Tortos, becos, mortos, vinhos, pássaros, chistes, ópio
Crenças, medos, nascenças, velórios. Está sentenciado!
Talvez sim, talvez não... Eu nasço; tu morres; ele sobrevive
Acreditas? Estava lá... É secreto. Não me atentes!
Sobrancelhas desenhadas, virgens já violadas, essa, aquela, aquilo
Crianças que choram, que perdem os dentes. O tempo demora!
A vida me é imposta. Venhas morte, com a passagem de volta
É crime... Não se importes. És tu um náufrago nessa estória
Cadeias te prendem. Dê-me a mão, estou aqui fora!
Saia de meus pensamentos. Meu frenesi... Por que estais aí?
Eu temo não temer quando você tiver medo de mim
Por favor, fique! Esconda-se rápido, durma...
O que fizestes? Não era pra ser assim. Consegues me ouvir?
Respire, respire! Esse coração bate forte com o medo da vida, o anseio da morte
Pare! Cubra sua nudez. Vista-se com isso, com a honra que lhe dei
Tão lindos seus olhos, nesse seu choro sorridente. Tu já vais...
Não quero mais! Leve essas páginas. Jogue-as aos vendavais
O importante não é ter a importância que tanto lhe importa
É simples. Está aqui, ali, acolá... Não entendes o que digo?
Acreditas? Palavras que exportam. São fábricas, são fadas
Arquitetam sonhos, trocam mente por alma. Apenas palavras...
(Melquizedeque de M. Alemão, 13 de abril de 2011)
Comentários
Perfeito...
Excelente caro Melquizedeque, palavras que embaralhadas e ou bem associadas nos mostram o mundo, explicitam a vida e transcendem a alma.
Grande abraço.
§corp¥on®
§corp¥on®
Merci!
Agradeço a análise do poema. Percebeu o ritimo frenético no qual as palavras nos fazem ficar. Obrigado pelo apoio!
Amplexos.
Atenciosamente,
Melquizedeque de M. Alemão
Amplexos
Meus agradecimentos a todos os leitores e escritores desse site.