Escuridão

Foto de Carmen Lúcia

Espera mais um pouco...

Não, estrela, não te vás...
Fica um pouco mais...
Ainda há tempo, a noite se inicia,
a lua de prata ainda nem se pintou.
Não deixes teu brilho se apagar
nesse teu bailado ensaiado
deixando vazios pra quem quiser ocupar
e a cada vez mais, teu brilho intensificar.
Ensina-me a luzir, a sorrir, a bailar
por esses vácuos entre a escuridão e teu cintilar,
brilho que inebria sem cegar,
ou cega a quem não sabe te olhar.

Derrama tua lágrima azul e pura
no branco de minha alma a pulsar,
em meu coração descompassado,
tatua meu corpo em tua explosão estelar,
desconcerta-me com toda tua beleza que seduz,
crava tua luminosidade em minha cruz.
Empresta-me os vazios desse teu caminho
deixados no infinito a se apagar
pra que neles eu possa trilhar
e recolher as faíscas
que tu deixaste ficar...

Agora vás, estrela,
não deixes o dia te roubar...
Tragas de novo teu brilho
quando a noite acordar.

(Carmen Lúcia)

Foto de betimartins

Caminhos de dor.

Caminhos de dor.

Quis tirar do teu rosto um sorriso
Um simples sorriso, arisco e feliz
Mas o tempo da incompreensão
Rasgou minha garganta e silenciou.
Entre tristezas e conflitos trazidos
No umbral da minha existência, aqui
Quis aceitar o que a vida impõe
Mas as lutas da existência são fatais.
Na lei do conhecimento justo
A colheita é feroz e dolorida
Eu sei quanto dói meu coração
Vendo tanta destruição e desamor...
Quando tudo podia ser tão simples
Na lei do amor e da compreensão
E trazeis a angustia para mim?
Ai! Pobre de mim que eu sou mortal!
Eu sou da paz, harmonia e amor.
Eu tenho que deixar-vos seguir sozinhas
Nas malhas da destruição e egoísmo
Aplaudir, certamente não, vai rir!
Chorar, sim tu, vai chorar, certamente
Ficar humilhada, vencida na escuridão.
Eu vou te libertar e entregar a Deus
Lamentando claro! A tua forma de caminhar
Mas que é tua só tua!Jamais é não minha forma.
Eu caminho no amor e na compreensão
Jamais quero voltar a ver mais destruição
Desunião e guerra do egoísmo. Chega!
Onde sois presunçosos, frios e calculistas
Minha vida é simples, cheia de positivismo
Eu sou feliz com aquilo que plantei. Aqui!
Apenas amor e apenas simplicidade, paciência
Onde Deus está em todas as coisas. Simples!
Caminha, mas eu vou ficar aqui. Observando!
Chorando no silencio e repleta. Apenas!
De tristeza de não teres aprendido
Mas ciente que é teu caminho
Poderias ter outro caminho
Mas escolheste o mais difícil
Aquele que vais amadurecer
Chorar e aprender!
E eu vou te respeitar...
Hoje e agora!
Chega.

Foto de thatagg

Quem Sou Eu?

Quem Sou Eu?

Eu sou a águia ao anoitecer.
Eu sou o canto do pássaroferido;
Eu sou a dor do coração;
Eu sou o pedido de perdão;
Eu sou a aurora,sou a mão que consola;
Sou o amigo em meio a solidão;
Sou até mesmo a luz em tamanha escuridão;
Eu sou tudo mas ao mesmo tempo sou nada;
Sou quem precisa de ti até no meio da madrugada;
sou quem ti magoas mas sou a tua amada...

Foto de Carmen Lúcia

Cara e coroa

Sou a mais viva cor do arrebol,
também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
também um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura, acervo de poesias,
também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
também a chuva fina que umedece.
Sou luz, sou chama, sou clarão...
Também sou trevas, sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
cara e coroa...
Quem aposta?

_Carmen Lúcia_
12/07/2006

Foto de airamasor

Um anjo em mim....

Se os teus olhos não fossem tão belos
e a noite não se tornasse tão clara,
andaria confusa, sem sentido algum
pelas ruas desertas dos sem rumo.

