Crepúsculo

Foto de Carmen Lúcia

Ao entardecer...

O vento entoava sua canção,
às vezes suave,
balançando as folhas do trigal
que encenavam clássico bailado.
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo.
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformando-se num camaleão.

Era o entardecer em rebelião
negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol.

Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata, beleza nua,
das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar
e os pisca-piscas a estrelar...

E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece.
Exerce seu mais inusitado gesto.
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão.
Coreografia única, ato final.
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!

(Carmen Lúcia)

Foto de Paulo Master

Primeiro Beijo

Ao sentir seus lábios tão delicados num ardente primeiro beijo, não me
importavam as pessoas na rua que passavam aparentemente nos ignorando.
O crepúsculo aos poucos se fechava numa densa escuridão com a suave
chegada da noite. Consigo sentir meu coração aos pulos, minha tensão
tornou-se enorme, fazendo com que sentisse pequenos pulsos de prazer.
Ouço uma melodia ao longe que aos poucos vai se aproximando e ficando
tão próximo que me deixa impressão de poder tocá-la. Tal melodia nada
mais é que seu coração batendo incrivelmente acelerado e com crescente
intensidade, a ponto de deixá-la ofegante.

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Amor - Amor aos Filhos

Poemas de Amor – Amor aos Filhos

Das noites de luar perolado,
De romances sustentados pelo amor,
Espargem sementes encantadas
Que desejam ver a luz do sol.

Afeto e carinho cultivados,
Emanados de laudares de esperança,
Dedicação intensa ao delicado
Ser flordelisado de bonança.

Cresce o rebento e o perigo
Da vida rodeada de cuidado.
Grinaldas de ave-marias ao querido,
Cirandas de palavras ao ouvido.

Do jardim de infância à mocidade,
O terror nas horas do crepúsculo,
O anoitecer que não devolve o amado,
Para os pais, aquele ser minúsculo.

Os olhos úmidos no luar de cera,
Emurchecendo a cada nascer do sol,
Lacrimeja rezas de proteção àquele
Que o mundo retirou do seu regaço.

Então, do bando negro de saudades,
Ástreos clarões de luminosos círios
Surgem, com cores dos céus clareados
Pelas grinaldas de preces e de lírios.

No aconchego do lar, o ser supremo,
Entre festões de flores e abraços,
É acolhido na mandala de amores,
Dos pais, na fé, feito rosas violáceas.

Marilene Anacleto

Foto de Arnault L. D.

Tua boca

Tua boca...Ah! Essa tua boca...
É como um fruto prenunciando sabores,
Como uma sombra no dia lhe cobrindo em capuz,
E despertando o real atras da cortina da luz!

Tua boca... Ah! Essa tua boca...
É como a névoa que encobri o aporte,
Que desvia, que leva a deriva do norte,
Que também sinaliza, na estrada da sorte.

Tua boca... Essa tua boca rara...
Pincelada rubra de crepúsculo, clara de verdade,
Tornou-se brilhante, uma taça que transborda,
Flor emergida no pomar da vontade.

(Este poema foi inspirado no poema "Teus olhos", de Carmem Lucia.
um abraço Arnault )

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Paz - 2

Á HORA DO CREPÚSCULO

À hora do crepúsculo
Todos bebem do mesmo céu,
Tudo se acolhe no mesmo véu.

Na paisagem semi-escura
Os verdes são da mesma cor,
Desaparecem folha e flor.

O sol, em semi-fogueira,
Beija tênues silhuetas
De aves e borboletas.

À hora do crepúsculo
Posso chegar a Deus:
Conheço minha pequenez.

Sou terra, voltarei a terra,
Mas, à verdade maior me conduz:
Sou luz, voltarei à Luz.

Num misto de humildade e grandeza
Coração aberto a caminho
Certeza de não estar sozinho.

E, num momento de Paz
Em que corpos se enternecem,
A vida divina transparece.

Marilene Anacleto

Foto de Nailde Barreto

"O SEGREDO"!!!

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De um jeito simples e diferente,
observo você em "chamas"...
porquê não consegue ler minha mente?

