O sol estava se pondo...
Tarde de outono.
Observo minha mãe
num denso sono;
nem percebe as folhas que caem
e amareladas se esvaem,
tocando seu inexpressivo rosto.
Parece querer de pleno gosto
ir de encontro ao sol se pondo,
sem resistência, sem confronto...
Espera que a leve a luz tênue da tarde,
sem barulho, sem aviso, sem alarde.
Frágil como a pluma solta no ar...
Logo ela, que se lançava aos desafios,
entrega-se agora...
Nem luta, nem chora;
desiste a cada dia,
definha a cada hora.
Espera ver o pôr-do-sol levá-la embora.
Triste saber que ela desiste...
Oscila entre o existe e o inexiste.
Tão triste vê-la
triste...
Carmen Lúcia
Comentários
P/CARMEN LUCIA/CARMEN CECILIA
CarmenCecilia
SEU POEMA É DEVERAS TRISTE LINDA XARÁ!
Mas real...
Ai como é triste ver pessoas que a gente ama assim, que desbravaram, lutaram contra tudo e todos, contra conjecturas,estereótipos...
Ficarem assim a merce dos acontecimentos...Levadas...Abduzidas pelo tempo...
E nada podemos fazer...
Beijos e meu votinho com carinho
Carmen Cecilia
CarmenCecilia
Obrigada, querida xará!
Obrigada por seu comentário e sua amizade. Não tenho mais palavras.
Um beijo em seu lindo coração.
Carmen Lúcia
Carmen Lúcia
Carmen/Carmen Lucia
Querida amiga,
Neste poema mostra sua alma desnuda, sem disfarces e toca com a sua emoção o meu coração já tão sofrido fazendo escorrer no meu rosto uma lágrima que nem procuro disfarçar. Lindo e triste! Real como é a vida!
Beijos, carinhos,
Carmen
Querida Carmen Vervloet
Tenho tanto o que lhe falar, de tudo que tenho lido sobre você, mas não será agora, nem hoje.
Por enquanto deixo-lhe um abraço cheio de carinho, amizade e admiração. E meu agradecimento pelo muito que representa para mim.
De sua amiga,
Carmen Lúcia
Carmen Lúcia