Noutra altura, que não esta, pássaros voavam
graciosamente sobre o teu céu de pétalas
e os Zéfiros, incansáveis, belas melodias tocavam
nas clareiras esquecidas por entre as frestas,
de onde sorrateiramente fugiste.

Todo o império do Paraíso ruiu na escuridão,
pois de lá te esgueiraste para o meu coração
e desde então, toda a poética de viver Só
deixou de existir, porque a companhia de um Anjo
em mim se fez sentir…

(Aira, 02 de fevereiro de 2011)

Foto de betimartins

Diário da minha vida – Parte um

Diário da minha vida – Parte um

Minha vida é um faz de conta encantado, onde eu fui menina bem pequenina entre lembranças, birras, choros e gargalhadas.
Correndo entre os passeios do jardim da minha amada casa, lembro do balouço branco abanando com o vento, aquela menina sentada na cadeira de ferro, com o livro sobre a mesa, sentindo-se a dona do mundo.
Lembro do dia em que fiz a minha comunhão na candura do meu vestido minha alma estava confusa sobre o medo entre o gélido frio que sentia por medo de errar em algo.
Não entendi ali o magnífico momento e comunhão com Deus, coisas de criança distraída e teimosa.
Ainda lembro-me da casa, toda em pedra, pintada entre os desenhos da pedra em branco, as escadas onde eu alegre colocava as velas acesas para a procissão passar. Quanta vaidade eu sentia ali, naquele mágico momento, onde ninguém podia tocar só Deus e eu.
Lembro do jardim que mais tarde ajudava a cuidar, lembro das roseiras, do podar, regar, da exausta forma de tirar as ervas daninhas a sua volta. Eram as rosas mais belas em seu tom vermelho aveludado, nos presenteando com seu cheiro maravilhoso.
E as Primaveras, como eram belas as Primaveras, as flores desabrochavam e abriam deixando tudo repleto de pura beleza, os passarinhos vinham alegres fazer seus ninhos nas aves dos frutos, a tartaruga despertava do seu sono profundo e passeava entre canteiros e seu pequeno lago. .
Lembro-me de correr abraçando meu tio, mostrando as borboletas que por ali passavam, era tão belo, eram tão variadas, o céu azul, a brisa que por ali passava nos refrescando a alma, no silencio do mágico momento.
E as historia de vida e contos do cotidiano que meu amado avô contava debaixo da varanda, onde escutava feliz por estar ali, mas sempre em minha alegria e curiosidade eu pedia mais uma historia a que falava das bruxas na encruzilhada.
Sorrindo e com aquele rosto meigo e paciente, voltava a contar e contar e nunca me cansávamos de escutá-lo.
Um dia as nuvens vieram sobre a minha casa, com aquela escuridão levando aqueles que eu mais amava e tive que crescer e deixar de sonhar acordada.
Entre trovões e tempestades, entre lagrimas e desatinos, escolhas eu cresci velozmente com o relógio do tempo sem nunca parar.
Quis duvidar do meu Deus, gritei com ele sem medo, impôs respostas e no meio da minha revolta por vezes devo ter o ofendido com arrependimentos constantes.
O Deus do meu coração perdoou, mostrou-me o amor, abençoou e eu caminhei de pazes feitas com ele, feliz.
Hoje voltei a minha casa antiga, a casa de onde eu fui menina, onde corri entre brincadeiras e gargalhadas e vi que nada restou dela a não ser o lugar mágico que ainda eu senti ali naquele momento.
Nem jardim, nem o balouço, nem as pedras são iguais, a água sumiu, presa a um poço escondido, parece um palácio, mas não é o meu palácio onde eu fui feliz na infância.
Caíram as lagrimas de saudade, lembrando-me das historias que por lá passaram, lembrando-e de um casal que teve sonhos e os realizou no amor e na partilha da vida.
Esta é uma pequena parte do meu diário de vida.

