No ar, a pipa a voar
e a linha é o seu sustento.
Se um dos dos dois faltar:
É o vento, é o vento...
São completas quando unidas.
Sozinhas, não são a metade.
Se metade é o mesmo que nada;
separas perdem suas vidas,
só existe se na integridade.
Voando numa forma alada...
Por que então separar o amor?
Dizer que é outra coisa a paixão?
Se de uma delas, você se despor,
a outra, logo torna-se em vão...
Como o amor desapaixonado?
Se é madeira para combustão...
Mas, para o fogo ser inflamado,
deve haver paixão pelo amado.
Ou o amor fica sem razão,
Incompleto, acaba se fracionado.
A paixão quer no céu voar,
o amor, é linha, seu sustento.
Se um dos dois se acabar:
É o vento, é o vento...