Direção

Foto de KEKE

Nostalgia

Há uma forma de explicar os sentimentos?
O por que sentimos e como sentimos
É possível estar bem e no instante seguinte mal.
Como saber se estamos indo na direção correta
Se as decisões estão sendo as melhores
E não estamos perdendo tempo?
Não sei …
Às vezes tudo parece tão incerto e difícil;
A vontade de vencer é grande
Mas o medo de fracassar também.
Em que momento a vida ficou assim ?
Ou será que fui eu fiquei ?
O que parece é que todos estão indo
Todos estão acontecendo
E só eu fiquei
Só eu parei …
É… eu sei não é assim
Mas o sentimento é esse
Mesmo não sendo real
Eu consigo senti-lo
E tenho medo que me domine .
Ah como eu queria poder fazer
Tudo que eu sinto vontade
Como gostaria de ser tão forte como anseio
Disposta como precisaria ser.
A verdade que muito quero
Mas pouco faço
E isso me aterroriza
Meus dias passam rápido
Eu fazendo ou não
Eles irão passar
E eu sei que amanhã lamentarei
Por não ter começado antes
Por não ter acordado mais cedo
Se não fizer agora
Se não começar hoje
Nada terei amanhã.
Será que tenho força pra tanto ?
Será que irei conseguir?
São muitas perguntas
Que existem dentro de mim.
Nem é tanto assim o que preciso
O que espero pra ser mais feliz
Mas mesmo esse pouco
No momento parece muito longe
Muito distante de conseguir.
Estar assim não vai ajudar em nada
Eu sei
Mas não é como se pudesse impedir
Não é como se pudesse parar de sentir
Para ser o contrário precisaria mentir.
Não , não está tudo bem
Pelo menos não hoje.
Nada diferente aconteceu
O que era ontem ainda é hoje
Mas hoje não sinto bem
Não estou contente
Não consigo ser confiante
Pelo menos não nesse instante.

Foto de Rosamares da Maia

SÓ MULHERES

Só Mulheres

Transitam por vezes em anônimos rostos,
Seus espíritos em dimensões transitórias.
São estrelas de rotas improváveis, invisíveis,
Deixam seus rastros, perfumes e venenos,
Misturados, todos na mesma taça,
Sensualidade e beleza em situação fugitiva,
Vidas intransitivas e de magias eternas.
Mulheres, anônimas feiticeiras do cotidiano,
Somos mães, irmãs, tias, avós... amantes.
Profissionais, vidas singulares, nada fácil,
Todas de fascínio comuns e contraditórios.

Mulheres que hoje tomam o traço nas mãos,
Erguem a cabeça e veem além do horizonte.
Escrevam, reinventem a luta e a trajetória,
Contem a história que vocês quiserem contar.
Na taça, misturem os perfumes e os venenos.
Desenhem com firmeza os próximos passos.
Como rosas dos ventos, determinem a direção,
Estabeleçam rumos, o caminho não está perdido.
Demarquem com traços cartesianos o espaço.
Somos as feiticeiras do cotidiano, nós existimos
Multiplicamos, nós pensamos, ... realizamos

Rosamares da Maia

Foto de José Herménio Valério Gomes

ALENTEJO QUE ME VALES INSPIRAÇÃO

Alentejo,que me encantas
Vestido com humildade
Por casas tão brancas
Desde o monte à cidade

Com teus campos dourados
Que os meus olhos admiram
E nunca ficam cansados
Mesmo se as lágrimas desfilam

Alentejo de que tenho orgulho
Ser estilha das tuas raizes
E vivo distante este agulho
Na ilha dos humildes

Lugar de todas as saudades
Resguardo dos teus artistas
Que nasceram em dia da verdade
Para que tu existas

Meu Alentejo só tu me tens
Este único céu no meu caminho
És meu dia sem nuvens
Que eu detenho com carinho

Tenho como aspiração
Voltar a ver soprar o vento
Entre planícies na tua direção
Nos teus dias de calor intenso

Pelas manhãs de orvalho
Passear entre os campos
Caminhos e atalhos
Searas teus mantos

Alentejo que me vales inspiração
Pelo homem até Deus...
Na hora de retomar a emigração
No mais doloroso adeus....,

zehervago

Foto de Arnault L. D.

Das muitas vidas

Pelas infindas possibilidades
de cada história preterida,
de cada plano inconcebido
no decorrer das idades
a nos erudir a vida.
nas quais volto sem ter vivido.

Da curva que troca de estrada
e perde-se noutra e avança,
nos roubando a direção,
que após vê-se desperdiçada.
Perdida em toda esperança
de retornar aquela mão.

Resto como um erro de curso,
um deslocado de onde estou.
Algo de mim caiu no caminho.
E não há nenhum recurso
que torne ao que se acabou.
Em canto distante definho.

Como seria se ficado
qual lágrima, riso e prazer?
Nunca saberei... nunca saberei.
Que teria sido, acontecido
se naquela vida eu fora viver
De onde foste e eu não fiquei.

Foto de Arnault L. D.

