Alma

Foto de Carol Carolina

MEUS CACOS...

Meus Cacos...

Olhando as ondas dançarem
Dentro de uma vi a tristeza
Pensei ser só uma miragem
Mas era eu com certeza...

Mirei-me quieta e sem vida
Num rosto morto e apagado
A alma antes florida
O mar havia tragado...

Meu coração esmagado
Não tinha mais a doçura
Duro sem cor e salgado
Dentro de uma armadura...

Atirei-me então ao mar
Para pegar o que era meu
Queria meus cacos colar
Mas ele não devolveu...

Carol Carolina

Foto de Ana Rita Viegas

Amanhã, um outro dia

Amanhã, um outro dia
Amanhã a minha dor vai passar
Afogo esta dor tão profunda
no silêncio, no interior mais longinquo da minha alma
Choro sem fim
Doí
Não havisto o fim da minha dor
A tua omição feriu-me
As lágrimas permanecem em meu olhar
Entalo meu grito
Sustenho o meu grito
A dor ferve tanto que até me queima
Queima os sentimentos que tenho por ti.

Foto de Diario de uma bruxa

É todo seu este meu coração

Hoje olhei para o céu
Vi as estrelas e lembrei-me de você
De todas as noites que passamos juntos
Dos momentos gostosos
Que principalmente quando durmo
Vem à tona em minha mente

A saudade bateu tão forte
Senti vontade de te procurar
Reviver os momentos
Reacender os sentimentos que ainda há
Em nosso coração

Expor todo o meu amor
Dizer tudo que me sufocou durante todo este tempo
Fazer do meu corpo o teu reino
Acendendo a chama de dentro
Fazendo explodir de paixão

As estrelas falam por mim
Elas são o espelho de minha alma
Que clama sua atenção
Não preciso de mais nada
Se ao meu lado você estiver
Volte meu amor
É todo seu este meu coração.

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Vervloet

SERMÃO PARA UM HOMEM IMPERFEITO

Caminhas em busca de venturas,
Mais vezes caça do que caçador
Se não focas no amor a tua procura
Pilha-te o primeiro sentimento predador.

O espírito, onda em movimento
No mar revolto das promessas da tentação
Desliza solto a mercê do vento...
Em cada queda um degrau de evolução.

Cabe a ti escolher e traçar o teu destino
O livre arbítrio é todo e somente teu
A vida não é um cassino clandestino
Mas o maior tesouro que Deus te deu.

Envolve-te de luz como de um manto
E faça-te arauto de bons intentos
Lave os caminhos com os teus prantos
A alma é sábia e compreenderá o lamento

Se Deus mostra sua face na flor selvagem
E dissipa as nuvens num sopro de vento
E te deu livre arbítrio nesta viagem
Por que não fazer bom uso de cada momento?

A vida é a seara que cultivas com amor
Enxergue o mundo num grão de areia
Construa tua obra com carinho e bom humor
E deixe a felicidade penetrar por tuas veias.

Deus te deu sabedoria, potencial e inteligência...
E ouvindo o coração, acionando a consciência
Crie uma praia com seu pequenino grão de areia
E então em paz, deleite-se com a lua cheia!

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

Espelho

Engana-se o fotógrafo e a fotografia
Com sorriso aberto finge que sorria

O espelho, triste constatação
Rugas não esconde, não.

Aquela que é fotogênica
Que foi tão bem retratada
Parece que fez arte cênica
Usa até ficar desbotada.

Mas o espelho não tem mente
Nem fotografa na memória
Registra só o que reflete
Num instante daquela hora.

Minutos seguem, horas avançam,
Dias rápidos sem descanso.

Sobrepõem cabelos e faces
Já não se pode usar disfarces.

Mas os olhos, ah os olhos
Guardam da alma a singeleza
Do tempo que não passou nas horas.
Neles permanece a alegria e a leveza.

Qualquer olhar de setenta,
Cinquenta, oitenta ou cem,
Guarda na esperança da gente
A certeza de ter vivido bem.

Marilene Anacleto
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 20/04/07
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 13/11/03

Foto de Carmen Lúcia

Madrugada

Madrugada fria...
O ar me congela...
Nada me aquece...
Cobertas me guarnecem,
acaloram o meu corpo,
mas de minh’alma se esquecem...

