Céu

Foto de Rute Mesquita

A harmonia das cores

Acordo,
e mais um dia monocromático.
Abordo,
um cheiro aromático.

Encontro, cinco cores
e logo surge um pincel na minha mão.
Já percebi, meus amores!
Vou fazer delas uma linda composição.

Então decido sair para o jardim
e começar por pintar aquela relva.
‘Azul’, digo para mim
e ela assim se revela.

Para o céu dito: ‘verde!’,
e o meu grito nele se ergue.
Pinto o sol,
de vermelho
e o cântico de um rouxinol,
obtenho.

Faltam-me duas cores.
O branco, de muitos odores,
na minha casa estanco.
Deixando o amarelo,
para as nuvens de algodão.
E como fica belo,
naquele céu de agrião.

O verde do céu,
completa o vermelho do sol.
E como cedeu,
aquele dia outrora mole.
O azul da relva,
realça a minha linda casa neutra
e faz parceria com o verde do céu.
E como a magia me eleva,
e faz deste mundo tão meu.

Agora sim! Não irei mais dormir,
o meu sonho realizei,
num criar por as cores sentir.

Foto de Amy Cris

Simplesmente gótica

Quando a escuridão cai sobre a cidade
e a neblina envolve os túmulos em um cemitério qualquer,
lá estou eu, a ouvir o silêncio da noite
e fugindo de um mundo difícil de compreender.
Sou o esquecimento do passado,
a certeza do hoje
e a dúvida do amanhã.
Sou a poetisa da realidade,
aquela que guarda suas ilusões
e se deixa levar por uma boa música.
Sou a admiradora da lua,
aquela que sente fascínio pelo céu noturno.
Aquela que você dificilmente verá chorar
pois, não tem medo da vida,
não se sente humana
e quer mesmo é ver o tempo passar.
Sou o que poucos têm coragem de ser
Sou quem você apenas fingirá entender;
aquela a quem você não conseguirá enganar.
Sou aquela que se conforta com frio e chuva
e que sorri quando o sol se vai.
Tenho o negro pintado nos olhos, unhas e roupas
e me sinto bem por assim estar.
Sou simplesmente gótica
e sem com os outros me importar,
sempre serei eu mesma,
não me intimidarei com força alguma
e aconteça o que acontecer,
serei eu o ser da paz noturna.

Foto de Andreia-RJ

Você mudou minha história

Saudações caros amigos, este é o meu primeiro poema publicado aqui no "poemas-de-amor.net". Escrevi para o meu futuro noivo, que amo tanto, espero que gostem.

Você mudou minha história

Em o teu beijo a ponta da língua
Descendo em três saltos, pelo céu tropeçar de leve,
No terceiro, contra os dentes;
Todos o chamam do jeito que querem
Mas em meus braços sempre foi meu amor
Belo dia em que te conheci
Aquele dia perfeito
O céu estava banhado de um azul fulgurante
Se não fostes aquele dia
Talvez jamais tivesse existido
Em certo verão, não houvesse amado um moço tão primordial
Senhoras e senhores membros do júri,
Você meu bem, tem número de acusações
Os serafins te invejam por sua pureza
Os desinformados e simplórios serafins de nobres asas
Vejam este emaranhado de espinhos;
Tirastes de mim com sua ternura lembranças das trevas do passado
Nos vales grotões da memória
Antes meus dias eram recheados de medos
Restos de dia, com seus olores e mosquitos suspensos sobre uma sebe em flor
Ou subitamente penetrados pelo caminhante que passa ao pé da colina no lusco-fusco
De um tarde-noite de verão, um calor de veludos, insetos dourados
Deixados pela intensa dor
Mas joguei essas lembranças para fora
Como se enchesse minhas mãos de areia fina
E a deixasse escoar pelos dedos entreabertos
E você surgiu para aquecer meu coração
E o sol voltou a brilhar
Seu olhar sereno ofuscou os meus
Pude ver seu coração com os olhos da paixão
Sobre nós abateu louco amor, agora vivo num luminoso mundo
Não deixastes perder minha ultima partícula da alma
E juntou a mim os teus tesouros que há dentro de nós
Nossos corações estão afinados
Sou tua, sua eterna paixão
Sou a face nos seus olhos de cristal;
A intensa saudade que nos inflama o peito
Nos leva ao reencontro em um belo jardim
A única privacidade que nos permitiam
Era estar longe dos ouvidos, mas não dos olhos...
Ali naquele barro macio, e flores que nos rodeavam
Estávamos estendidos durante toda manhã;
Num petrificado paroxismo de desejo
Aproveitando cada abençoada dobra do tempo e do espaço para nos tocarmos
Sua mão semi-oculta no barro movia-se lentamente em minha direção,
Seus dedos chegando como sonâmbulos cada vez mais perto;
Depois era seu opalescente joelho que iniciava uma longa e cautelosa viagem,
E nossos lábios salgados se roçavam mais uma vez
Tamanha exacerbação que nem mesmo a água fria e azul
Era capaz de aliviar...
Oh meu querido, para sempre vou te amar!