Livre tradução

Escreva algo, sem sentido qualquer.
Talvez, para alguém ver um sentido,
as palavras transbordam mister,
parece que não as tinha escrevido...

Apenas deixe fluir, sem conter,
sem começar ser ponderado.
Provavelmente ninguém vai entender...
esse idioma transloucado.

Sou aprendiz de aprender a mim,
meu porta-voz do que me escapa,
as vezes, troco talvez, por não e sim...
sei da direção, não tenho mapa.

Quem não falou menos que devia,
ou num turbilhão de verbos se perdeu
sem conseguir dizer o que sentia,
ou tudo errado transcreveu?

Não há caminha certo, nem seguro,
quando se trata do pensamento.
Não há palavra exata à emoção pura
apenas a saiba... apenas sentimento.

Foto de Francisca Lucas

Livre arbítrio

Meu livre arbítrio é um circulo,
tenho que lembrar
que pra cada direção que eu seguir,
existe limites, pois do outro lado esta o meu próximo.

Foto de Jardim

algo se quebrou no universo

algo se quebrou no universo e sombras emergem da carcaça do mundo com a incessante enunciação de um espaço vazio. eterna e triste é a noite, esse território onde me vejo apátrida, refugiado, imigrante, deslocado. sob o signo do improvável minhas fronteiras são traços arbitrários criados por tua partida, limitados pela imprecisão daquilo que me resta por viver. compulsoriamente recebi de ti outro itinerário, outra viagem, outra existência, que perpassam a simetria da ambiência que foi tua. estranhamente tu permaneces, acima do tempo-espaço, tuas antigas mensagens suturadas ao mutismo da minha boca. como se tivesses abolido os calendários e os relógios, como se o que vivemos não possuísse mais existência concreta, ambos metamorfoseados em seres abstratos. na fuga ininterrupta deste pesado cenário em dissolução, a contínua convulsão enquanto percorro distâncias intermináveis sem outro objetivo definido a não ser a sobrevivência. sem mapas ou direção, sem me comover, acompanho surdamente a paisagem. procura e perda, presença e ausência: estranheza ao lembrar a textura de tua pele, os teus argumentos e os meus enganos. resta esquecer teus contornos, esquecer ferida e cicatriz. esquecer os lugares que compartilhamos. esquecer teu instinto, o espaço que ocupavas, teu toque. esquecer cada vértice de sentido em nossas histórias e me atirar à desordem das procuras e dos encontros possíveis.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
a venda em http://sergioprof.wordpress.com
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Foto de Sonia Delsin

QUEM ÉS?

na intimidade de meus lençóis eu sonhava
ia a lugares inusitados
barcos afundados
encontrava seres naufragados
ia aos confins do mundo
a baías desconhecidas
a remotos mares
ia, ia
e me compadecia
dos seres que encontrava
das situações
questionava quais seriam as razões
que motivos poderiam existir para tanta desolação?
era tudo estranho
e me parecia tão familiar
dentro do sonho eu me perguntava
que é isto? onde fica esse lugar?
foi aí que surgiu alguém
vi uns pés descalços vindo em minha direção
ergui os olhos, firmei a visão
ele transparecia em luz
pensei: é Jesus!

Foto de Arnault L. D.

Amor

O amor... o que dizer?
Pego folhas na ventania.
No máximo, o amor de um só dia
e mesmo assim não vai caber.

Na minha mão, em minha boca.

Procuro um ponto de início
e nada encontro, é extenso,
de lado a lado horizonte, suspenso,
ou o mais profundo precipício.

Estendido além do que vejo.

Se completando em variáveis,
a cada rua, nova esquina,
rotas além do que imagina,
outra direção, tudo outra vez.

Transborda, cala-me o corpo.

Por isso, se fala em magia,
se fala de rimas e flores...
Por ser inominável os amores
e por ser inexata a poesia.

Foto de carmenpoeta

Buscas

Busquei na transparência da manhã
motivos pra desencadear o riso
ante a melancolia exposta em cada rosto,
a reviravolta de um ideal deposto,
como se fora um grito de agonia,
um pedido de socorro, uma premonição,
um aviso…

Busquei no matiz das cores
flores para enfeitar o dia,
mas o encanto se murchou
junto à flor mais recolhida,
perfume a desimpregnar rancor
diante do desencanto da aflição,
olhares perdidos na mesma direção…

Busquei levar consolação,
porém o desconsolo fez-se solução
e meu alento para mim voltou
feito flecha a penetrar o coração
sangrando a liturgia da doce ilusão…
Ideologia não se muda da noite pro dia,
nem se vende feito peça de leilão.
Eis a questão.

Busquei falar através de versos,
da poesia que canta o perdão
e acalanta os reversos
restaurando a união,
mas o coração machucado
jamais ouve qualquer canção…

Recorro ao tempo…
Nele busco compreensão,
o amor que se desfez ao vento,
a paz que reina na exclusão,
que retornarão numa manhã
banhada de luz e recomeços,
no silêncio da oração.

(Carmen Lúcia)

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