Carne

Foto de Dulce Mendes

Sonhos Lúcidos

Teus olhos me queimam
O fogo é cor de amêndoas
Gostaria de fugir, mas me perseguem
Com língua acariciante, é veludo líquido a escorrer pelo meu corpo.
Músculos de aço, pele cor de mel.

Deus da beleza que se materializou em carne, osso e prazer!
Sinto-me morrer lentamente na calmaria que se segue ao êxtase.
Viajo pela eternidade do seu sorriso, que é pura luz.
Desço á Terra, de volta a mornidade dos meus dias.
Deve ser amor esse desvario!

Foto de laurinda malta

Salada Russa

Salada russa

Ingredientes vários,
Sabor aberto na alma,
Palato igual a salários,
Não é doce nem tem sal.

Refeição salteada,
Paladar de bom odor
Colheres de garfadas,
E hálito de bom humor.

Nesta noite de jantar,
Reino de gastronomia,
Vão os cristais a brindar,
Amar amor com sabedoria.

Gustativo e deleitoso petisco,
Mescla combinada de recheios,
Família em união de turismo,
Ambiente engole bons meneios.

Olhos buscam um bom prato,
A boca procura os aperitivos,
O nariz já ingere arroz de pato,
O estômago pede bons digestivos.

Prato de peixe é amor na grelha,
Prato de carne é desejo cozinhado,
A sobremesa é união de groselha,
Lar elite de fragrância requintado.

Foto de alessandrapp

Fale-me de amor...

Fale-me de amor querido...
A tarde que expira inspira poesia
No palco comum da vida sinuosa
Onde impera a fantasia
Existe agora a realidade
Surgiste de repente...
Transformou-se a calma
Em agitaçao febril
Desejos de gloria e de conquista.
Fale-me de amor querido...
A reticencia do tempo
Mais nos une...
E entre o tudo e o nada
O espirito e a carne
Movimentos estranhos e confusos,
Fale-me de amor
É tudo o que peço
Ao ritmo louco dos desejos
Fale-me de amor
E eu serei feliz

Foto de TrabisDeMentia

A faceta humana

Num universo não palpável tu és uma infinidade de coisa ínfimas
Tão ínfimas que nela só cabem coisas leves, puras e belas
De uma infinidade que ocupa o espaço de luas, planetas e estrelas
Mas é no universo palpável que eu me perco nesse infinito
E é neste mundo finito que eu observo e que existo
Neste mundo onde o pensamento é dúbil e a carne débil
Que eu entupo os meus sentidos com sensações que desconheço
Que eu deturpo a tua existência com a mais fértil façeta humana,
A imaginação. A que alcança os outros em pensamento, mas nos engana.

Foto de TrabisDeMentia

O amor vai nu

Eu vou conseguir! Eu quero! Qual quero? Eu posso! Qual posso? Eu serei! Não!!!!Eu sou feliz!
Sim, sou feliz! Olhem, vejam,toquem-me, sou eu, eu aqui! Ah, sinto-me bem! Pois me sinto!Sinto o cheiro! Sinto a vida! Vivo! Hoje sei o que é o amor! O verdadeiro amor! Não esse amor que subjuga a carne! Não, nada! Não quero falar desse amor invejoso, egoista, que tráz dor! Essa dor presunçosa! Essa dor tão pouco orgulhosa, que não olha á volta para ver que há dores maiores! Não este amor é livre! Tem um nome! Amizade! Hoje eu sei! Sei não, tenho consiência, que é possivel amar um amigo! Basta retirar a paixão! Ai está! Eis a razão ! Basta tirar o desejo! Que nos incute a ilusão! É bom, bom demais.Vem, salta comigo! Vamos deixar de entrar mudos e sair calados! Vamos entrar sorrindo e sair cumprimentando! É assim que
queremos! Tenham fé, assim seremos! Olhem-me!Não me desejem, desejem o mesmo! Quero-vos ao meu lado, á
mesma mesa, comendo do mesmo prato! Quero ve-los, todos vós, sem exepção, de barriga cheia! Sim ,quero ver todo o mundo sorrindo, se descobrindo, sentir o amor verdadeiro, esse amor que cheira, não esse amor traquino! Quero que vejam com os vossos olhos que o amor vai nu e não vestido! Vejam, está a vossa frente, não esperem que uma criança vos lembre!

