Sou a página virada,
de uma história que não é a minha,
que completou-se de escada,
a uma outra, que se encaminha.
Sou a página esquecida,
entre outras, tantas, que se leu.
Que iludiu-se ser mais em sua vida;
continuar, e não a que se esqueceu.
Sou uma estrela cadente,
neste céu que me mostrou.
E em chamas, consumindo, ardente.
Fui um astro, enquanto incinerou.
Sei que não vou mais brilhar,
já no passado me enterrei.
Não há luzir, não há lugar,
Como viver desesperança? Não sei...
Os olhos e o firmamento,
exato instante e o seu olhar...
Naquela hora, a você me lançar
eu fui astro, mas, por um momento...
E agora, que eu não sou,
que despede-se a esperança,
sou a lágrima, que o vento secou,
um pontinho em sua lembrança...
Vou esquecer-me neste broquel,
página a sua, minha querida.
Um sonho; uma pedra que do céu,
por você foi estrela, luz da minha vida...