tristeza

Foto de Miraene

Coisas Incertas

Olhar o infinito e não ver nada além.
Olhar para as estrelas e não ter alguém.
Pensar um pouco e não saber amar.
São coisas que quando lembro começo a chorar.
Não gosto nem um pouco de ficar sozinha.
Pois quando estou assim me ponho a sofrer.
Não posso ficar dias sem as minhas manias.
Acho que com o tempo não saberei viver.
Mas hoje não me importo se sinto saudade.
Fecho os olhos e mesmo assim não consigo ser.
Junto pensamentos para ficar acordada.
Corto minhas lembranças para desaparecer.
Deitada em meu quarto desacompanhada.
De mãos dadas ao incerto por não entender.

Foto de pttuii

O proletário

suadas chamas aqueceram-lhe
as manápulas,
o proletário estendia-se
à memória,
ao frio que derrete,...

o relógio solta-se,
desmistifica choros,
bate nos recantos
de ampulhetas,
e amacia os olhos
da prole,...

e o operário em bica,
que dos medos de bocas
esfomeadas faz veias que
pendem da íris purgante
do menino menos sonhador,....

aguenta enfim o que lesiona
a lembrança agitada,
sobressaltos findos,
com a chama a estalar,
o ar de prole cheira a atavio,
com uma névoa de hortelã-
pimenta a ribombar,...

por sábios sim nos tomam,
quem ladainhando desfaz medos,
mas se dizem mistérios de tudo isto,
talvez a vida não sejam ranhos
em barda ao anoitecer,....

o proletário pensa nestas ladainhas,
e com acenos, mãos,
mas mãos são mantas,
para acatar o fogo do inevitável,
e rasgar chamas,
brincar com o mole do tacto,
para lá e para cá,
morrendo

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

A Mentira

" A mentira é uma carroça carregada de pedras na descida"

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

O PASSADO SEMPRE TEM SUA VINGANCA

O PASSADO SEMPRE TEM SUA VINGANCA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Contemplando este deserto de carcassas mortas
Podemos deduzir que havia aqui muitas matas
Grandes rios, exoticos animais e incriveis cascatas
Cenarios que hoje nem tu, inimigo da natureza suportas

O que mais te aflige, que te machuca tanto
E ainda ver aqueles animais que fracos padecem
Aquelas arvores que tentam ,mas secam e envelhecem
Por tua propria ignorancia que destruiu tanto encanto

A terra cantava antes nas sinfonias dos animais
Verdejava no carinhos do rios que desciam das serras
E corriam bem perto de teus quintais

Sempre se cobra os erros de um adulto ou crianca
Deus tem o controlo sobre todas as terras
E o passado sempre tem a sua vinganca

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de Sirlei Passolongo

Sem Laços e Babados

Ela brincava de boneca
Com inocência e graça
Cantava canções de ninar
Vestia laços e babados.

Sonhava ser bailarina
Usar sapatilhas brancas
Com vestido de tule fina.

Um dia ela se fez mulher
Uma rosa linda, apaixonante
A boneca num canto largou
Nada era como antes...

Perdeu a velha inocência
E se cobriu de malícia
As canções de outrora
Estão todas fora de moda.

Não sonha vestido de tule
Nem sapatilhas de bailarina
Veste micro-saias e saltos finos
Gosta de dançar funk na balada

Mas a boneca que hoje embala
É uma linda menina que chora.

Uma nova história
Talvez a mesma sina.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

AQUELAS AMIGAS VERDES

AQUELAS AMIGAS VERDES
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Sentiremos saudades daquelas amigas
De raizes tao produndas
Que as tempestades nao podem arrancar
Aquelas altas e bonitas
Que escondem as lagoas fundas
Onde as cachoeiras vao mergulhar

Sentiremos saudades daqueles frutos
Que tanto os honestos como os corruptos
Podem vir e saborear
Sentiremos saudades daqueles verdes
Que cobrem a terra com seus tapetes
Ate onde os olhos nao podem alcancar

Preservar e viver com mais paixao
Ter ar mais puro para nossos pulmoes
Respeitar diversidade da criacao
Ver o amor crescer em nossos coracoes
Sentiremos saudades das amigas verdes
Onde amarravamos nossas redes
Admirando o Negro e o Solimoes

Sentiremos saudades do fruto maduro
Quando um dia no distante futuro
Ja nao termos nenhuma beleza para admirar
Quando o solo for seco e bem duro
Derramaremos muitas lagrimas no escuro
Por destruirmos nosso mundo , nosso lar

Sentiremos saudades daquelas amigas
Que como torres erguidas
Abrigam os animais em algum lugar
Aquelas mesmas altas e verdejantes
Onde as serras e cegueira dos ignorantes
So querem desmatar.