Escrito por: Andreia Martins (DIREITOS AUTORAIS TOTALMENTE RESERVADOS)

Foto de Rute Mesquita

Tempestade

Tempestade,
porque vens nesta altura
acabar com a minha luz?

Tempestade,
porque levas a minha cura,
nessa ventania que me seduz?

Partirei sobre ti,
com o meu vestido preferido,
e com um guarda-chuva aberto.
Seguirei, os teus sinais assim,
em busca do céu deserto,
por ti prometido.

Caminho descalça,
sobre esta terra que irás inundar.
Peço-te: Realça,
esta relva pela qual irei deambular.
Abre-me um caminho,
dá-me uma orientação.
Só não queimes este pergaminho,
com os raios da tua designação.

Tempestade,
aqui me tens, tu que tanto me procuraste.
Não sei a nem metade,
porque vens,
se foi porque assim juraste,
ou por desejo de me cobrir,
ou pela tua vaidade.
Só sei, que és tu a única que agora vejo,
e não tenciono desistir.

Tempestade,
será que me vais atingir com os teus raios?
Ou me beijar com a tua água?
Majestade,
levarás tu os meus paios?
Ou, vindes deixar mágoa?

O que quer que seja,
irei descobrir,
com a calma de quem colareja,
a minha sombra do meu existir.

Foto de Marilene Anacleto

Depressão. Corre!

Corre! Venha rápido! Viaja
Por longas praias douradas,
Pelas montanhas geladas,
Limites de mundos escondidos
Impossíveis de atravessar.

Foge das coisas preparadas
Prontas as tuas perguntas,
Que te oferecem respostas
As muitas exigências tuas.

E prendem numa tela de arame
De falsos visuais, de valores virtuais
Que já nem podes sentir
E que não suportas mais.

Corre em direção ao horizonte.
Procura a serenidade, a calma.
Afasta-te do ruído cotidiano
E do rumor dos lugares sem alma.

Descobre que em ti há vida
Vida e som, vida e luz
Vida e cor. Tira o véu
Reconhece que representas
Tudo o que há no azul Céu.

Entre o Céu a Terra
És uma ponte, uma antena
Levanta, querido amigo,
Tua alma não é pequena.

Corre! Canta, grita, alegra-te!
Descobre quantas terras
Ainda podes visitar,
Quantas pessoas podes amar.

Descobrirás que não tens limites
Do quanto ainda podes criar.
E que a solidão não existe
Para aquele que sabe se amar.

Quando te afastas do medo
Encontras um espaço livre, bem ali,
Que se expande a partir da alma
Liberdade que ignoramos existir.

Corre! Viaja! Tua alma pede clemência,
Está sufocada. Reclama a tua presença,
Reclama a tua atenção, ao amor, à vida
Aquilo que não é apenas aparência

Levanta, querido amigo
Corre! Deixa-te embriagar...
Pela tênue luz do amanhecer...
Pelo ar fresco das manhãs...

Pela suave música que ecoa
Do fundo, do profundo mar,
Ou quem sabe ... do céu
Dos pássaros... Ou... de ti...

Encontre montanhas douradas,
A aurora das manhãs geladas
Para sair dessa depressão,
Para que possas voltar a amar

Foto de Edigar Da Cruz

UM POEMA

UM POEMA

Um sentimento,.
Uma Afinidade,.
Um amor,.
Um Poema Apenas
Um limite ilimitado
Um apesar de pesares
Um sonho Sonhado,..
Um poema
Uma saudade, Uma Esperança,.
Um poema
Um sonhos pequenos de grandes sonhos apenas,;.
Um poema
Uma ausência apenas
Um amor para chamar de metades de laranjas,.
Um amor
Um acorde final,.
Um poema
Uma estrelinha brilhante do céu
Uma razão de falar de amor,..
Um alguém especial..sim porque não
Um poema
Um abraço lançado de carinhos!..
Um alto de viver,..
Um poema
Um Amor,.
Uma mão,.
Um Aprender,.
Um poema
Um antes do Próximo!!
Uma alma
Uma gêmea
Umas alma que juntam chamada gêmeas!!!
Um poema
Uma obra ! Uma arte
Uma felicidade!..
Um volta por cima...
Uma alta estima
Por Fim um poema
E um AMOR DE PALAVRAS

Autor : D.Cruz

Foto de Anderson Maciel

O DIA MAIS TRISTE

Numa noite fria, acompanhado da lua
vejo estrelas sobre o céu iluminado
cortando as mentes mutuas
com um sistema inesperado

Dor, sofrimento e puro tormento
vão acompanham a triste melodia
que ecoa com tons suaves
de uma mais terrível agonia

Em sussurros de delírio
morre lentamente a alma
em noite onde tudo é sombrio
vou criando meu túmulo. Anderson Poeta

Foto de Melquizedeque

Miragem

Estou no centro: o sou do ser
No fim do céu, meu mau querer
Se bem me quer, me dê o pão
Quando estiver na tua mão
Atire a pedra! Eu quero ver.