Foto de Shyko Ventura

" ESTADO DE QUEM SE ABSTEM DE FALAR "

"Queria te dizer
tudo o que queria dizer,
Mas o que não quer
é mais forte,
Já ensaiei um começo
que se tornou mais um fim
própriamente terminado,
Mas como terminado
se não iniciou,
Se tudo que há no sentir
está preso em mim,
e o que há de mim,
é o que você é!
E como posso seguir?
Como poder sentir?
De que maneira falar-lhe?
As palavras vem e vão assim como
os cometas que cortam os céus
rasgando a escuridão com seu brilho
que intensifica a sua passagem,
por todos os olhos que o viram,
por todos os desejos que anseiaram,
por todos dos todos que se
totalizaram num ato de fazer,
na coragem de ser!
Incompreendido em sí
por uma erupção de desejos
e anseios por dizer,
De todas as forças que trago
em mim, e que emanam pelos
póros em revelar esse sentimento
que arde mais quando te vejo,
E que novamente não falo,
Pelos teus olhos que mais
parecem duas gotas de um oceano
verde profundo em sí,
E que mais mistériosos ficam
quando aprofunda-se neles,
Cada vez mais difícil de não mergulha-los,
entregando-se em minha totalidade,
afogando-me dessas palavras que
abstem-se em proferir,
Por que não quer assumir?
Por que não convem admitir?
Ou prefere fugir?
Ou simplesmente,
Emudecí.

________________by Shyko250111.

Foto de Shyko Ventura

7º Concurso Literário- As faces do amor - " ESTADO DE QUEM SE ABSTEM DE FALAR "

...
"Queria te dizer
tudo o que queria dizer,
Mas o que não quer
é mais forte,
Já ensaiei um começo
que se tornou mais um fim
própriamente terminado,
Mas como terminado
se não iniciou,
Se tudo que há no sentir
está preso em mim,
e o que há de mim,
é o que você é!
E como posso seguir?
Como poder sentir?
De que maneira falar-lhe?
As palavras vem e vão assim como
os cometas que cortam os céus
rasgando a escuridão com seu brilho
que intensifica a sua passagem,
por todos os olhos que o viram,
por todos os desejos que anseiaram,
por todos dos todos que se
totalizaram num ato de fazer,
na coragem de ser!
Incompreendido em sí
por uma erupção de desejos
e anseios por dizer,
De todas as forças que trago
em mim, e que emanam pelos
póros em revelar esse sentimento
que arde mais quando te vejo,
E que novamente não falo,
Pelos teus olhos que mais
parecem duas gotas de um oceano
verde profundo em sí,
E que mais mistériosos ficam
quando aprofunda-se neles,
Cada vez mais difícil de não mergulha-los,
entregando-se em minha totalidade,
afogando-me dessas palavras que
abstem-se em proferir,
Por que não quer assumir?
Por que não convem admitir?
Ou prefere fugir?
Ou simplesmente,
Emudecí.

________________by Shyko250111.
(www.shykoventura.zip.net)

Foto de betimartins

Os delicados perfumes do amor...

Os delicados perfumes do amor...

Caminhando nos trilhos da vida, entre enganos e desenganos, busquei saberes, sentimentos e o tão falado amor. Li e reli paginas que pareciam não ter fim e nem inicio, quis entender, mas a mente parecia que não entendia, insisti e voltei a procurar o sentido da vida.

Desenhei sonhos em belas nuvens no céu, deitada na relva fresca, ainda bem menina, no balouço eu podia voar sem medo de cair, queria ser pássaro, ser o infinito e ser a lua discreta onde nos presenteia com seu manto de belas estrelas, no cântico do silencio da noite abençoada.

Cresci, quis aprender rapidamente as lições da vida, tudo que ela nos oferecia, jamais pensando na dor e na indiferença de cada um que cruzei. Ai de mim que tanto sofri, mas como aqui tem café no bule eu soube como dar à volta a vida e a vida colocou armaduras e eu caminhei...

Às vezes caminhava como aquela pequena criança que aprendia quais os passos a dar no caminho tão agreste, mas eu aprendia rapidamente. Chegou o momento que quis conhecer o Criador, afinal era por ele que estava aqui, mas o Criador foi ainda mais professor que a vida...