Foto de DENISE SEVERGNINI

Amor é combustível

Amor é combustível
Corpo é comburente
A paixão chama crescente
Que se acende
Quando pressente
A chegada de ti
Eu te abraço
Envolvendo-te em amassos
Tu me derrubas ao chão
E os dois corpos entram em combustão
Um beijo mais profundo
Transporta-nos a outro mundo
De paixão e sedução
A razão é esquecida
A carne aquecida
Vai queimando enlouquecida
Transpirando atração
Como dois ímãs de mesmo pólo
A ti eu me colo
E quando mais grudo, mais quero grudar
Até o desejo saciar
É um vai e vem desenfreado
Nem o atrito é questionado
Por que quanto mais fricção
Mais prazer
Uma torrente de humores
Fazem-nos delirar em todas as cores
Num arco-íris surreal
E o ato carnal torna-se quase animal
Mas recheado de amor
Quando aos píncaros chegamos
De paixão nos extenuamos
Saciados, descansamos
Um abraço, um carinho
Um beijinho bem terno
O descanso merecido
Pois mais tarde desperto
Eu te sentindo por perto
Vou relembrar da emoção
E recomeçar a nossa combustão

Foto de Márcia Aparecida Lopes

O amor não é privilégio dos homens

O amor não nasceu do homem ou da mulher, mas o homem e a mulher nasceram pelo amor.
Para mim o amor é um sentimento que traz beleza , elevação de corpo e alma que faz as pessoas viverem de forma mais feliz. No entanto, algumas não percebem que o amor não é egoísta e nem tampouco ciumento, o amor é completo por si sem necessitar de nenhum complemento. O amor continua a existir após termos deixado de existir. Além daqui, o amor segue, embora, por vezes solitário, o seu rumo pelo infinito universo e sabe-se lá onde vai parar e se vai parar.
O amor não escolhe, sexo, raça, cor ou idade, ele não tem preconceitos, é um ser a parte e é perfeito.
O amor que eu conheço é de alma, de espírito, não de corpo nem de carne.
Eu tive a felicidade de conhecer o amor dos meus pais, dos meus irmãos, dos meus amigos e dos artistas. Sou feliz até nos piores momentos, se é que eu tive algum momento ruim.
As vezes o seu corpo não está bem, pois somos todos vulneráveis, mas a alma tem que estar bem sempre
Sou pecadora de diversos pecados, mas ouço as pessoas falarem de coisas que não sei o que significam, como por exemplo: ódio, vingança, mágoa, inveja, orgulho, ira. Acho que não conseguiria explicá-las.
Não me sinto orgulhosa, mas sinto minha alma leve e tranqüila por eu ter feito a minha parte, pois cabe a cada um de nós tentar mudar o que está errado e fazer de tudo para manter o que está certo e não existe “o que é certo prá mim pode não ser certo prá você”. O que é certo é certo de maneira universal e o que é errado também. Não é uma questão de opinião é uma questão de verdade.
O amor não perece pois a alma é eterna, o que perece é a paixão, aquele que deixa de amar, nunca amou...
O amor acalma e paixão enlouquece,, a paixão passa, mas o amor, este não se esquece..

Foto de Rodrigo obelar

Cadê Você

Estou mesmo perdido -
Nem mesmo guiado pelas velas
Entre bússola e mapas...
Não consigo meu tesouro
Dentro de mim, não olho por trás
das minhas retinas do destino.

Tesouro de minhas andanças,
Enterradas entre areia e saudade.
Quero-te antes do ultimo suspiro,
Depois da ultima lágrima,
Junto com primeiro sorriso.
Quero-te e não abro mão de ti.

Nem mesmo o sol escaldante da memória,
Me fazem perder-te de minha visão
-És mais que alucinação...

Vejo te, mais não consigo tocar-te,
Sinto te mais não consigo abraçar-te.
“Como dói a dor de dentro”
sarcasco pensamento destrutivo.
-chora-te coração solitário.

E pisando sobre meus dias,
Doendo como carne ferida,
Sem conhecer do tempo a hora
De desistir,
espero impaciente uma
Resposta de ninguém
Sobre meu alguém, ate a ultima hora
De um dia que ainda não amanheceu.
“Cadê você”

