Carne

Foto de Senhora Morrison

A você

A você...

A noite fria
Suas mãos quentes
Percorrem minha geometria
Sentes minha pele
Delira
Num ato inconseqüente
De puro fogo
Cruzamos a linha dos limites
E em terra desconhecida
Caminho em suas palavras
Chama meu nome
Faz-me tremer
Em linguagem de corpos
Estou entregue
Totalmente
Embalados pela fria noite
Tendo a lua como única testemunha
Em uma atração inevitável
Procuramos-nos
Tendo a sede como guia
Iremos nos saciar
De carne,
De um desejo incontrolável,
Que não nos deixa esperar
O momento é este
E como animais
Em puro instinto
Devoramos-nos
Em fúria
Com força
Segura meus quadris
Fazendo-me sentir-te
Inteiro,
Sussurra palavras obscenas ao meu ouvido
Isso é assim que quero
Neste momento não sou uma dama
E não me tratas como tal
Havia me estudado?
Como sabes tanto do que gosto?
Demonstra-me sua virilidade
Consuma-me a bel prazer
Quero a satisfação
Deixe-me olhar-te agora
Seu rosto com expressão tão excitante
De pura imponência
Assim... Peça-me o que quiseres.
Não resisto e você já descobriu
Observa-me dançar em você
Escuta meus gemidos
Preencher o vazio desta noite
Acaricia-me em contemplação
Sabes conduzir com excelência
Irá me viciar,
Dizes o que quero ouvir
Toca-me onde quero ser tocada
Beijo-te camuflando os gemidos
Misturados em medo, dor, excitação.
Suga de meu seio
O desejo de me fazer pairar
E ainda mais úmida
Sinto-te... Ah! Como te sinto.
De corpos colados
Um tremor eloqüente toma-nos
Rege-me numa perfeita sinfonia
Convencendo-me a querer-te ainda mais...

17/07/2006
Senhora Morrison

Foto de Tekinha Santana

MINHA FILHA ADORADA

E s uma dádiva da bela natureza
D e mim saíste, sem me tirar nada
N asceste da minha carne, teu ser é meu sangue.
A vida é isso aí, pura realidade

T oda a nossa casa vibrava
E nquanto você dormia
R iam os seus irmãos
E u reclamava o silêncio
Z elando pelo teu sono
A ssim eu te acolhia.

Foto de Marco Magalhães

Sobre ti, acordar.

Por Deus Dioniso possuída,
Ofertas teu corpo endiabrado,
E o meu de vontade destituída,
Sobre o teu caí deslumbrado.

Contorces voluptuosamente,
E eu gramaticalmente,
Soletro profundamente,
Esse teu outeiro ardente.

Desmancho-me em loucuras,
Nessa vastidão de prazer,
Submeto a carne às torturas,
E junto sinto-me enlouquecer.

Do duelo amoroso extenuado,
Na doce pele quero adormecer,
Esqueço-me em ti apaixonado,
Para te recordar ao alvorecer.

Foto de TrabisDeMentia

Esperança infeliz

Desatam-se laços pois a carne é fraca.
Mas tantas voltas dá a vida
Que um dia tropeça, se embrulha e dá nó.
Enquanto um se levanta, o outro se deita.
E quando há um que se esconde, há outro que espreita.
Mas no fundo eles são um só.
Não adianta o negar.
Ambos se escondem do sol pois não o podem impedir de brilhar.
É á noite que eles se encontram
Longe dos problemas que teimam em existir.
E namoram a lua como quem beija a almofada.
São a esperança e a infelicidade
Filhos da saudade e do nada.
E enquanto os grilos cantam
Os pais assobiam a melodia.
E num silêncio infinito,
Que penetra os pequenos e que os invade,
Fecham os olhos e adormecem.

Foto de jeffsom

Poema das Almas

Vagamos pelo mundo a fora, seguindo destinos que só o vento conheçe.
Correndo por vias tão largas quanto a arquiadura de uma agulha.
Vivos ou mortos, seguindo ou apenas persistindo.
Partimos de um ponto certo; para um destino incerto.
Caminho que ainda sigo, mas que tu não conheçes e se quer ousou desafiar.
O odio é tão amigo de nosso amor quanto é tão longa a distancia ente unha e carne.
Mentiras ou verdades, as sendas que seguimos podem ser diferentes ou não.
Sabe-se lá quem terá esta verdade ou mentira!
Sigo e perseguindo um, ou algo; nada ou tudo.
Só o tempo é mestre, mas nem mesmo esse mestre pode dizer o que lhe é reservado!

Foto de Zedio Alvarez

Sarau dos Poetas

Chamaram-me para uma festa
Onde só tinha figuras ilustres
Fui a todos, apresentado
Fiquei feliz por ter sido convidado

Castro Alves me chamou para ir ao cais
Bradou!: “Navios Negreiros” ainda existe e vai chegar
Monteiro Lobato me fez um convite:
Vá ao "Sítio" me visitar

Vi José de Alencar
Com sua linda “Índia Poty”
Ele pediu a Carlos Gomes
Para entoar “O Guarany”

Machado de Assis, falou: Alvarez!
Vamos jogar uma partida de xadrez
Cecília Meireles perguntou:
Porque escreves tanto sobre amor?

Julio Ribeiro se explicou
Da realidade da “Carne”
Vinicius de Moraes, me interpelou
Itapoan ainda tem tarde?