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
USA - (1) 914-699-0186 - Luiz
http://www.yesportes.com/
http://www.islonantes.com/

Foto de Sirlei Passolongo

Último Sorriso

.

Uma criança dormia
E sonhando com os anjos,
Sorria...

Era um paraíso de flores
Onde apenas paz
Havia...

Fadas cantavam
Versos de amor
Meninos e meninas
Brincavam pelo jardim...

Pobre criança...
Numa velha rede
Acordava
A espera dos anjos
Para levá-la...

A fome,
Sua vida estava ceifando.

E os homens
Continuam não se importando.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de pttuii

Aristóteles de Sousa Escrivão

Num futuro assustadoramente próximo, a fúria de um homem servirá para abrir todos os telejornais do mundo. Cansado de assumir os despistes da condição humana, Aristóteles (chamemos-lhe assim) vai pegar em armas e virar-se contra o poder dos mitos. Sem precisar de andar muito irá, um dia, sair de casa e encarar, olhos nos olhos, a diva da ópera. Luísa Todi, imortalizada num busto de virginal mámore branco no centro de Setúbal, será sequestrada. Tudo se vai passar tão rápido, que quando as pessoas se aperceberem já será tarde de mais. Num dia de Verão, mais um a prenunciar a careca de ozono de que o planeta já padece, Aristóteles colocará em prática anos a fio de saber livresco. À hora a que estas linhas estão a ser produzidas, o criminoso do futuro estuda afincadamente a metodologia dos protagonistas dos mais famosos quinze minutos de fama do mundo. Manuel Subtil, Al Pacino em 'A dog´s day', Vladimir, o ucraniano que sequestrou o dono da pastelaria 'Sequeira' na Avenida da República, em Lisboa. Será rápido na abordagem, terá de conseguir prever todos os possíveis erros e, acima de tudo, ter óptimos pulmões para que todo o mundo o consiga ouvir. Num futuro assustadoramente próximo, Aristóteles vai rodear o busto de Luísa Todi com suficiente C4 para rebentar com a Casa Branca. Com o detonador numa mão, e uma AK 47 na outra, vai esperar que todas as unidades especiais da Polícia cheguem. Depois, logo a seguir, virão dezenas e dezenas de jornalistas. Para finalizar o cortejo da decrépita condição humana, marcarão presença milhares de aves necrófagas. Altos, baixos, velhos, novos, brancos, pretos, amarelos. A capa é humana, mas o interior será com certeza animalesco. Aí, e só aí, quando estiverem reunidas todas as condições necessárias para que o mundo saiba quem é Aristóteles, é que quem estiver a ler este texto perceberá, por esta altura, que esteve a ser enganado. Eu, o autor, identifico-me como Aristóteles Sousa Escrivão, bêbado profissional neste mundo há 53 anos. Acabei de apedrejar o busto de Luísa Todi e, neste momento, estou preso num calabouço policial a tentar imaginar que sou uma pessoa importante. Ai de quem se atreva a quebrar uma ilusão que, além de não pagar impostos, prova a teoria evolucionista de Charles Darwin. Deus nunca teve nada a ver com os macacos fodilhões. A má sorte de mais tristonho dos Austrolopitecus, é que está na origem da minha estadia nesta cela.

Foto de Sirlei Passolongo

Sonhos de uma estrela

A noite cai silenciosa
as luzes se acendem
cidade afora...
Ela vem apressada
na penumbra,
vestida de mistérios
e minúcias
beleza que encanta,
deslumbra...

O rosto rosado do blush
salto alto valorizando
o vestido curto,
em seus lábios
caliente batom rubro

Ela segue seu rumo
noite adentro,
vez por outra
desequilibra
no salto,
mas um sorriso disfarça
seus desaprumos...
Na rua vai deixando
seu perfume...

Uma calçada numa esquina
movimentada,
as luzes das casas
já se apagaram;
mas entre os carros
que passam,
ela surge...

Não demora
uma proposta,
um convite
e lá vai ela
sorrindo
vender amor,
mas por dentro
ela cala triste.

Sonhava ser capa de revista.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sonia Delsin

“TEUS OLHOS VAZIOS”

“TEUS OLHOS VAZIOS”

Teus olhos ficaram tão vazios.
Frios.
E pensar que para eles eu sempre corria.
Teu olhar antigamente me aquecia.
A vida muda.
Tudo pode se modificar.
Eu vivia a me perguntar.
Como pode mudar um olhar?
Não conseguia aceitar.
E isto só fazia me machucar.
Aos poucos fui aceitando.
Que foste mudando.
Noutra estrada caminhando.
Tantas vezes vivemos anos e anos ao lado de alguém.
De repente para este alguém viramos ninguém.

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