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MAN, o meu filho imaginário. Ele aparecia vez ou outra em meus pensamentos.
Caso estivesse em algum lugar e visse um pai com seu filho querido, lá vinha ele ...
Apesar de ainda não existir, eu gostava do MAN.
Idealizava-o inteligentíssimo, circunspecto; atento a tudo e sempre que questionado, questionava. (mirando os olhos no firmamento.)
- MAN, vamos jogar o Jogo da Vida?
- Diversão utópica? Não, obrigado.
- Vamos lá. Depois deixo você virar realidade.
- Que venha o Jogo da Vida.
Trouxe o jogo. MAN rolou os dados e começou a andar lentamente as casas.
- “Você é assim, um sonho pra mim, e quando eu não te vejo ...”
- Peraí, MAN. Vai ficar cantando? Anda logo.
- “eu penso em você, desde o amanhacer ...” Parei no "hora de ser pai". O que eu faço aqui?
- Esse ofício é meu.
- Mas já está na hora?
- Porque não? Existe "hora certa" para ser pai?
MAN pegou todos os peões do jogo e pôs eles em cima do tabuleiro.
- O que você está fazendo?
- Estou promovendo uma festa.
- Mas você não pode fazer isso. É contra as regras do Jogo da Vida. Ainda não tenho emprego e não me formei. Os moderadores vão me matar.
- Eu sei. É que a partir de agora estamos jogando o Jogo dos Sonhos.
- E como isso funciona?
- Bem, você pode realizar seus sonhos, extravazar seus sentimentos, colocar em prática tutdo aquilo que permeia seus pensamentos.
- Qual o objetivo então?
- Ser o melhor pai do mundo, por exemplo! Que tal?
Peguei o peão dele e coloquei na "Gestação". MAN era agora meu rebento.
Fui na casa da cegonha e encomendei um filho.
Expliquei aos moderadores as novas regras e embora resignados, resolveram participar.
- Ei, já fazem 7 meses que estou aqui. Como andam as coisas?
- A sua hora ainda não chegou, MAN.
- Reivindico cesária!
- É mesmo? Doutor, um prematuro!
- Calma, calma. Tudo bem ... eu espero.
Na hora certa, disse Deus: Haja luz! E houve luz. E viu Deus que era boa a luz. E Deus chamou a luz de Marco Antônio de Holanda Penaforte Neto.
- Gostei dessa brincadeira.
Comentários
Parabéns, Clemilson!
Seu texto me emocionou!Fala de um amor incomensurável de pai e filho. Imaginário ou real, com certeza, é ou será um paizão de causar inveja...Desses que faltam nesse mundo. Permita-me abraçá-lo pela grande sensibilidade que possui e que me tocou.
Carmen Lúcia
Carmen Lúcia
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Obrigado Carmen,
já sou pai sim! Fico feliz que tenha gostado ... fiz outros 2 textos para o "MAN": uma Ode e uma música.
Vale a pena ver ...
Bom, gostei muito do seu texto "Em nome do amor" ... de onde vem tanta inspiração?
Abraços
Clemilson D. Resende Santana Filho
Clemilson D. Resende Santana Filho
PARA CLEMILSON
GOSTEI DO SEU MAN, MARAVOLHOSO TEXTO...
PARABÉNS!
VEM OUTRO MAN POR AÍ SE PREPARA.
MEU VOTO COM CARINHO.
Para Izaura
Não entendi ... outro M.A.N.? Vem aí outro filho??
:)
Espero que não ... não pretendo ser pai novamente. Ainda não esqueci as madrugadas em claro, as inúmeras fraudinhas trocadas, as horas do banho, etc etc etc ... mesmo após 3 anos, ainda não consigo dormir quando ele vai para minha casa. Fico preocupado se o lençól está no lugar, se ele fez pipi, se ainda respira! heheeheheh Enfim ... não estou reclamando (longe disso), mas prefiro me dedicar de forma integral a ele.
Agradeço muito a visita. (se puder, veja a "Ode ao MAN" e o "Regresso do Pai" ... são meus preferidos.
Abraços
Clemilson D. Resende Santana Filho
Clemilson D. Resende Santana Filho