Gonçalves Dias trouxe um vídeo
Mostrando uma floresta com palmeiras.
Ouvindo os cantos dos sabiás
Há! que saudades dos tempos de lá

Encontrei-me com Cora Coralina
Ela sempre sorridente
Ficou muito emocianada quando confidenciei
Que era filho de Petrolina

Olavo Bilac, dando autógrafos, recitou:
“Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício”

Quando terminou o sarau
Todos vieram me cumprimentar
Falaram que já iam voltar para o além
Convidaram-me para ir também

Subitamente acordei,,,
Conectei “Poemas de Amor”
Na página principal tinha uma mensagem
Dos nossos mestres Junior e Fernanda , que dizia:
“Continue entre nós falando da arte do amor”

Foto de Mitchell Pinheiro

Ficar

Beijo? Que beijo?
Mera troca de saliva
Sentimento? Onde, cadê?!
Aliás, qual seu nome mesmo?
Maria, Manuela, Marcela... quem se importa, deixa pra lá
Vamos fazer aquilo
Aquilo que a carne quer
Amanhã não lembraremos um do outro mesmo
Que trágica situação
Entrega-se o corpo
Esquece-se o coração
Mas o que verdadeiramente importa onde está?
Sentimento onde foi se refugiar?
No meio desta coisa animal,
Onde posso te encontrar?
Mas no dia seguinte o sentimento se mostra
Em forma de decepção e revolta
São os frutos de um relacionamento frio
Sustentado por um coração vazio
Ficar?
Terminar antes de começar
O que fica?
Sem amor, nada além da dor
A dor e nada mais
O coração fica sujo
A vida fica pra trás.

Foto de ederator

Drapacídio mórbido temporário

Constante deturpação, arreda o engôdo, traça em arco uma ponte;
na tortura pela ausência, na ausência nauseabunda, triunfante caminha;
Pequena infante, suicida, irrigada, tolerante, progressiva;
Construo castelos de ossos, em um paraiso de abelhas famintas;
Tirânia solene, da insanidade colegial;
Preponderância maxima de outrem;
Ès imagem nevasca mórbida, morde o canto superior dos lábios;
Sangra com sede, e com volupia aperta as mãos;
Em sinal puro gestual de oração difama a própria glória;
Grita insistentemente, derruba paredes sólidas;
Prende cordas, conecta fios de cobre;
Sangue suga, apregoam pedaços de carne viva no alto de sua ignobel presença;
Renuncia a vigilância, vai como se estivesse vindo;
Abre os braços, com as mãos grossas de sangue e argila;
Notavél criança mau amada; sustenta vicios ludicos em busca do real deturpador;
Carrasco infame observa ao longe, seu reflexo condicionado, imovel, mudo.
Transmutação original metamorfose,
Mudam-se estações, transmições de pensamentos interrompidas;
Telepatia, comunicação precária, sem sinal, narra alucinações perdidas;
Interrupção, luz apagada;
Drapacídio Mórbido Temporário;
Interrupção radical do racional

Foto de jgdearaujo

Uns olhos

De onde vem, ou de onde trazes o perfume que transborda,
Alimenta o corpo, a alma? O que te faz fada?
O que tens de nobre, de seu, que quisera meu,
Insensivelmente pensando em monopolizar o paraíso?

Pouco sei, nem sei se quero. Sabê-lo poderia quebrar o encanto,
Conhecê-lo seria mantê-la viva, mais carne que espírito,
Quando o espírito é o que vale, o que emerge.
Teu espírito. Puro, impuro. Importam, pouco, convenções...

O espírito, outrossim, manifesta-se pelo tato,
O coração, mera bomba, insensível órgão torpe
É a sede do impensável. O coração transforma
Materializa o sonho. Sentisse as batidas do meu
Compreenderia todo o teor daquilo
Que me sonegam as palavras.

Quero-te o espírito, não nego,
È pelo corpo que anseio...
Desejo-te como mulher, como anjo,
Ninfa, bendita, maldita...
Em toda a profusão de possibilidades que possuis
E que, inconscientemente comigo divides,
Pois és também eu, como sou tu
E como? Não sei explicá-lo.

Desejo-te e contento-me,
Ou me desespero, sou múltiplo.
Pouco sei de mim, nada de ti
E ainda me importas mais...
Deusa? Não, felizmente...
Graças a Deus, aos deuses, todos eles.
Sei-te mulher, e tal me mantém vivo,

Assim te tenho, quando quero, como agora
E pra ti rezo, quando venero, como agora:
Ser confuso que clareia a vida e dá
O toque de mistério que faz tudo valer a pena.

Foto de InSaNnA

Loucuras

Tenho fome de tua carne
de deitar sobre teu corpo,
Me arrepia a pele...esse teu cheiro..
Acende meu desejo!

Junte a tua boca a minha..
banha-las em nossas salivas
Me sinto ..pronta pra voce
Meu prazer..ja caminha...

Vou deitar meu corpo nu..sobre o teu.
Quero te enloqucer.de prazer!
Sentir voce dentro de mim..pulsando
e em loucuras carnais..me perder!.

Sinto entao voce em mim!Sinto a tua alma..
Estou em extase..a caminho do ceu!
Perdi os sentidos,perdi a minha calma

Murmuro no teu ouvido._.Quero mais!
Meu prazer por voce e infinito
Estar longe de voce..e estar longe da paz

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