Madrugada vazia...
Os minutos não passam,
as horas se resfriam
e preguiçosamente
empurram os ponteiros
de um relógio cansado,
querendo parar.

Minha solidão aumenta
nessa madrugada fria,
que não quer terminar...
Os cantos do quarto
parecem me olhar...
Desejam me abrigar,
mas, permanecem calados.
Seres inanimados.Coitados!(?)

O guarda apita, lá fora,
rondando e afrontando o passar das horas.
Sente o frio na pele que o impele
a rondar e a vigiar. E o frio na alma?
É o pior que há!
Talvez não o sinta...
Mas, ele está lá.
Me faz ponderar
que não estou só...

Também os anjos da guarda,
apesar da fria madrugada
fazem-me companhia...
Quem sabe me façam poesia!
E a manhã nasça ensolarada,
clara, iluminando, iluminada...
Fruto da angelical fantasia
de uma madrugada fria e vazia.

Agora minh’alma não mais se arrefece...
Ao crer no amanhã, se aquece e adormece.

(Carmen Lúcia)

Foto de Sandro Nadine

Alma em Fluxo

Em algum lugar,
Repousam teus sonhos, teus anseios...
Menina de encantos e desejos,
Tu és a mulher que ainda não encontro...

Em teu corpo me assanho,
Me debruço sobre a flor que eu mesmo planto...
És a imagem do amor,
Que em versos, componho...

Sei que podes estar longe,
Mas de meu coração, nada fica distante...
Espero que um dia, tua voz me chame,
Calma e seguramente constante...

Não importa teu nome,
O que veste, o que come...
Basta que em mim encontres,
O alimento que mata a tua fome...

És minha vida, meu horizonte,
Meu destino, minha larga fonte...
És minha alma em fluxo,
Meu tudo que me some...

(Sandro Nadine)

Foto de Sandro Nadine

Deserto de Areia

Me vejo num deserto,
Onde o homem é a própria Areia...
Que com o tempo se espalha ,
Povoando o silêncio que me rodeia...

O que antes era vivo,
Agora passa a ser Inanimado...
Apenas o calor do vento,
E a frieza do orvalho...

O que deveria ser coração, vira pedra,
O que poderia ser luz, vira treva,
O que deveria ser sentimento, vira sela...

A solidão vira tormento,
A sede se transforma, em desejo incontestável...
À noite, impiedoso relento,
Traz para a alma, fome interminável...

E em meio a essa paisagem, o vazio,
Que em mim tranforma-se em lágrima...
É a prórpia Terra imersa no cio,
Sem Brilho e sem Mágica...

(Sandro Nadine)

Foto de Carmen Lúcia

Chuvas, lágrimas e suores...

Chovi...

lágrimas represadas,
desilusões estagnadas,
suores suados em vão,
histórias marejadas.
Molhei o meu chão...

Soprei...

Mágoas destoadas,
lambi o sal de meu pranto,
sequei desilusões desenfreadas,
lavei suores que ardiam tanto...
Enxuguei histórias que faziam mal.
Preparei a noite,
extirpei o mau.

Amanheci...

Céu azul depois do vendaval,
sol brilhante reacendendo a vida,
paz em tonalidades coloridas...
Nuvem branca deslizante,
dia calmo, maré mansa,
corpo leve, alma branda.

_Carmen Lúcia_

Foto de betimartins

Soltei-me para ti...

Escutei as tuas doces palavras
Senti as tuas caricias, em mim
Brotaste o mais amplo desejo
De seres o meu rei e senhor...

Olhei os teus olhos apaixonados
Escutei o teu coração ansioso
De falar-me sobre o nosso amor
Sobre os teus e meus desejos...

Eu, ali, entregando-me a ti
Soltando-me, para o amor
Como uma bela metamorfose
E desencadeando dela
A mais bela e rara borboleta...

Entreguei-te a minha alma
Deixando o mundo lá fora
Só eu e tu! Entregue aos desejos
Deste amor turbulento, desmedido
Onde a nossa saudade! Nunca acaba...

A noite dança ao sabor da Lua
Nossa cama, lençóis desalinhados
Nossas ânsias, desejos insaciáveis
Apenas a chama do nosso amor
Mentem-se sempre acesa...

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