Crepúsculo

Foto de Marta Peres

Crepúsculo

Crepúsculo

Rente à noite desce a escuridão
E eu continuo parada frente grande vidraça,
Já nem sei quanto tempo estou na mesma posição,
Braços cruzados ao peito fitando o nada!

Sonho ainda contigo, vem esperança de vê-lo entrar
Pela mesma porta donde saiu, cerro os olhos,
sua imagem oscila ante meus olhos úmidos.
Que fiz meu Deus para merecer cruel castigo?

Imagem vem, vacila e logo vai em ritmo
Espaçado, repetitivo, cruel amargura vivo,
Ouço voz, penso ser a sua, mas no silêncio se esvai,
lágrimas derramam pela face indo molhar o ladrilho.

Só, em meu desespero vagueio perdida nas luzes
Que já estão iluminar a rua, meu céu sem estrelas
Ronda minha casa, minha vida, meu coração.
Tudo é negro ante meus olhos, procuro, não lhe vejo!

Entrego-me à exaustão, vencida pelo sono
Sonho com a esperança do amanhã e espero,
Sei que voltará para mim e eu o perdoarei!
Lhe Amo!E não o quero perder!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Rio no Mar

A luz suave inda bate em suas águas
Deixando cair os raios do crepúsculo,
Minha visão se turva tamanho encantamento
Rio, meu rio, majestoso, belo...

Mais um dia está indo embora
E a noite chega em seu lugar,
Já é quase penumbra
Meu coração no rio inda está a chorar.

Meu coração inda sente doer as feridas
Dos açoites tendo o rio por testemunha
E as águas correm céleres para o mar,
Vou amar perdidamente...

De braço com o mar segue o rio
Em sua majestade
E eu na praia...areia branca...
Sobre o mar a amar, meu rio!
Marta Peres

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

Foto de THOMASOBNETO

Retrato Rasgado

RETRATO RASGADO

Caído em meus pensamentos.
Estava só, reclinado nas memórias.
Quando o vento depositou aos meus pés...
Metade de uma fotografia rasgada!

Parecia parte de um recado,
Ali deixado, sem pedir permissão!
O pequeno papel rasgado...
Estava como o meu coração!

Todo retalhado, em saudade e dor.
Lembranças de um passado,
Que hoje vive na esperança...
De reconquistar teu amor!

Convida o dia para um passeio,
Abana as folhas das palmeiras...
Enquanto vou chorando pela vida,
A brisa leve, livre e sorrateira!

Ciúmes cego e traiçoeiro!
Ignorância banal fechou-me as portas...
De conquistar tua amizade, teu sorriso!
E hoje me condeno por esta amargura!

Deixa eu te olhar por entre as sombras,
Oculto atrás do tronco das palmeiras!
Pois sou como uma folha desgarrada...
Perdida no léu, ao sabor do vento!

Olhando o retorno das aves ao ninho.
No crepúsculo que se precipita no céu...
Vou me iludindo como um insano!
Agarrado ao pequeno pedaço de papel!

THOMAZ BARONE NETO

Foto de catia botelho

Amote Eternamente

Eu amo-te...
E te amarei durante toda minha eternidade...
Amo-te pelos teus gestos,
Amo-te pelo teu sorriso,
Amo-te pela tua pele,
Amo-te pelo que tu és!
Sim, eu amo-te em tudo...
No ar que respiramos,
Num simples cântico dos pássaros,
No alvorecer, no crepúsculo,
Na morte...
Eu amo-te no sol que explode sua luz para iluminar a Terra.
Amo-te nas chuvas que caem... Na vida... No fim...
E Nem mesmo o céu ou o inferno podem tirar esse sentimento de mim.
Sim, eu amo-te mt,
Amo-te nas minhas horas de tristezas,
pois a tua lembrança só me traz alegrias...
Amo-te na alegria,
Pois amor e alegria é a própria felicidade
E sou feliz enquanto te amo...
Sim, mesmo que em minha vida não exista trevas,
Eu amo-te.
Mesmo que o amor se torne algo extinto,
Eu amo-te.
Mesmo que a luz do mundo se acabe,
Eu amo-te.
E somente a vontade de Deus
Seria capaz de me tirar todo esse amor
Que alimenta minha própria existência...
Tu moras dentro de mim...

Foto de laurinda malta

Lareira Da Noite

Lareira da noite

Noite de luar no quarto,
Crepúsculo a lusco-fusco,
Faúlhas faíscam em dardo,
O amor desliza em musgo.

