Choro

Foto de Arnault L. D.

Leia-me em seus olhos

Quem sabe se o poeta escreve em tinta
e a poesia é mentira em sua rima?
Se a caneta é de uma cor retinta,
ou se o vermelho é de dor, e lagrima...

O choro que é filtrado em versos,
será que na alma é latente,
ou só do imaginário emersos?
Não se sabe... a ressonância mente.

Mas, se os olhos do poeta viram
as letras antes de escritas que veem...
Omitidas, ou que desprenderam,
virarão de quem as ler também.

No olhar de quem as leu e chora,
é sincera a métrica imposta.
A verdade do poema aflora,
nas retinas de quem “vê” e gosta.

É a verdade do leitor que sabe
se o poeta iludiu, ou se entregou.
Se o versar foi “do que não cabe”
em seus corações e transbordou...

Foto de Carmen Vervloet

A DÁDIVA DA MATERNIDADE ( Uma homenagem às Mães da Atualidade)

Uma estranha conspiração
frustrou teus desejos...
O sonho foi engessado.
O capitalismo selvagem
quase te fez perder a hora...
Era preciso estudar, conquistar, amealhar,
estabilizar a vida...
E só depois... Só depois semear
o doce fruto do amor.

Padeceste mãe, o medo da porta fechada,
a pressão da gestação não anunciada,
a insegurança do óvulo não fecundado,
do sonho frustrado...
A madrugada congelou lágrimas de dor.
A esperança amarrada por tênue fio,
quase ruiu...
Só a fé acesa em pavio molhado em óleo divino,
jamais se apagou.
Sofreste mãe, mas hoje sorris feliz!
O sol enternecido aqueceu por nove meses
o desejado fruto
germinado com o mais puro amor!
Engravidado com o fogo do coração...

Hoje, um hálito de criança
acaricia teu rosto,
um choro forte soa como música
aos teus ouvidos
e amamentas a tua cria
que só faz crescer e fortalecer
tua vocação de mãe.

Um botão em flor suspira,
enfeita o lar...
Um Anjo chegou suavemente
e brinca no jardim com o beija-flor...
E tu, mãe, derramas lágrimas de emoção
e agradece a Deus
a dádiva da maternidade!

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Se eu tivesse poder de um anjo

Se eu tivesse poder de um anjo

Queria poder ser um anjo, para os teus conceitos mudar e poder te guiar na luz de Deus e da verdade. Eu não sou anjo sou mortal, racional, mas com defeitos e qualidades que tento com o tempo melhorar aos poucos.
Quero te contar porque queria ser um anjo de luz na tua vida, para poder mudar, caminhar e lutar contigo meu belo irmão que sofres a cada dia mais.
Se fosse um anjo te traria o sol nos dias frios para aquecer a tua alma.
Se fosse anjo, traria a lua grande bem iluminada para poderes sonhar com o amor.
Se fosse anjo traria sementes para a terra, sementes de amor, abundância e fraternidade.
Se fosse um anjo, abraçaria quando a tua alma esta a chorar aflita e sozinha.
Se fosse um anjo, repovoava a terra com a paz única e universal onde o amor era constante nos corações.
Se eu fosse um anjo, levaria em meu vôo, para outros planos onde o paraíso é constante e não mora o sofrimento e a solidão.
Se eu fosse um anjo, jamais te magoaria, jamais deixaria te fazerem mal como ainda fazem a ti, bela criança.
Se eu fosse um verdadeiro anjo, sorria de felicidade por estar no colo de Deus orando e vigiando o meu irmão.
Mas como não sou anjo, sonho, escrevo, choro de tristeza,
vendo o mundo tão destruído, na fé, no amor, na amizade e na verdadeira fraternidade.
Talvez seja anjo um dia, mas na certeza, porém que serei anjo triste derramando as lágrimas amargas e azedas pelo meu irmão…

Betimartins

Foto de KAUE DUARTE

Andarilho Sentimento

Estive só
Como em um quadro, enquadrado
Sem muitas cores alegres
Num velho retrato, farpado
Sem nenhuma glória ou consolo
Sem alguem pra chamar de senhor
Sem muitos motivos pra sorrir
Minha vida, apenas existir
Em um desatino de choro
Compondo uma simples oração
Sou frágio, senssível, pequeno
Preciso de proteção
Que vida sofrida, inferma
No vel da vida quero me encontrar
Pra não ser novamente a ferida
Que aos poucos tenta me matar
Vou nascer dia-a-dia pro mundo
Andarilhando as calçadas imundas
Compartilhar minhas misérias com os sonhos
Procurando nas fronteiras da vida
Encontrar resistencia suficiente
Pra um dia em teus olhos olhar
Quero assim com fagulhas viver
No alvoroço de uma história finita
Encontrar na melodia das letras
Um amor que não se intimida

..... kaue jessé 27.04.2011 //*

Foto de Marilene Anacleto

Entre a Vigília e o Sono

*
*
*
*
Entre a vigília e o sono
Eu te encontro
E vivo e renasço
Quanta ternura nesse espaço
Quanto sol
Quanto céu
E cantares de andorinhas
E cochichos de borboletas
E beijos de beija-flores
Quanta brisa a tocar-me
Quanto aroma a incensar-me
Quanto carinho a afagar-me

É outro mundo
Entre a vigília e o sono
Onde o corpo não pesa
Onde a tarde é festa
Desnecessário comer
Tampouco dormir
E, de todo satisfeita,
Apenas sentir
O encontro com o amado
Fazer o que quiser
Completar nosso viver
Com aquele bem querer.

