Folhas

Foto de raziasantos

A cabana.

O outono esta terminando as folhas amareladas no chão, sentada a beira do pequeno rio com os pés na água o olhar perdido no nada: Não sei por quanto tempo permaneci ali.
O vento espalhava as folhas secas que batiam em meu rosto, a água fria do pequeno rio estava cristalina, era um lugar ermo distante de tudo... Um lugar lindo e solitário a pequena cabana cercada por um lindo jardim, na sala um lareira que permanecia sempre acessa, pois fora construída entre duas montanhas, por isso era fria mesmo no verão.
Estava casada há três anos meu marido era diplomata e vivia viajando por vezes me levava com ele, mas a maior parte dos dias eu ficava em casa.
A montanha era meu refúgio, os pássaros me faziam companhia.
Todos os dias eu acordava cedo, o nevoeiro era intenso, na parte da manhã para não me sentir tão solitária eu ocupava meu tempo pintando era um lugar ideal para inspirações pintava lindas paisagens flores, e pássaros.
Meu marido chegava há ficar um mês fora ou mais, quando voltava das viagens ia direto para montanha, mas logo voltava, nos amávamos ele era carinhoso, não sei se eu não me importava com sua ausência dele ou se estava resignada.
Eu sempre quis ter filhos, mas ele achava que devíamos esperar um pouco mais então...
O inverno estava chegando e a montanha era muito fria eu resolvi ir a cidade fazer umas compras de cobertores, e suprimento para resistir o inverno, eu tentei ligar o carro, mas o carro não pegou então tentei o radio, mas nunca aprendi usá-lo então eu desisti: Resolvi esperar meu marido voltar de viagem, ele traria o suprimento necessário: os dias estavam ficando longos e com a chegada do inverno o nevoeiro aumentava tornado o lugar triste minha solidão aumentava cada dia.
Eu esperava ansiosa a volta do meu esposo então enquanto ele não vinha eu pintava, e em cada quadro que pintava procurava colocar um pouco de vida assim as cores, fortes o brilho da luz retratado em meus quadros me alegrava um pouco.
Embora estas cores e luz fossem imaginaria, pois o lugar era sem vida e cinzento.
Em uma tarde eu estava passeando ao redor da cabana as flores estava cobertas por gelo, mal dava para ver as árvores devido o forte nevoeiro, o sol era tão tímido que só se via uma pequena fresta de luz que vinha do alto da montanha.
De repente eu ouço risos vindos da direção do rio era a voz de uma criança eu corri em direção ao som da risada, o nevoeiro me impede de ver, eu sigo em frente e pergunto quem esta ai?
Oi! Responda quem esta ai?
Chamei por varias vezes e nada de resposta logo o riso parou então eu pensei deve ser o som de algum pássaro fiquei curiosa, mas como o barulho parou, eu voltei para cabana estava tão frio que sentei ao lado da lareira peguei um livro e fiquei ali até adormecer.
Dormi direto até o dia amanhecer.
Quando acordei o frio estavam mais intenso os vidros das janelas estavam tão embaçados que não se via nada.
Levantei abri a porta e a cabana foi invadida pelo nevoeiro que entrava casa adentro cheguei até me assustar:
No meio daquela fumaça cinza e fria surge uma pequena luz vinda em direção à cabana eu tento ver quem esta chegando até que surge um rosto era meu marido que voltava para casa eu corro ao seu encontro e o abraço fortemente ele esta gelado seu casaco esta úmido então de mãos dadas entramos em casa ele senta em uma poltrona em frente à lareira flexiona as mãos, acende um cigarro, e com um sorriso tímido diz te amo meu amor.
Ele levanta vai abre a porta, e vai até o carro, pega um lindo buque de flores entra novamente pega o nosso retrato de casamento em cima da lareira e coloca as flores ao lado, e diz flores para meu jardim.
Ele toma um chocolate quente e vamos nos deitar ele esta calado seu olhar distante me acaricia olha em meus olhos e diz estou tão cansado preciso descansar então vira para o lado, em seus olhos a lagrimas ele chora eu fico sem entender, afinal já faz tanto tempo que não nos vemos e ele volta assim...
Penso comigo mesma amanhã conversaremos, ele vai estar melhor ai vou querer saber tudo que esta acontecendo.
O dia amanhece e quando abro os olhos ele já esta acordado sentado ao lado da cama me observando, tem em seus lindos lábios um sorriso maroto e um olhar doce me olha de um jeito tão lindo que me emociona:
Posso ver em seu olhar muita ternura e muito amor, então eu o abraço ele se deita lentamente e ficamos ali abraçados nos aquecendo, o coração dele bate forte nossos corpos se encaixam com tanta perfeição como uma forma sob medida.
Sem dizer nada ele levanta pega a chave do carro e sai, eu penso que ele vai pegar algo no carro, mas ele liga o carro e vai embora eu saio correndo em meio ao nevoeiro gritando por ele, mas ele não ouve, segue em frente até desaparecer na cinzenta fumaça: Me desespero caio de joelho entra as folhas molhadas pelo orvalho e choro copiosamente, naquele estande eu me vejo tão só sinto uma angustia tão grande que nunca sentira antes, em um lugar tão deserto em meio o forte inverno até os pássaros sumiram para se aquecer deixando-me na mais profunda solidão.
Neste instante eu ouço novamente o riso da criança agora esta perto de mim... Abro os olhos em meio o nevoeiro surge uma linda menina de cabelos loiro tão branca como a neve, ela esta na minha frente eu me surpreendo não tínhamos vizinhos então pergunto de onde você vem?
Quem é você, onde você mora? Ela sorrir e diz moro aqui, venha ver eu moro aqui!
Ela segura minha mão e me ajuda a levantar ela me puxa rápido sempre sorrindo diz vem, vem logo!
De repente para em frente um monte de folhas secas, então eu pergunto onde mora? Ela responde aqui com você, eu fico confusa e penso-a deve ser filha de alguém que mora perto da montanha tenho que encontrar sua família.
Eu olho para o rostinho dela e passo a mãos em seu rosto gelado, pergunto novamente, vamos meu anjo diga-me onde você mora? Entenda, está muito frio, seus pais devem estar preocupados com você, então ela me olha e diz não estão não, minha casa é aqui, a sua também: Neste instante eu sinto um frio subir na minha costa, ela começa a remover o monte de folhas, e vai surgindo algo branco ela olha par mim e diz vamos mamãe! Vamos para casa, logo surge um tumulo branco em cima um lapide escrito aqui descansa minha querida esposa e nossa filha que partiram em um terrível acidente de carro.