Foto de Ricardo felipe

Ilhéu

O negrusco acastanhado dos teus faróis naufragam-me o mundo na praia branca e fina de tua pele.
Alvorecer no rubor de tua face é contemplar deitado no desejo e chama do refúgio de teus lábios.
Agasalhar-me na macieza de tua carne
é sentir na palma das mãos as mudas de plumagem alva ,como quem sente as flores de pessegueiro molhadas por uma chuva fina à tarde quente.
Orvalhadas por ti ,sol.
A aragem de teu ofegar, o relento da noite, me acalenta.
Me sangram as pérolas de tua boca,
me cravam como raízes.
Tu videira me sorve.
Me envelhece em ti meu carvalho,
apura-me com o aroma de tuas florestas de ébano, com o vestígio do mel delas, o leite de teus montes, o pão de tua cintura e o calor a cada gole das grutas de nascente morna e nevoada.
Chama-me com o tremular de teu dorso desfolhado.
Chama-me com o escorrer das nascentes por teus vales intactos.
Eu como uma brisa gélida soprando ao leito, hei de criar em ti outono e ti eriçar a relva das margens.
Paraíso inexplorado.
Vem, me toma Ártemis .
Me ensina a matar-te animal lascivo, coisa arisca.
Me faz querer tua carne. Eu sou só fome em ti.
Ti faz riacho, me mata a cede.
Estremece em meu mergulho e me deixa,
em queda, percorrer-te em vinco.
Teu olhar é mar cálido, escuro destas partes do oceano.
Vulcão. Floresta úmida quente, tropical.
Solo profundo: branco, roxo, vermelho, dor. Fértil.
É doce na aragem do porto de teus faróis ao alvorecer.
E salgado são os deltas de teus vales no fluir das termas .
A concha do oceano ti traz Afrodite em tua alvura.
Toque de carne de ostra, sabor de mar,
cor de papoula, brisa de oceano em revolta.
Anseio por ti cercar, abater-te, ti esquartejar com os olhos.
Ti devorar as partes. O celeiro de tuas pernas, a cana de teus lábios,o leite de teus montes.
Conheço os todos. Habito-os, alimento me deles.
Os faço vermelhos e em brasa os devoro.
Labareda que me arde em ti.
Me comprime em teu vale, me torna ecoar em tuas montanhas.
Meu brado em ti é suplica.
Meu gemido em ti, ilha minha, deleite.
Como resistir à tuas frutas?
Como fugir da terra tua, mana, leite e mel?
Fome é de trôpego em tuas montanhas, é de arrastar-se em tua relva.
Perscrutar-te o delta em teu oceano, canto a canto.
E morrer em teu canto é ficar exausto em ti.
Saciar a cede de ti é ti fazer morada,
descansar nas castanheiras de teus cabelos.
Viver é ti mapear todo o solo, a alvura de todas as praias, as águas mornas do oceano à margem de teu bosque ebâneo.
Ti possuir é desejar matar-se sempre em ti.

Foto de TrabisDeMentia

8 meses e 11 dias depois

Conseguem imaginar a sensação de não se saber se um ente querido está vivo ou não? Quando tudo indica a sua morte mas, por falta do corpo não o podemos velar? Quanto tempo terá que passar até termos a certeza? Algum dia a teremos?
Pois é assim com o meu amor. Um amor que parece ter morrido sem o meu consentimento. Um amor, que se teve um fim, eu não vi. Só ela me pode dar a certeza que eu necessito, para ao menos deixar de escrever.
O meu amor iniciou a sua vida sexual. Não, não foi comigo! Agora deixou de ser uma sereia, uma meia mulher que não se encaixa em mim. Agora é em pleno uma menina sem vergonha de ser mulher. É um diabo que ganhou asas. É qualquer coisa parecida com um anjo endiabrado. Sei lá.... É o que quis ser. Hoje ela conhece de perto o prazer. De tão perto que deixou de o ver. Hoje ela sente na pele o desejo que lhe vai na alma. Sente a carne, sente o calor, sente o corpo fundir com a mente. Sente o tempo num compasso diferente. Sente que sente! Hoje ela pode falar de sexo á vontade, sem ter que imaginar ou recordar o que ouviu ou leu. Hoje ela diz: “DE SEXO PERCEBO EU!”. Hoje?! Como quem diz! Hoje ela te um parceiro! Um parceiro de cama! Um parceiro que a ama! Um parceiro que a ajuda na descoberta do corpo! Na aventura do louco! Um aventureiro de quem ela não quer abdicar, não pode, é seu parceiro. O corpo quer e a cabeça ajuda! Aprender, aprender! É a corrida para o conhecimento! Cá estou eu, não vás cair! Não te esqueças que DE AMOR PERCEBO EU! Mas não era para ti que eu falava. Era de ti, mas não para ti. Ela já tem atenção que chegue. Eu não lhe posso dar mais do o que ela me pede. Digo eu. Sim, digo da boca para fora. Eu já não lhe apeteço mais. Digo eu. Sim.... digo da boca para fora. Eu a amo. Esta engulo

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