Folhas

Foto de meu rei

Fim de tarde

Sinta a brisa do ar,
Na chegada do entardecer,
Acariciando as folhas a embalar
Revelando a melancolia do anoitecer.

Trazendo as lembranças do seu olhar,
A dor no peito deste ser...
Nos meus pensamentos a vagar,
A ansia dos teus beijos ter.

A noite surge na janela do meu quarto,
Anunciando as horas em solidão,
És pesado como um fardo
A saudade em meu coração.

Sinto a brisa entrar...
Pela janela a me tocar,
Fecho os olhos a imaginar...
A tua vóz a me chamar...
...Vem meu amor estou a te esperar,
Venha nos caminhos dos meus sonhos...
Vem sem demora me amar!

Para NANA com minha devoção.

Foto de Rosye

Se meu coração fosse...

Se meu coração fosse
fora de mim um campo onde a ventania dança
com todas as folhas secas que encontra na calmaria
eu deixaria soltar um suspiro suave ao som de uma nascente!

Se meu coração fosse
eu poderia expressar sem nenhuma palavra todas as que já disse.

Se meu coração fosse
meu coração seria
caminhos pintados de chuva
um arrepio e um frio pela brisa mais Amiga.

Se meu coração fosse
que por amor, se entregaria ao céu, à terra e ao mar
e por amor ao sol diferente seria.

Se meu coração fosse
me aqueceria a alma me aqueceria o corpo.

Se meu coração fosse
Este Amor infinito seria tudo aquilo que me vai no peito.

Autora: Rosye

Foto de meu rei

Saudades

hoje eu acordei vazio, olhei pela janela do meu quarto e não ví o sol que brilhava lá fora, não senti o vento que acariciava as folhas das árvores, não ouvi o som que as aves entoavam, não percebí meu amigo ao meu lado me dando "bom dia"...
nada fez sentido hoje quando saí de casa... tudo ficou novamente preto e branco... a vida sem o colorido é triste e sem razão de ser, não há brilho... não há luz... não há certezas... não há nenhuma batalha para se travar... não sentido se não há você!
Amo você de paixão...

Foto de Siamesa

Folhas de Rosa ( Florbela Espanca )

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo...

E falo-lhes d'amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente...
Pouco a pouco o perfume de outrora
Flutua em volta delas, docemente...

Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m'embriaga

O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que refletia outrora tantos risos,
E agora reflete apenas pranto,

E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado...

Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mais fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia...

Foto de himesama

Anoitecer (Himesama)

Vários pontinhos brancos longínquos estão a brilhar.

A escuridão abraçou a terra silenciosamente. O vento, vindo com enorme suavidade, balança as folhas das árvores. Os grilos começam a cantar, os sapos se deliciam

Foto de alguem

Você (Alguem)

Esse poema é dedicado a Fernada F. Material (Brasil)

Autor: Alguém que nunca te esquecerá, alguém que te ama e admira

Data: 03/07/2003

Você ...

Você é com a luz do luar

Linda, serena e encantadora

Algo capaz de maravilhar

Algo capaz de fazer sonhar

Você é como o nascer do Verão

Aquece e dá vida

Dá brilho e emoção

Impossível ser esquecida


Você é como a noite de Inverno

Dá saudades ao sabor do vento

O prazer do cheiro do sereno

Um desejo de acalento

Você é como o vento do Outono

Varrendo as folhas do chão

Limpando a alma e o coração

Invejo aquele que está no seu sonho

Você é como a rosa da primavera

Linda e perfumada

Faz o coração vibrar de ternura

Impossível não ser amada

Alguem

Foto de Carmen

Aquilo que me segue...(Carmen)

Não temas a escuridão brusca da noite

Pois nesses momentos, onde a luz do sol fraqueja

Os meus braços rodeiam-te como o céu a terra,

O calor, fervor maluco do meu coração aquecem-te

E o ar que expiro beija as tuas faces suaves

Como a chuva da Primavera.


E o fogo que arde em mim cresce e mostra-se

Quando os teus olhos cintilantes reflectem os meus

E o som da minha voz ergue-se, sussurrando-te

Ao ouvido, pequenas palavras carinhosas.

Não temas a tempestade furiosa do mar

Pois quando as suas tenebrosas vagas se abatem sobre ti,

Levando-te para o fundo obscuro do oceano,

A minha mão lançar-se-á em busca da tua,

Como o sol da lua.

E o meu espírito selvagem, mas dependente do teu toque,

Mergulhará e não desistirá.

Pois os meus sentimentos por ti,

nem os sábios sabem da sua grandeza,

Pois não existe medida.

Assim como o sol segue a lua e a luz a chuva,

Eu sigo os teus olhos.

E receio magoar-te,

Pois tesouros como tu,

Um cristal puro e intocado,

Não têm possivel valor, têm sim amor.

E essa palavra tão forte

E que cai sobre o nosso coração,

Como as folhas do Outono, e a chuva do Inverno,

Tem uma magia incontrolável,

E é isso que eu tenho para te dar:

Amor!

Carmen

Foto de LEOANDRADE

Carla ou Despedida de (e em) Venice (Leonardo Andrade)

A Piazza está vazia

As folhas mortas e caídas pelo chão

assimétricas, desordenadas

o vento balança suavemente os brinquedos vazios

vã tentativa ...

os pássaros silenciosos sequer voam ...

o mar adormecido não avança nas calçadas

As nuvens permanecem imóveis

não há som, não há luz

não há música, o ar parece pesado...

as gôndolas estacionadas não dançam nos canais

as cores desbotam rapidamente

o vinho escorre pelas mãos

mas não fecunda a terra

agora estéril, sem vida

sem você Venice é morta

Per tutti la mia vitta

Leonardo Andrade - 1984

Foto de Patrícia

Rosa Pálida (Almeida Garrett)

Rosa pálida, em meu seio

Vem querida, sem receio

Esconder a aflita cor.

Ai! a minha pobre rosa!

Cuida que é menos formosa

Porque desbotou de amor.


Pois sim...quando livre, ao vento,

Solta de alma e pensamento,

Forte de tua isenção,

Tinhas na folha incendida

O sangue, o calor e a vida

Que ora tens no coração,

Mas não era, não, mais bela,

Coitada, coitada dela,

A minha rosa gentil!

Curvam-na então desejos,

Desmaiam-na agora os beijos...

Vales mais mil vezes, mil.

Inveja das outras flores!

Inveja de quê, amores?

Tu, que vieste dos céus,

Comparar tua beleza

Às folhas da natureza!

Rosa, não tentes a Deus.

É vergonha...de quê, vida?

Vergonha de ser querida,

Vergonha de ser feliz!

Porquê? Porquê em teu semblante

A pálida cor da amante

A minha ventura diz?

Pois, quando eras tão vermelha

Não vinha zângão e abelha

Em torno de ti zumbir?

Não ouvias entre as flores

Histórias de mil amores

Que não tinhas, repetir?

Que hão-de eles dizer agora?

Que pendente e de quem chora

É o teu lânguido olhar?

Que a tez fina e delicada

Foi de ser muito beijada,

Que te veio a desbotar?

Deixa-os: pálida ou corada,

Ou isenta ou namorada,

Que brilhe no prado flor,

Que fulja no céu estrela,

Ainda é ditosa e bela

Se lhe dão só um amor.

Ai! deixa-os e no meu seio

Vem, querida, sem receio,

Vem a frente reclinar.

Que pálida estás, que linda!

Oh! quanto mais te amo ainda

Dês que te fiz desbotar.

Almeida Garrett (1799 - 1854)

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