Foto de Carmen Vervloet

Eterno Amor

Qual perfumada rosa de Sharon
vestido em seda nácar
não importa se em Vitória ou Hebron
nosso amor nasceu pra ficar,
para dar frutos...
Na minha alma, eternamente impoluto!
São tantas faces que me esqueci de contar
são tantas pétalas colhidas ao luar
são folhas secas e também espinhos
são dias escuros acendidos em carinhos!
Bem sei que não posso ler o futuro
mas sei que é você que eu quero e procuro
não importa se o caminho é acidentado e escuro...
A chama arde no meu coração
e faz brilhar nos meus olhos a paixão
e minha alma na mais plena estesia
eterniza meu sentimento em poesia!

Carmen Vervloet

Foto de Bira Melo

A TENTAÇÃO

E a morte
Com seu anzol da maledicência
Preparou uma isca de formicida
Convidou-me a suicidar-se
Eu como bobo que era,
Achara que sim
E que não, talvez não...
Meus olhos cristalizaram
E o da noite
Brilhara como um louco diamante
De uma Mata verde em folhas.
Amanhecera,
E era o mesmo dia!
Eu fisgara a isca
Ela sorrira (coitada...)
Ouvi uma voz que cantara:
"Ainda é cedo amor,
Mal começastes a conhecer a vida!"
Daí, aquela sonda perpassara minhas narinas
E do meu estômago extraíra
O veneno da isca que eu mordera.
A morte, fugiu com medo de morrer...
Ela acabara de matar
O medo e o desejo que eu sentira,
De um dia poder vê-la!!!

