia

Onde mora a tristeza?

No cair das folhas secas de outono
que vagam em abandono
despindo o verde dos sonhos,
morrendo sem ter vivido a emoção
do renascer de uma nova estação.

Na noite sem lua, sem prata e crua,
onde estrelas se escondem, escuras,
e sombras ressurgem do nada,
onde o silêncio faz sua caminhada
e a tristeza peregrina nua.

No pranto do lobo que uiva, do cão que ladra
as dores da infinda madrugada...
Euforia que acaba. Premonição!
O riso se fecha, o homem se cala
e a tristeza abala sem anunciação.

Mora nos becos úmidos, nas esquinas,
onde farrapos humanos se esquivam
da dor de mostrar o que são, por que são...
Pra que tentar sobreviver?
Quem lhes irá estender a mão?

Enfim, no coração de quem parte
ou de quem fica...
lamentando a despedida,
chorando a dor da saudade,
clamando a volta de alguém,
querendo partir também...

A tristeza, com certeza,
mora onde o vazio persiste
em eternizar o que é triste.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Sem você...

Mais um dia sem você...
E ter que encarar a vida.
Esconder essa dor tão doída,
seguir adiante,
mostrar-me confiante
mesmo sem você...

Traçar nos lábios um sorriso,
fazer de conta que ainda existo
e na verdade, apenas resisto,
nesse mundo do faz- de- conta...
Porém a partida é lei da vida!

Que se sangrem todas as feridas!
Que se encham de lágrimas os oceanos!
Que se trunquem, se desfaçam os planos!
Ou se ausente a presença mais querida...
Ela é irreversível, inexorável, imbatível ...
Incompreensível, inevitável partida...

Como era lindo o nascer do sol...
Que trazia manhãs numa alegre canção
anunciando em louvor uma nova estação...
E as flores surgiam... Etérea aparição...
Os pássaros embalavam nossa emoção,
O vento cantava soprando as folhas
bailando no ar, morrendo no chão...
E o outono chegava dourando as paixões.

Cenário que já não me traz sensação.
Olho mas não vejo,
toco mas não sinto,
enche meu olhos,
mas não meu coração.
Música que ressoa
e não consigo ouvir.
Perfume que exala
e não penetra em mim...

Sem você...
Tudo ficou assim.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da primavera...

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
algumas levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... nas vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...nas vezes em me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços;
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram, sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram;
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera,
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Foto de Rosinéri

TRAÇOS

As vezes não sei o que eu faço
nas folhas do meu caderno
mas sei que cada linha que eu traço
são linhas do meu interno

Foto de Manoel Lúcio de Medeiros

O DESAFIO DE SER MÃE!

Poeta Malume (Manoel Lúcio de Medeiros).
Fortaleza – Ceará – Brasil. 10/05/2009. 00h10min.
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Palavra às mães!
Quero dedicar e ofertar a todas as mães estes sonetos que compus com muito amor, carinho e esmero, justamente para esta data, o dia das mães. (Segundo Domingo de Maio).
Ser mãe é uma árdua e sublime missão doada pelo criador eterno. Deus quando esboçou a mulher na eternidade, fê-la com o pacote completo: “amor, abnegação, bravura, carinho, cuidado, competência, coragem, desempenho, força, maternidade, profissionalismo, submissão, ternura, e zelo”. Em fim, tudo quanto uma mãe necessita, Deus colocou no seu coração, porque ser mãe, sempre foi, e sempre será o maior desafio da história. O desafio de ser mulher, enfrentar o machismo exacerbado de muitos homens e de muitas sociedades, os quais foram no passado, um verdadeiro duelo para a mulher, onde muitas tiveram que pagar o preço com seu sangue derramado, vitimadas pela injustiça e preconceitos sociais. No entanto, o desafio de ser mãe, de gerar no seu ventre materno a vida, amamentando-a sob seu seio; a enobrece, a dignifica, e a eleva sobre todos os seres da terra, ao privilégio de ser mãe do ser mais importante da natureza, a vida humana!
Ser mãe é desafiar a vida, pois muitas vezes, levada pelas circunstâncias, tem que lutar pela própria sobrevivência, se submetendo aos desatinos de uma sociedade competitiva e muitas vezes discriminatória! E nesta peleja, ela tem se sobressaído com êxito, e com garbo! O desafio de ser mãe e ser esposa, compartilhando com o marido e com os filhos, o amor, a construção do lar, a educação dos filhos, e a formação espiritual e social deles, como cidadãos, (como disse Salomão, a mulher sábia, edifica a sua casa), a tem tornado, um colosso nas páginas do tempo e nas folhas do coração!
O desafio de enfrentar a violência, por parte de seres inescrupulosos que procuram usar a mulher como objeto de seus desejos imorigerados. Tudo isto, é muito duro e difícil para uma mulher! Pelo que ela necessita por parte do homem, o amor, a ternura, o carinho, uma postura ética saudável e a devida compreensão. Mãe, que Deus te abençoe ricamente, não somente nesta data dedicada ao teu dia, como todos os dias de tua existência sobre a face da terra. Que Deus te ilumine a cada dia, te enchendo de sabedoria e discernimento, para que possa desempenhar o papel mais sublime e sagrado, o papel de ser mãe, o papel de aceitar todos os desafios e de vencer todas as barreiras! Que Deus te conceda a vitória sobre tudo e sobre todos, pois a carga que recebeste, é deveras pesada, contudo, recoberta de uma inaudita e inefável glória, a glória de ser mãe. Meus parabéns!
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Do amigo, poeta Malume.

