Dança

Foto de pétala rosa

PAIXÃO

PAIXÃO

Deito-me na almofada da ternura
acordo abraçada nas lágrimas que escrevo
na poesia que sinto dentro da alma.

Sou choro abafado, solto e morno
no teu colo, na hora da despedida.

Sou a voz do horizonte que procuro
dia após dia perdida em veus de emoção.

Sou, talvez, aquela que tu amaste entre
pétalas, e uma mistura de paixão e desejo.

Sigo entre veredas de estrelas, mas, à noite
canto a tua canção, e sinto-te na fresta da porta,
e, adormeço tão só na minha ilusão.

No santuário das tuas palavras
sinto que escreves no pó das estrelas
as páginas dum livro que guardarei entre
uma dança inebriante e o teu beijo de amante.

Hoje, continuo sem saber quem sou.
e, de ti, sinto sempre saudade
porque vives loucamente na minha pele...

amália LOPES

Foto de Drica Chaves

Meu Anjo Azul

Tudo pode ser um sonho
Porque sonhar é realidade
Nuvens brancas num céu anil
Cascatas de luz em expansão
Derramam raios em todas as direções
É chegada a hora encantada
Inundada de pássaros radiantes
Anunciando a aurora onírica
Dando boas-vindas ao Anjo Azul!
Asas que batem em liberdade
Ser livre é ser feliz!
Felicidade também se aprende
E viver é construção.
No emaranhar-se nos fios da vida
Encontros e reencontros escritos na linha do destino
De azul revestiu-se o meu mundo
Claro e brilhante
Anjo Azul pousou em mim
Leveza doce, sabor de chocolate
Sacia e numa fantasia
Sou também alada e de mãos dadas
Amamos em profusão
Espalham-se labaredas ao mundo
Em cânticos românticos
Um Anjo Azul no meu compasso
Passos ritmados pisando o céu!
Harmoniosa sinfonia
Embala a dança das asas entrelaçadas
Auréola solar
Consolidada!

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de José Herménio Valério Gomes

SE ESTÀS AUSENTE

NAS NOITES QUE A MINHA IMAGINAÇÂO INVENTA
È NA CAMA ONDE ME DEITO
QUE PROCURO A TUA PRESENÇA
ACARICIANDO-TE DO MEU SÒ JEITO.

DOU POR MIM NA POSIÇÂO DE FETO
FORA DO MEU CORPO ESTOU SOZINHO
QUANDO NA PROCURA DA TUA PRESENÇA ME PERCO
NUMA DANÇA DE DEDOS,NOS MESMOS LENÇOIS DE LINHO.

ACONTECE EU CHORAR NA ESCURIDÂO
MEU AMOR,PEÇO-TE PARA QUE NÂO VEJAS
A TRISTEZA QUE MORA NO MEU CORAÇÂO
DE NEGRO VESTIDO,CONSUMIDO DE INCERTEZAS.

SINTO RECEIO DE NOVO OLHAR O DIA
QUANDO ESTE CHEGA PARA ME DIZER
A REALIDADE CEGA QUE ME ANUNCIA
COMO TE PERDI,SE TE PERCO SEM TE REVÊR

NAS NOITES QUE A MINHA IMAGINAÇÂO INVENTA
INVENTO ESTAR SEMPRE CONTIGO
REALIZO NAS ESTRELAS A TUA PRESENÇA
PORQUE A MINHA VIDA MORRE AMOR,SE NÂO ESTÀS COMIGO.

(ZEHERVAGO)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de carlosmustang

EMBIRRA

cê dá pra brincar vamos continuar...
É triste sim ver o PM cumprindo seu dever...
Morte que não acaba mais...
Ajoelho pra chorar...

Todo sangue inocente, bebida de DEUS...
Na dança da vida, graças á beber
Quem vence, ou luta parada, ou continuá
O choro é o mesmo, pra quem tudo termina

A revolta, a desesperança, a quem vive
Os sonhos tão confusos, a emoção difusa
O caminho marcado pela vida(almejada)

Encanto, desarmonizado pelo desencanto!
A emoção, afectada pela desunião,desapontamento
Mesmo na sujeira, chafurda alegria

Foto de Carmen Vervloet

Soneto de Aniversário

Não me curvo ante as ciladas da idade...
Absorvo a sabedoria com que me presenteia,
Mas uso de minha parceira criatividade
Para suprimir tudo que nela me chateia.

A marcha já não acompanha a mente
Que dança ligeira entre résteas de luz,
Tecendo projetos, mil sonhos frementes,
Que suavizam este entardecer que me conduz.