Tudo, tudo em movimento
Num misto de choro e suor,
Surge a paz que vem de dentro
A mostrar o que é melhor.

Entre a vigília e o sono.

Marilene Anacleto

Foto de Osmar Fernandes

Dor da morte

Tenho saudade de quando podia correr.
Corria no campo e na cidade por aí.
Agora sei que aquilo era o meu viver.
Hoje choro nesta cama sem poder sair.

Não sou tão velho e já pareço um moribundo.
Minha juventude envelheceu precocemente.
Daria tudo para ter de volta o meu mundo.
Isso dói mais que qualquer dor profundamente.

Dói perder um emprego, um amor...
Mas perder o sorriso da vida é a morte.
Essa é a pior dor.

Ficar numa cama esperando o fim é o fim.
É triste perder o dom da sorte...
E não ter mais esperança assim.

Foto de kaew

LUTO

Acordei animado dia de rever a turma
Me arrumei na rapidez da juventude
Pois hoje tenho certeza será o “dia”
Mesmo que o céu desabe e o inferno suba hoje é o dia

Pureza, pureza, pureza!
Impuros malditos, razão da minha tristeza
Salvarei todos antes da contaminação.
Hoje será o dia de sua salvação

Bang, bang, tá tá tá
Suplica, choro e soluço.
Tudo é só sangue, só morte.
E o inferno subiu e vieram em busca dos anjos

Mas esses já não estavam lá
Sua inocência e bondade os levaram
Para Junto de Deus
E deus consolará cada um dos entes seus!

O mundo chora, a humanidade fica perplexa
A alma de cada um sente como se o tiro tivesse sido em si
A vida esta cada vez mais incerta e complexa.

Rogo a Deus pelas vidas perdidas
Me solidarizo as famílias tão sofridas,
Que minhas preces cheguem em seus corações
E com essa singela homenagem
Retenho-me dentro de meus sentimentos
E encerro em um minuto de silêncio.

Foto de betimartins

O Choro Do Triste Anjo...

O Choro Do Triste Anjo...

Beti Martins

No lindo paraíso,
onde reina o amor,
se vê a perfeição
e a total harmonia.
Tudo era tão belo,
intenso em sintonia
mas algo, ali aconteceu
porque se ouvia um choro.
Triste choro, como lamento,
da tristeza que ele sentia
e num grande desespero.
Era apenas um lindo anjo,
com as suas lágrimas caindo,
que chorava, chorava sem parar
e como estava sufocado.
Ele chorava, triste, tão triste
pela destruição do lindo planeta
pelas guerras, pelas loucuras,
e pela falta de respeito dos homens
Estava completamente desesperado,
ele tremia, ele morria de compaixão
e de tristeza por não fazer nada.
Mas quem era ele, ele apenas era anjo amigo
um anjo cheio de esperança do amor
que habitava dentro do seu lindo coração.
Meu anjo de luz e amor, não chores,
lindo anjo de luz, não percas a esperança
pois o meu mundo vai mudar, acredita!

Foto de Melquizedeque

Palavras

Tortos, becos, mortos, vinhos, pássaros, chistes, ópio
Crenças, medos, nascenças, velórios. Está sentenciado!
Talvez sim, talvez não... Eu nasço; tu morres; ele sobrevive
Acreditas? Estava lá... É secreto. Não me atentes!

Sobrancelhas desenhadas, virgens já violadas, essa, aquela, aquilo
Crianças que choram, que perdem os dentes. O tempo demora!
A vida me é imposta. Venhas morte, com a passagem de volta
É crime... Não se importes. És tu um náufrago nessa estória

Cadeias te prendem. Dê-me a mão, estou aqui fora!
Saia de meus pensamentos. Meu frenesi... Por que estais aí?
Eu temo não temer quando você tiver medo de mim
Por favor, fique! Esconda-se rápido, durma...

O que fizestes? Não era pra ser assim. Consegues me ouvir?
Respire, respire! Esse coração bate forte com o medo da vida, o anseio da morte
Pare! Cubra sua nudez. Vista-se com isso, com a honra que lhe dei
Tão lindos seus olhos, nesse seu choro sorridente. Tu já vais...
Não quero mais! Leve essas páginas. Jogue-as aos vendavais

O importante não é ter a importância que tanto lhe importa
É simples. Está aqui, ali, acolá... Não entendes o que digo?
Acreditas? Palavras que exportam. São fábricas, são fadas
Arquitetam sonhos, trocam mente por alma. Apenas palavras...

(Melquizedeque de M. Alemão, 13 de abril de 2011)

Foto de Osmar Fernandes

Menino triste

Não sorria, tinha vergonha de ser feliz.
Vivia compungido em seu mundo sozinho.
Não tinha amigos para brincar.
Era carente de amor e carinho...
Legado de sua raiz...
Nasceu para fazer o choro chorar.

Era um menino triste.
Não gostava de estudar.
Jogar bola, nem pensar!
Vivia preso no seu destino sombrio.
Tinha raiva do mundo,
Arquitetava a morte em seu submundo.

Ele queria ser manchete, entrar para história.
Um dia, já crescido, saiu matando inocentes...
Ele conseguiu... Mas não viveu para ler os jornais.
Premeditou tudo, não era demente.
Sua inveja matou muita vitória.
Seu massacre deixou tristezas e muitos ais.

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