Foto de CARLOS RIBEIRO

VENTOS E LÁGRIMAS






VENTOS E LÁGRIMAS

VENTOS E LÁGRIMAS

VENTO QUE MURMURA
AS FOLHAS AO SOPRAR
ETÉREO
ALGO A INOVAR

VENTOS QUE TOCAM SEUS LINDOS
CABELOS NEGROS CACHEADO
COM O SUBIR DA POEIRA
FICA TODO AREADO

JUNTO COM O SOPRO VENDAVAL
VERTENTES LÁGRIMAS
EM SEUS OLHOS
DO ENPUERAR

LENTAMENTE VOCÊ
COM ÁS MÃOS
PASSA A O MASSAGERAR
SÃO LÁGRIMAS VIRGENS

DE MAGÍA SEMBLANTE
NOSTALGIA COSTANTE
SÃO LÁGRIMAS QUE NASCEM
DE UM AMAR

LÁGRIMAS QUE FOGEM DE SEU DOMINIO
A O VENTO QUE SOPRA UMA SAUDADE
LEMBRO-ME DE SEUS BEIJOS
DE SEUS CORTEJOS

LÁGRIMAS DE SEUS OLHOS
VERDADEIRO LÁGRIMAR
UM VERSEJO
SEMPRE POR MIM A CHORAR

CARLOS RIBEIRO

Foto de Shapoka

Um Sonho

O mundo não é feliz, mas eu sou feliz,
O mundo é redondo Jesus é barbudo e eu não tenho uma bola quadrada,
Mas isso não é o maior problema,
A porta ta fechada, mas ainda tem uma janela que não se tranca...
A parede ta rachada e daí!
O céu ta limpando e você não vai com o sol tão quente. Ainda te aviso que meu dia é muito longo, a noite demora muito chegar ao meu quarto.
Você ainda quer? Vem buscar. Ta longe corre um pouquinho, mas cuidado pra não escorregar...
Não entendo você tão feliz, mas infeliz, sempre querendo ser o singular o plural, se é única. Ai se atrapalha com tudo isso.
E fica infeliz.
Quero! E você acha que não é certo, to bem. Ai você prefere me deixar menos que sou, ainda que você também se diminua...
O que pensar o céu ainda ta limpo eu não sou capaz de tirar o sol do céu.
E o mundo ta girando.
Quero tudo muito simples, muito quente e tudo bem legal.
Ah to sem óculos e reclamando de tudo e de todos, sempre assim não é?
Ainda concerto as mesmas coisas tenho os mesmos amigos.
Os cachorros são os mesmos...
Hoje pensei porque crescem as árvores? Para serem cortadas?
Todo dia vejo umas duas ou três em processo de metamorfose.
Todo dia fumo uma carteira de 20 cigarros de folhas secas e mortas, e sempre estarão mortas.
Queria ao menos uma vez saber como é morrer...
Bem se tivesse boa memória saberia.
O tempo passou e Jesus ainda não fez a barba...
Será q alguém já reparou como os pássaros se divertem?
Eles sim são felizes.
Se não existissem gatos, gaviões e armadilhas o mundo seria bem legal...
Já ta ficando tarde. Você saiu?
Sabia q não iria. E se eu te disser que vou fazer com você e que você vai querer e vai gostar Acreditaria? Ou iria embora...
O cinzeiro ta cheio.
Minha mãe ta brava, mas não me diz por quê...
Normal...
Seu eu controlasse todos seus movimentos nesse mundo, pode crer seria o melhor pra todos.
To querendo pintar meu quarto essa rachadura ta me incomodando...
Ah, minha mãe ta brava porque o cinzeiro ta cheio e ela o limpou hoje. Fazer o que essa ânsia num passa
E ainda não tenho minha bola quadrada...
Isso sim me faz triste. Somos iguais, somos unidos e distantes...
E é você que não quer felicidade, se quisesse buscaria...
Mas eu tenho no meu quarto uma cama, TV, DVD, porta, janela e um computador.
E ainda sou feliz... Você saiu?
Sabia que você não iria.
O que será q te prende aqui? Os objetos a preguiça ou eu?
Não sei o que imaginar bom nem sei se consigo...
Agora sim acho que você vai embora.
Meu sono ta acabando...
Minha mãe já bateu na porta e já disse que ta na hora da rotina. E as palavrinhas mágicas “anda levanta deixa de preguiça moleque, trabalhar! Trabalhar!”
Acordei você se foi. Espero reencontrar-la desse jeito, do meu jeito mais vezes.
Vá em paz, viva em paz dê minha paz...
E agora é mais um dia feliz.

Foto de Paulo Zamora

Vários poemas de Paulo Zamora (www.pensamentodeamor.zip.net)

Inverno febril
Folhas secas se escondem no chão. No cantinho do coração atravesso um inverno...
Onde você passou primeiro deixando marcas. O que o frio fez com as flores? De repente me vi sorrindo, o que foi? Tive a impressão de que tinha voltado. Então minha vida acordou para a realidade; ainda é inverno.
Do meu lado esquerdo tem alguém procurando o coração. Dias são temporais de distâncias. Calei-me e deixei as lágrimas caírem.
Vou indo...
Caminhando pelo inverno. Sendo as folhas e flores. Sendo a saudade.
Foram promessas e desafios, desconforto, nada aqueceu-me do frio, do inverno febril.
Enquanto as folhas se escondem, finjo não saber de nada, minto não ser madrugada, somente para não tremer na falta que me faz.
Quem não tem coragem fica a vida inteira numa mesma estação. Chamei o sol, então ele passou a ser alguém importante, possuidor de uma luz interna. Folhas... caem e ali ficam...
Estou com febre, vivendo o inverno que me cerca, me prende em algemas. Já é solidão...
(Escrito por Paulo Zamora em 10 de maio de 2010)