Existe vida em cada passo que dou...
Os anos passam e as horas se vão,
Mas ficam as marcas dos meus pés no chão.

As perdas vividas o tempo abrandou...
A alegria semeada no meu jardim
Perfuma minh’alma como se fosse jasmim.

Foto de Joaninhavoa

a dança...

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++
+
«o traço segue ligeiro
com brio e até brejeiro
um plissado tricortado
caminho encruzilhado

avista-se lá ao longe
um vermelho de romã
cristais sobre a ponte
ao nascer da manhã

e a coroa resplandece
e a pulseira enfeita
o que o anel enaltece

o beijo do amado
o abraço bem apertado
na dança do sol fadado.»

Joaninha voa,
(Helena Farias)
2013/10/14

Foto de raziasantos

Saudade do Meus Tempo de Menina!

Saudade do meu tempo de menina.
Onde eu corria entre as montanhas...
Subia no alto da colina para enterrar meus segredos, colecionava sonhos na certeza que todos iriam se realizar.
Saudade do meu tempo de menina onde jogava amarelinha
Caminhava sozinha sem medo de o lobo mau me pegar...
Corria entre os cafezais, nadava nua no rio, ouvia os cânticos dos pássaros, sempre a festejar!
Quando o sol ia se pondo ao longe ouvia o berrante tocar.
Anunciando que a noite seria de cantoria e modinha pra dançar.
Saudade da menina, de pés descalço dançando no brilho do luar.
Entre o verde colorido bailava inocente sem medo de a noite chegar.
Ao cheiro do agreste a terra molhada pelo orvalho de mais uma noite de luar.
As estrelas sorridentes aplaudem a menina pequenina que sorrir sem parar.
Dança inocente menina...
Ouça o canto da sábia, corram entre aos campos verdes coloridos!
“Amanhã você vai crescer e tudo ficará para trás”...
Saudade do meu tempo de menina onde os sonhos eu podia embalar.
E a noite não me trazia medo, pois sabia que ao amanhecerem os pássaros iriam me acordar.
E ao cheiro da terra molhada, o vento como caricia espalharia o perfume das flores no ar.
E um novo dia iria recomeçaria sem medo dos vilões que viriam para meu mundo verde destruírem...
Saudade do meu tempo de menina de ouvir novamente o canto da sábia!

Foto de Rosamares da Maia

Verso e Vida

Verso e Vida
Sou ainda verso perdido, introvertido,
Na estrofe de algum poema inacabado.
Frase solta, mesmo que bem construída.
Ainda carente de ação - verbo e vida.

Talvez na métrica nem me encache.
Ninguém verso para poema me ache.
Talvez apenas vá de boca em boca.
Sem chegar à regra das páginas.

Quem sabe possa me dar ao desfrute?
E totalmente viver a leviana liberdade.
Ser apenas cordel, verso do populacho.

Sem os compromissos com o erudito.
Ficará sempre o dito pelo não dito.
Sem cuidado com a pureza da linguagem.
Sem concordância do verbo com a rima,
Restará sempre o efeito da imagem.

Pensando bem, não quero ser poema!
Celebre e rimado, dilema empoeirado.
Preso na anátema da estante solitária.
Não! Somente quero ser uma quadrinha.
Cantada e repetida nas cirandas de roda.

“Oi eu entrei na roda... dança e não sei...”.
Cantada por criança, gente feliz e comum.
Crianças de todas as idades, sonhos simples.
De toda origem, de boca em boca, triviais.
“E roda pião, bambeia pião” - todas vivas.

Rosamares da Maia 1985-2013

Foto de P.H.Rodrigues

Joia rara, cadê você?!

Sinto saudades, de quando olhava nos olhos
e me perdia, perdia a cara, que ficava vermelha.
Sinto falta da curiosidade, do diferente, da diferença,
de quebrar as regras, das simples e cotidianas negligencias.

Sabe, tenho energia para queimar,
mas não vejo uma área para decolar!
É frustante enxergar esse mar de gente desgovernado!

Dinheiro, bens, roupas, compras, pra tudo quanté lado!
Mulher, cadê o brilho teu nos olhos que encanta
o rapaz que lhe estende a mão, e lhe pede uma dança?!

Eu devo estar bugado! Ou o server está defeituoso!
Não sou cachorro, não quero um pedaço de osso!
Mas também não sou tão carnal, não é necessário muita carne...
Apenas... apenas uma boa dose de mistério e charme!

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