Foto de Carmen Lúcia

Minha mãe

O sol estava se pondo...
Tarde de outono.
Observo minha mãe
num denso sono;
nem percebe as folhas que caem
e amareladas se esvaem,
tocando seu inexpressivo rosto.
Parece querer de pleno gosto
ir de encontro ao sol se pondo,
sem resistência, sem confronto...
Espera que a leve a luz tênue da tarde,
sem barulho, sem aviso, sem alarde.
Frágil como a pluma solta no ar...
Logo ela, que se lançava aos desafios,
entrega-se agora...
Nem luta, nem chora;
desiste a cada dia,
definha a cada hora.
Espera ver o pôr-do-sol levá-la embora.
Triste saber que ela desiste...
Oscila entre o existe e o inexiste.
Tão triste vê-la
triste...

Carmen Lúcia

Foto de Lu Lena

SONHOS E PESADELOS NUM GRITO CALADO...(Dueto de Bira Mello e Lu Lena)

*
*
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SONHOS-PESADELOS

Sonho por um momento
Que correspondes com plena paixão,
Ao meu amor e meus sentimentos;
Que entorpecem minha mente
Me deixa confuso em pensamentos:
De possuí-la, de ser seu dono,
Seu servo-escravo, seu macho em cio...
Apenas sonho nesse momento
Que sou cego por seu amor
E em braile leio com suaves toques
Todo seu corpo.
Sinto, vejo as nuances de su'alma
Decifro seus ícones...
Seus mais profundos segredos!
Percebo que cristalizas
bem dentro do seu casulo (su'alma)
Apenas por puro medo
De que eu não seja bom o suficiente
E transforme seus mais nobres sonhos
Em tristes pesadelos.
Agora o dia já vem...
Meu despertador acorda-me
Desperto desse meu triste sonho
Só pra ver a minha realidade
Perceber que dentro e fora de mim
Por hora não existe mais sonhos
Tudo é apenas sombrios,
Tenebrosos e eternos
Sonhos-pesadelos.

Bira Mello

GRITO CALADO

Lanço vôo nos lençóis alvos que
descortinam-se no campo estelar
em meus olhos pontos cintilantes
que ofuscam o meu olhar...
na obscuridade, a ardência e o
peso das pálpebras que insistem
em ocultar...
na deriva de meus pensamentos
sensações vibrantes...
no céu...
um pássaro a desenhar
o esboço inglório que resplandece
em ``flash´´ como raios de luz
teu sorriso esmaecido preso em
teus lábios, que atravessa o
tempo e insiste em dizer
que ainda me quer, que ainda
vai me encontrar...
oscilam as recordações que
costurei em retalhos e cerzi
com as marcas e as nuances
nessa incógnita que adormece
minha sobrevivência em ti
varam comigo madrugadas infindas
e na mudez de minha voz trancafiadas
inerte em estado de dormência em
transe...
na garganta ainda presas estão as minhas
lágrimas secas... que ainda insistem
em cair...
magia, divagação nesse contentamento
lá fora sinto o balançar da árvore que faz
ruído com as folhas que se dispersam
na brisa do vento...
em meu silêncio mórbido e trancado
teu nome ecoa dentro de minh’alma
num grito calado...

Lu Lena

Foto de J.

Futuro?

Com todo esse fogo que queima meu corpo
Me arrebata e leva à você
Eu danço, canto, vibro de paixão
Com sede de ar.
Sou sua e somente sua...
Brindo aos nossos beijos
Declamo nossas juras
Sussurro nossas promessas
Folhas verdes da primavera
O cheiro do mato nos excita
Assim nos amamos
Entre uvas, madeiras, músicas
Essa festa se mistura à natureza
De nossos corpos
Somos um entre muitos
Dois seres unidos por uma força maior
E indissolúvel
Nos encontramos por acaso
O acaso nos mantém...
E agora construímos uma história
Única e singular
O futuro?
Prefiro não pensar nisso...

J.

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