O próprio infinito
Onde vou requerer ajuda? Estou sentindo sem saber explicar, e depois disso esqueci o verdadeiro sentimento; estou confundindo tudo, abrindo portas e janelas doentias, mesmo sem querer estou ficando perdido.
Estou me perdendo dentro das carências. A mente não descansa. O sono não tem sonho. O peso da consciência machuca. Estou girando, tentando esquecer, procurando nem lembrar, mas não tem jeito. Se eu pudesse voltar no tempo, se eu pudesse extraviar destinos, quem sabe não sofreria como estou sofrendo; ninguém entende, não podem ter pena porque não sabem como age o pensamento, eu mesmo não sei...
Dizem que fases passam, porque os ventos passam...
Minha voz já não é a mesma, meu comportamento mudou, estou triste, triste e ninguém notou, porque tudo é por dentro, no mundo dos sentimentos; onde perambulando me envolvi contigo, chamei de aventura e hoje não sei como se cura...
Parece que estou destinado a sofrer por um sentimento inexplicável, onde por instinto vou seguindo, e fica mais longe o caminho de volta. Onde vou requerer ajuda? Estou sendo o próprio infinito...
(Escrito por Paulo Zamora em 10 de maio de 2010)

Medo de perder
No mesmo instante a sós. Confia na compreensão enganosa da desconfiança. Quer viver a vida sem correr riscos. Quem ama nunca engana. Amo você. Sou sua felicidade provada. Você não quer perceber a realidade que há por detrás da infantilidade que estamos vivendo...
Revirou o amor, subtraiu da paixão, multiplicou as complicações...
Batem na porta na noite invernal, ventos... Contratempos... Perigos... Coisas doentias causadas pelo medo de perder.
Taças de sentimentos se quebraram quando você gritou a despedida. Sou ciumento impulsivo. Por quê? Por nunca ter encontrado alguém como você, que ama, sabe das imperfeições e perdoa facilmente nos meus momentos inseguros e de imaturidade. Tanto você como eu, entretanto não confiemos na compreensão enganosa da desconfiança, esta que entrou pela sua janela. Me chame de amor como antes, deite-se comigo para sorrir, fala cócegas, é prazer indo além...
O medo de perder nos corrói. A angústia nos abandona na calçada da desesperança. Falei dos seus defeitos sem ver os meus. Estou errado.
No mesmo lugar como na primeira vez que nos vimos, estou vendo você partindo, não pode ser, não pode ir embora assim. Assumo culpas, deliro no silêncio presente. Pelo medo de perder estou perdendo você.
(Escrito por Paulo Zamora em 06 de Maio de 2010)

É mãe
É a mãe o ser que nos gera a vida, nos alimentamos da sua respiração; chamar uma mulher de mãe é o maior orgulho de um ser humano...
Com ela aprendemos as primeiras lições da vida. A verdadeira mãe ama todo o tempo, dedica-se sem limitações, porque o amor a sustenta em cada novo dia de luta. Compreensão, carinho, afeto, amizade, amor eterno; MEU DEUS COMO DEFINIR MAE?
Quantos são os que ainda sentem saudades? Quantos são os que tem mãe e não dão valor? Se você tem uma mãe, ame-a como nunca amou ninguém nesta vida, respeite-a usando os sentimentos mais profundos; porque mãe merece ser amada e respeitada...
Ela é o verdadeiro exemplo de perdão... Mãe é tudo na vida de um filho...
Imagine aquela mãe, que hoje sabendo a importância do amor está distante do filho por algum motivo. A mãe é aquela que ama mesmo sabendo que os erros do filho foram causadores de dores e aflições, há filhos em presídios, outros dando desgosto sem saber do sentimento dessa mulher; imagine como está aquela mãe sabendo que seu filho está num leito de hospital, então você filho, tente imaginar o rosto de sua mãe sabendo que você está ausente quando poderia estar presente; no fundo ela sempre entende, porque é mãe...
O que você faria por um beijo de sua mãe? Por um abraço repleto do mais puro amor?
Tente refletir o valor de uma simples ligação, onde você pode dizer: Mamãe eu te amo, minha querida...
Onde você está? Onde está sua mãe neste momento? Quem cria é mãe. Quem está presente nos momentos mais complicados é mãe. A mulher, a esposa, a amiga, a Senhora da vida, é mãe...
A mãe existe na presença, na saudade, na esperança; a coragem, ela é o coração que pulsa...
Nunca brinque com os sentimentos de sua mãe, nunca a abandone, ela é único ser que daria sua própria vida por você.
Diga a ela sem ter medo ou vergonha: MAE EU TE AMO MUITO, E MINHA VIDA DEVO A VOCE, PESSOA QUE CUIDA DE MIM DESDE ANTES DE EU NASCER... Mãe contigo aprendi que nada levamos da vida senão os bons momentos que podemos desfrutar ao lado de que amamos e também nos amam. É mãe a pessoa que eu mais amo, é mãe a razão da virtude... dos sonhos alcançáveis... É mãe!
(Escrito por Paulo Zamora em 05 de Maio de 2010)