Meu mistério te atrai e te conquista,
desperta a imensa fogueira adormecida que te atiça,
enquanto grita o segredo do mundo que habitas...

Agora sei o seu maior segredo,
não tive medo e quis me envolver no seu calor,
alí, deitados entre as flores
e você, "farejando" meu frescor...

Acariciando meu pescoço,
você se contêm e rapidamente respira,
protegendo-me bravamente, contra sua própria ira...

É visível nosso amor,
refletido nos seus olhos que mudam de cor,
e, enquanto durmo, atravessa paredes
para na friagem da noite, ser meu cobertor...

Sou sua amada mortal,
poderás me tocar somente enquanto respiro,
então, deixe-me habitar no seu mundo,
dê-me uma gota do seu veneno, até o último suspiro,
meu doce, amado, vampiro...

Nailde Barreto
30/12/10 (poema inspirado no filme Crepúsculo)

Foto de Nero

CREPÚSCULO

CREPÚSCULO

Na metamorfose do dia para a noite, eu enxergo
a vida de um prisma mais maduro e
duradouro.

É nessa hora que o agora da vida, me
arrasta para a ribalta das ideias, que flúem da
da nascente da mente que nunca “mente”.

O resplandecer da luz na escuridão, me leva
a meditação acerca da minha essência, livre
da ignorância de que sou alvo.

Eu não teria noção do tempo, se não fosse pelo
crepúsculo, é o mensageiro mudo da mudança
do tempo.

Oh, crepúsculo! É em ti, que eu me revejo no
no desejo suspenso, suspenso na trégua entre
as trevas e a luz, desejo de ser um Ser cada vez
mais pensante e actuante.

Foto de Nero

CREPÚSCULO

CREPÚSCULO

Na metamorfose do dia para a noite, eu enxergo
a vida de um prisma mais maduro e
duradouro.

É nessa hora que o agora da vida, me
arrasta para a ribalta das ideias, que flúem da
da nascente da mente que nunca “mente”.

O resplandecer da luz na escuridão, me leva
a meditação acerca da minha essência, livre
da ignorância de que sou alvo.

Eu não teria noção do tempo, se não fosse pelo
crepúsculo... é o mensageiro mudo da mudança
do tempo.

Oh, crepúsculo! É em ti, que eu me revejo no
no desejo suspenso, suspenso na trégua entre
as trevas e a luz, desejo de ser um Ser cada vez
mais pensante e actuante.

Foto de juliana machado

te amo Denis alves coimbra

Eu te amo...
E te amarei durante todo minha vida;
Te amo nos seus gestos,
Te amo no seu sorriso,
Te amo na sua voz,
Te amo no que você é!!!
Te amarei em tudo...
No ar que respiramos,
No alvorecer da tarde,
No crepúsculo,
Na morte...
Te amo na chuva que cai,
No sol que queima...
Eu quero te amar.
Te amar nas minhas horas de tristezas,
Pois sua lembrança só me traz alegrias;
Te amar quando a alegria chegar,
Pois o amor é alegria
E sou feliz enquanto te amo...
Mesmo que o amor se torne extinto,
Faço questão de te amar;
Mesmo que a luz do mundo acabe,
Quero te iluminar com o meu amor;
E somente a vontade de Deus
Seria capaz de tirar todo esse amor
Que alimenta minha própria existência...
Você mora dentro de mim.
Te amo...

Foto de Carmen Vervloet

BARCO SEM VOLTA

No jardim de outono, um triste ipê desfolha
No chão, longa e lenta, se arrasta a tristeza
Uma lágrima cristalina, o meu rosto molha
O adeus inesperado me pegou de surpresa.

O coração, uma igreja vazia e silenciosa
No crepúsculo de um longo casamento
Previu a separação súbita e dolorosa
Da união que se fragmentou no tempo.

Sou herdeira universal da ingratidão
O resumo perfeito do pranto e da solidão
Pego uma carona num barco sem volta
E levo comigo a dor que não me solta.

Carmen Vervloet.

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