Me vejo num deserto,
Onde o homem é a própria Areia...
Que com o tempo se espalha ,
Povoando o silêncio que me rodeia...
O que antes era vivo,
Agora passa a ser Inanimado...
Apenas o calor do vento,
E a frieza do orvalho...
O que deveria ser coração, vira pedra,
O que poderia ser luz, vira treva,
O que deveria ser sentimento, vira sela...
A solidão vira tormento,
A sede se transforma, em desejo incontestável...
À noite, impiedoso relento,
Traz para a alma, fome interminável...
E em meio a essa paisagem, o vazio,
Que em mim tranforma-se em lágrima...
É a prórpia Terra imersa no cio,
Sem Brilho e sem Mágica...
(Sandro Nadine)