Que eu daria minha vida por você

Passe o que passar,
Dentro do meu querer existe uma certeza;
Que eu daria minha vida por você...

Diante do que acontecer definiremos se vamos ou não ficar juntos;
Se não te esqueço é porque nada é tão belo quanto te amar.
Estou sem saber o que fazer.

O sonho usa sua voz para me acordar durante a noite,
Então sem rumo me perco dentro de casa,
Sem saber pra onde vou e nada sei de mim.

Sei que eu daria minha por você,
Faria qualquer coisa pra você voltar,
Sentindo paixão, amor e outros bons sentimentos...

Ao passar por mim fingindo não me conhecer,
Diga pelo menos um Oi,
Para eu sentir que simplesmente passou diante de mim alguém que se parece contigo.

Trará o vento alguém diferente,
Provará a boca de outros eloqüentes beijos,
Mas será levado pelo mesmo vento a que veio porque não será você.

Quantas vezes menti não te amar dizendo somente gostar,
Com o tempo a distância veio me provar,
Que para todo o sempre vou te amar.

Teremos o dom do amor presente,
Quando tanto você como eu deixar a alma falar por nós;
E vivermos uma relação sem pena ou algo que definhe.

Vou criar coragem e pedir pra você voltar.
E dizer palavras sensacionais e se preciso chorar pela emoção e afirmar;
Que eu daria minha vida por você.

(Escrito por Paulo Zamora em 29 de abril de 2010)

Foto de Lila.

Os namorados no portão.

NAMORADOS NO PORTÃO

Duas pessoas ali no portão
Que se amam de coração
As folhas caindo no chão
Proliferam uma emoção.

Rosa e roxo combinam certinho
Explica o longo caminho
O portão de abre devagar
A mãe chama para o rapaz entrar.

De mãos dadas vão lentamente
Aquele casal tão contente
Entre a grama a um vãozinho
Venha comigo neste pequeno caminho.

Foto de Carmen Lúcia

Momento único (PARA MINHA MÃE)

Um doce enlevo me conduz à recordação
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final de tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar,
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora...

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
25/08/2009

Foto de Sonia Delsin

GRANDE POETA... MINHA SAUDADE

poeta só é grande quando sofre?
poeta só é grande quando fala da dor?
não, não
poeta é grande quando fala de amor...
quando fala com a mesma naturalidade da tristeza e da alegria
a tristeza ensopava tua alma nos últimos anos
tudo veio mudar os teus planos
me dizias
veja o que a vida fez comigo
é tudo tão passageiro
eu não o enxergava com as pernas amputadas
eu o via inteiro
meu poeta amado, minha saudade
onde ficaram nossas conversas?
nas cadeiras espreguiçadeiras?
nas sombras das paineiras?
tuas palavras foram folhas aos ventos?
não
estão guardadas no meu coração
nos meus pensamentos

Foto de Carmen Lúcia

A poesia que trago

Faz tempo que não faço versos,
só vejo no belo
inversos, flagelos...
Perdi-me em meio a palavras
outrora tecidas, hoje desgastadas
clamando o que me transtorna,
jorrando pra fora razões desastrosas.

Faz tempo não junto palavras,
meu verso é reverso,
meu grito é calado...
Meu eu só externa protesto,
materializa o que testo,
versos em desagravo...

Não sinto aquilo que digo
e o que digo condiz
com a farsa que espalho...
As rimas me fogem à galope
como tenta fugir
do feitor, o vassalo.

Há tempo que sonho acordada
e não amanheço, só noite escalada...
Espero traçar nos espaços
das folhas em branco
a poesia que trago.

Carmen Lúcia

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