Centelhas quentes de lareira,
Gotas de suor incandescentes,
Sombras de corpos na madeira,
Corpos nus carentes da fogueira…

Êxtase tremelicado a crepitar,
Movimentos unidos num só;
Gemidos afogam-se num mar;
Pélago onde o prazer arriou o nó.

Noite de luar e de fogo sumarento;
Sussurros ateados em pleno amor,
Loucos, vadios, devassos, sem pudor;
São orgias em tempo de muito calor.

Gritos soltados, alivio em rédea solta,
Gritos molhados em liquido de ardor,
Espasmos dourados quentes de polpa,
Enlevos húmidos numa cama de amor.

Foto de Zedio Alvarez

Setembro chegou

Nasci numa manhã de Setembro
O sol me deu um bom dia
E fui conhecer o mundo de Deus
Hoje tudo que é vida, eu contemplo

No meio de dálias, lírios
Crisâtemos, jasmim, ainda me lembro
A rosa era a mais bela
Anunciando a chegada da primavera

Que me faz lembrar de histórias
Quando conheci você,
Perdida no jardim das ilusões
Guardo isso na minha memória

O crepúsculo daquela manhã
Amanheceu mais cedo
Pressentindo o nascimento de um poeta
Que deixou de ser segredo

Setembro é o mês de fortes emoções
É o tempo de sempre se amar
É o aniversário da mais bela, das estações
É o tempo de eu comemorar

Meu primeiro sonho foi em setembro
No jardim do meu quintal a conheci
Atraído pelo teu cheiro, me lembro
Debruçado no teu corpo eu nasci

A estação mais festejada é a Primavera
Ela é irreverente, sorridente...
Quando chega setembro
Ela sempre me espera

Foto de joão jacinto

Fuga

Foste um rio correndo,
pelo vale dos meus sentidos,
tocando e preenchendo
as minhas margens,
arrastando na corrente,
as minhas mágoas,
onde matava a minha sede,
no leito maior da tua essência.
Rodeado pelo horizonte
da tua forma,
sentia a brisa quente,
de quem expira com ternura,
sopro que deslizava na minha pele,
num deleitavel e breve encontro.

Eras o Sol do meio-dia,
brilhando por cima da minha vida.

Não sei porque fugi,
procurando na sombra a protecção,
refugiando-me alucinado,
no crepúsculo da tarde,
esquecido e perdido de ti.
Acabei por morrer,
na noite mais longa de escuridão,
porque nunca mais voltou
a ser dia dentro de mim.

Foto de Jéssynha

Eu te amo!!!!

Eu te amo...
Eu te amarei durante toda minha vida...
Te amo nos seu gestos,
Te amo no seu sorriso,
Te amo na sua voz,
Te amo no que você é!!!
Te amarei em tudo...
No ar que respiramos,
No alvorecer da tarde,
No crepúsculo,
Na morte...
Te amo na chuva que cai,
No sol que queima...
Eu quero te amar.
Te amar nas minhas horas triste,
Pois suas lembranças só me trazem alegrias.
Te amar quando a alegria chegar,
Pois o amor é só alegria
E eu sou feliz enquanto te amo...
Mesmo que o amor se torne extinto,
Faço questão de te amar,
Mesmo que a luz do mundo acabe,
Quero te iluminar com meu amor,
E somente a vontade de Deus
Seria capaz de tirar todo esse amor
Que alimenta minha própia existência...
Você mora dentro de mim...
Te amo...

Foto de Emerson Mattos

Crepúsculo

Autor: Emerson
Data: 04/10/05

Passa a vida nos olhos
Na eminência da ânsia
Que a certeza do fim
Desespera a lembrança

Os momentos lembrados
Sendo bons ou ruins
Querem ser relembrados
E vivendo assim
Para afastar o fim

Um minuto a mais
Pouco, não satisfaz
Uma hora, até mais
Não é nada demais

O relance vai buscar
Tudo pra se apegar
Se pudesse ficar
Ia logo barganhar

O momento é chegado
Qual será o meu pecado?
Quero ficar calado
Pois eu serei um finado

Todo o olhar é pra mim
Todo o grito é pra mim
E eu me lembro assim
Que esse é o meu fim

O silêncio assusta
O crepúsculo também
O que será que virá?
Quando vir o amém

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