Duvidei das suas obras aqui neste lugar lindo, duvidei do seu amor, da sua real existência e da sua sabedoria infinita. O Pai Celeste sabe como colocar as sementes de amor em cada coração humano, o maior problema é que muitos deixam sua alma permanecer na maior escuridão e ignorância.

Claro que eu já fui mais que ignorante, claro que tive que conhecer o outro lado para entender este lado que pode escolher como meta de vida e de amor. Hoje ainda aprendo por vezes sem a dor, mas algumas vezes a dor tem que ser imposta por minha teimosia de querer as coisas a minha forma de entendimento.

A outra face da moeda da vida é dolorida, escutando as vozes dos desesperados, o vazio da eternidade mergulhada na mais profunda escuridão. Ainda sinto o cheiro nauseabundo, os cheiro dos vícios, o terror da solidão e as vozes que suplicam arrependimento e ajuda.

A outra parte que reluz amor, é como acenda lha para meu coração, deixando-o feliz, e mergulhado nos mais delicados perfumes do amor.

Perfumes que aprendi, a saber, diferenciar, os perfumes de almas infinitas perdidas no amor celestial, os falados anjos de luz. O perfume do amor de almas famintas de saudade, o perfume do amor de família, que é tão denso, tão profundo e por vezes incompreendido.

È no perfume divino que minha alma repousa, no colo do meu Pai celeste, que acalmo meu coração, deixando-o a conversar uma bela conversa calma sobre a palavra amor e o que ela representa a todos nós.

A minha alma chora em suaves prantos, chora de tristeza, de saudade do Pai que acalma meu coração sofrido, mas sabendo que aqui tenho que continuar a minha parte do acordo e no meio do choro ela ainda acredita nos perfumes do amor.

Acredita que em cada pensamento posso ser esperança, posso aqui escrever sobre a paz que deveria existir em cada um de nós dentro do nosso coração. Eu acredito em ti meu irmão porque eu sei que és capaz e muito capaz de aprender e exalar o perfume do amor.

E te deixo no meu mais profundo sentir, o que minha alma pode deixar aqui fluir como desabrochar da rosa divina branca nestes belos repleta de paz, reluzindo na senda divina, os mais belos raios de luz e amor.

Paz profunda.

Betimartins

Foto de betimartins

Loucura de amor

Loucura de amor

Caminhei por vales e montanhas
Viajei através dos mares e rios
Nas nuvens me deixei levar
Para no vento eu repousar...

A chuva cai fortemente na minha mente
Rasgando a minha sanidade em pedaços
As pedras frias de granito dilaceram o coração
Os meus olhos cegam ao te ver e não te tocar...

Minha alma esta presa no umbral da ignorância
Entre raios de luz e a eterna escuridão do não saber
Eu nada sei nada posso escrever aqui a não ser
Que sou escrava da minha poesia e do meu amor...

Na loucura de te amar, sem medo e sem luxuria
Eu só penso em ti, penso sem saber se isto é real
Este amor que roubou a minha alma e a minha luz
Se fazendo brilhar a volta do teu Ser e somente a ti...

Uns dizem que é loucura, insanidade da vida, amarras
Eu quero ser louca, a eterna louca que vive um amor
Que roubou a liberdade e os meus pensamentos
Hoje eu sou escrava, que docemente aprende o amor...

E na loucura do meu Ser, eu vou te amar até ao final
Dos meus dias na terra, seja na vontade de Deus
Entregar-me a ti, sem de gnomas, vaidades e pura
A tua voz que embarga a alma de sentimentos, despertando...

Leves sentimentos que renovam ferozmente o movimento da terra
Em breves serenatas, à lua e nas estrelas eu dançar
A dança que fecunda o ventre materno, belas ondas de amor
Entre as nossas metades, como se fossemos os dois um poema...

O poema da loucura, nua e crua e tendo como luz o farol
Que ilumina as nossas vidas unidas pelo destino, destemido
Unidas na loucura do amor desmedido, louco, insano e temido
Temido por muitos aqui na terra e que nunca foi compreendido...

Betimartins

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