Atento em tudo, sem ter intento
No lugar oculto, grotesco, inconstante...
Em grutas insólitas, falaciosos gigantes
Na maestria de ser e viver sem existir.

O que quero me consome,
É um combate desvairado
Entre o pode e o pecado
No cônscio evanescer.

Pede o nada, e tudo achareis
Encontre aquilo que não procuraste
Corra na proa e se arraste na ponte
Até se achegar aonde nunca avistei.

(Melquizedeque de M. Alemão, 02 de agosto de 2011)

Foto de Rute Mesquita

Os segredos do bater do seu coração

‘(…) Encosta-te a mim, põe a tua cabecinha no meu peito e adormece a ouvir o meu coração a bater (…) A bater para que um dia tenhamos a nossa viva e que vivamos juntinhos para sempre! (…) Adormece ao meu peito.’

E lá estava eu com a cabeça pousada a seu peito no seu abraço de tal forma envolvente que me fazia sentir pequenina. Aquele abraço quente e terno que me protege. Aquele mesmo abraço no qual muitas vezes caí. Caí de loucura, caí de desejo ou até mesmo de fraqueza.
Estavas ali, eu sabia disso agora mais que nunca. Pois ouvia o teu coração, que realizava os meus sonhos a cada bater. Sentia o teu respirar num movimento pacífico de sobe e desce, como se no mar boiasse o meu corpo.
Enquanto, eu escutava atentamente e emocionadamente os segredos do seu interior a sua mão macia e grande tocava delicadamente os meus cabelos, quase que fio por fio, como se tocasse uma viola com muita serenidade e paixão.
Num jogo terno, carinhoso e sensual no qual as palavras se ausentam em prol daqueles toques. Os toques das nossas mãos que se aventuravam à exploração pormenorizada de cada detalhe do corpo um do outro. Aquelas mãos que pareciam agora viver por si, pareciam ser independentes.
Fechámos os dois os olhos e apertámo-nos. Não nos queríamos separar, não queríamos ser dois, queríamos ser ‘uno’, uma coisa só.
Então eu começo a imaginar curtos episódios de como será uma vida contigo a meu lado, começando por um simples amanhecer, na verdade será o amanhecer mais perfeito da minha vida, no qual desperto com o ‘bom dia’ daquele sol radiante a transparecer-se pela janela, o qual me pede para abrir os olhos, como se me aguardasse uma surpresa. E era mesmo uma surpresa, o sol queria que eu abrisse aqueles meus olhinhos ainda adormecidos e que a primeira imagem que os mesmos enviassem ao meu cérebro fosse aquele doce olhar daquele ser quente e perfumado que se encontrava a meu lado, iluminado por uma áurea.
Imagina, estar na cozinha, a dedicar-me com muito carinho para te tratar como um rei e tu me surpreenderes com um abraço carinhoso, enquanto mexo aquela receita, que depois dos teus carinhos ficará completa. Ou até mesmo vermos televisão, juntos num sofá confortável, em que eu estaria sentada e te pedia para que te deitasses no meu colo e tu assim o fazias, correspondendo com um olhar profundo e cintilante.
Imagina-nos, os dois deitados na relva do nosso jardim, passando horas e horas a olhar o céu que parece correr diante os nossos olhos, enquanto soltávamos gargalhadas ao darmos nomes às formas das nuvens e acabarmos sobre um céu estrelado, sobre a luz de uma noite de lua cheia e passar uma estrela cadente e pedirmos um desejo: ‘Desejo, que isto possa ser real, que tenhamos a nossa vida e que sejamos muito felizes’. Enquanto, o desejei senti que outra voz se sobrepunha à minha, foi então que eu, ao abrir os olhos e ao me sentir de volta aos balanços do seu peito, percebi que ele tinha imaginado tudo aquilo comigo e desejado exactamente o mesmo que eu e que tal como disse o seu coração bate para que um dia tenhamos a nossa vida e que possamos viver juntinhos para sempre.
E assim adormecemos tranquilos, esperançosos, felizes e sempre sonhadores.

Foto de Edigar Da Cruz

Céu Sem Estrelas

Céu Sem Estrelas

. Percebo um céu diferente sem estrelas,..
A ele um limo sem fim!..Uma decida desenfreada,..de estrela indo embora
Um céu enorme de uma fria noite, sem estrela
Não vejo nada somente uma escuridão sem fim...
Um negro céu escuro sem brilho algum..
Ate a lua esta mais, triste sem estrelas do céu!..
Esta tudo mais triste! Mais saliente a dor,..
A falta de brilho de um calor que fazia parte da noite! Era a estrela ,maior e cadente de amor e carinho,..
Dessa estrelinha que deferia eu ter tomando conta,..e foi embora feito um lindo cometa...
Foi triste magoada pelas faltas que o insano cometeu..com essa estrela do céu...
Foram todas outras mais juntas deixando um céu interno sem brilho algum..
Cadê a luz do céu! Cadê aquela estrelinha linda
Que era um céu lindo que se foi!
Falta algo! Por Falta de ser um fracasso...
Que a estrelinha linda se foi..deixando um céu nu e negro sem luz ..

Autor: Ed Cruz

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