Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Tesouro

Ninguém vai dizer
o que o peito guarda
tal perola oculta
trancada a concha a esconder
sob um mar de agua parda
escura pelo muito que avulta

Onde o tempo nunca passou
e a verdade é a mais bela
onde dia e noite é ausente
ninguém vai dizer do que se calou
e das tintas que escolho à tela
lusco fusco, Sol e Lua simultaneamente

Guardo em mim cerrado
tal ostra a perola, a rocha o ouro
oculto o que é de mais valor
aqui em meu peito trancado
o mais caro, todo o meu tesouro
distante dos olhos, o meu amor

Foto de Arnault L. D.

Espirais

Nas primeiras notas da canção
vou buscar o seu olhar
e ao ser visto irei sorrir
e lhe ofertar a minha mão
para vir comigo e dançar
na esperança que há de vir

E encantado em atenção
a tomarei em meus braços
a conduzi-la até junto a mim
Para abraça-la junto ao coração
que apressado vai marcar compasso
Numa canção que não terá fim

Seu rosto ao meu encostar
e o seu perfume mais me cobrir
com meu lábio seu pescoço roçar
Tão somente nos dois a bailar
no sincronismo dos corpos sentir
um mesmo querer, e a musica a tocar

Seu rosto me pede em suspenso
congelando o tempo em espirais
Sua boca, molhada perto a mim
a quero beijar, e pouco mais penso
e o beijo, e a musica a girar e nada mais
Enquanto as notas não chegam ao fim

Foto de Arnault L. D.

Voltei por te amar

Quando a tempestade me afastou de ti
e meus olhos se encheram de nuvens
Quando os raios e agua desabaram
esperei em silencio por ela partir
A chuva há de esgotar, eu sei que tu vens
juntamente as estrelas que despontam

Esperei e o tempo finalmente abriu
assim como os olhos meus em ver os teus
todos os astros também te buscavam
porque o céu inteiro em ti se viu
refletido no luzir feliz dos olhos
tal amantes que se enfim reencontraram

E agora em seu amor quero me abrigar
e em meu coração se quiser podes morar
olha o céu, é teu, voltou a iluminar
e a aurora agora não tarda a chegar
A chuva se foi pela brisa a soprar...
0lha a céu voltei, voltei, por te amar

Foto de Arnault L. D.

Azul profundo

Depois de muito debater-se ele se entregou
a fria suavidade da água salgada,
aos poucos todo o desespero e fúria acabou,
no seio macio do oceano ele fez morada.

O ar que seus pulmões aos poucos desprendeu
a rodopiar em bolhas, subiam a bailar,
e ele não mais sofregava o ar
seus olhos cheios de um azul profundo anoiteceu

Agora ele não pertence a si, ele é o mar,
e num último de consciência sonhou
que não estava mais ali a se afogar,
que era o amor da sereia e um peixe virou.

Foto de Arnault L. D.

Patê de coração

Vou fazer um patê
com o meu coração
para passar no pão
e depois comer

Vou mastigar bem devagar
para apreciar o gosto
e se verá no meu rosto
o quanto é amargo

Para acompanhar
um grande copo de cachaça
da pior que se acha
que irá bem combinar
e se quiser grelhar
vou untar com graxa
pra melhor temperar

Mas antes preciso arrancar
do peito o coração;
e esmagar com os pés,
socar e chutar pelo chão

E do sangue que vazar
um molho: Areia e vinagre, bater
E no vácuo será o oco que habite.
E mesmo me envenenando comer
e irei dizer: Bom apetite

Foto de Arnault L. D.

Lugar nenhum

Não vai ligar,
não vai chamar,
e nem me procurar.
E eu vou ficar bem quieto
para não incomodar

Não vai ligar,
não vai chamar,
nem vem me procurar
e eu vou ficar aqui
pois sei é meu lugar.

É lá no fim da página,
no tal caderno dois,
a opção de quando não há o que escolher.
Sempre o que resta pra depois,
no lado do corredor,
o que contar com o que sobrar,
na incerteza sei que é não,
melhor que isso
é apenas ilusão

Não vai ligar,
não vai buscar,
não vai me procurar
e eu ficarei aqui
pois sei é meu lugar

Não vai ligar,
Não vai buscar,
e nem mais procurar.
E eu ficarei bem quieto
para não incomodar

Foto de Arnault L. D.

Suspiro

Pouco antes de morrer
dizem que ha uma breve melhora
e até pode ser... até pode ser...
Um tiquinho antes da ultima hora

Não mais conseguia amar
porque meu coração partiu
sumiu afogado em chorar
e dele nunca mais se viu

Mas inda restara vida
pois ele voltou novamente
numa emoção esquecida
que veio inundando a mente

E eu morto para o amor
me vi cheio de ternura
e o dia amanhecer em flor
era o amor que veio em cura

Mas foi apenas momento
um lapso antes do perder
um ultimo suspiro aqui dentro
de meu coração a morrer

Foto de Arnault L. D.

Lancinante ( Canto para a Lua )

Ouça o uivo distante
de um amor que foi tão lindo.,
um amor que não tem ninguém.
E este amor já foi meu.
Mas o entreguei a alguém
que não o quis: O abandonou.
E agora, vadio, vaga ferido.

Desesperado ao céu canta.
Já não mais ele é meu,
nem dela, que não o quis.
Perdido, uiva para a lua
como um cão sem dono
e foi um amor tão bonito...
Mas agora é trapos, nem um lobo,
sozinho a errar... ouça o grito
a chamar a dona que não vem...

Ouça o som dilacerado
que se esvai num gemido ecoando à escuridão,
é o som de quem chora de amor...
Um ganido desesperançado.
Ele não é mais meu, porque o dei
e para quem o dei, o descartou.
E agora é o relento, à rua abandonado,
no escuro, sozinho, a uivar chorou.

Foto de Arnault L. D.

Entre o sonho e a memória

O amor pode estar
entre os dias, entre os anos,
em lugares em que não há lugar
desconectado dos planos
ancorado em pleno ar.
Um navio a deriva pelos oceanos

O amor quando presente
faz da ilusão certeza
e ao lado o amado ausente
faz estar na imagem presa
pelos olhos do amor que se sente
ver com os olhos da alma beleza

O amor pode estar entre as frestas da lembrança
entre as tramas do tecido da historia
faz real a estampa que os fios trança
sem importar se é mentira a vitória
O amor pode estar onde não mais se alcança
em um lugar entre o sonho e a memória

Foto de Arnault L. D.

À primeira estrela

Quando ela abriu os olhos no telhado
foi como se flutua-se pelo céu
entre as estrelas, todas ao seu lado
e aos dedos o luar entrelaçado qual de prata anel

Entre as plêiades ela nem se sabe
como se fosse parte da imensidão
entre os piscares que na íris cabe
soma todo o universo em seu coração

Talvez nela, por ela, a aurora
nos luares a piscar vem conversar
nos soprar que em seus ouvidos mora
faz segredos, confissões para guardar

Ela ali bem no alto sob a Lua
onde ninguém sabe ou pode vê-la
acima do chão seus pés flutua
e faz descer ao dia uma estrela

Que da madrugada irrompe a aurora
trazida em seu cabelo a noite escura
nela uma constelação ainda mora
não importando se não mais na altura

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