Enviado por CarmenCecilia em Dom, 17/05/2009 - 23:12
POESIA: CARMEN CECILIA & CARMEN VERVLOETE
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: CARMEN CECILIA
MÚSICA: WHAT A WONDERFUL WORLD ( PIANO )
Felicidade
Felicidade é zelo e perspicácia.
É o olhar que se encanta
Admirando pétalas amarelas de acácia
Atapetando o chão,
É o canto do sabiá
Modulando as batidas do coração...
É o sorriso que ilumina o rosto
Participando de bucólico cenário...
É o abraço amigo,
Seguro abrigo...
É o roçar de lábios que se atraem
Num encontro de amor...
Ah! É a doçura do beijo
Num ondulante arpejo
Mel da paixão!
Felicidade é quando assim...
Você sorri pra mim
Quando para ti olho
E me vejo nos teus olhos
É o começo do dia ouvindo a passarada
Anunciando uma nova jornada
É o cair da noite...
Trazendo uma lua prateada
É a chuva miúda...
Trazendo vida...
O passar dos anos...
Sempre fazendo planos
É prosseguir...
Mesmo quando não se sabe pra onde ir
Felicidade é sonhar acordada!
É estar sempre se encantando
Com o sol, as estrelas, o mar
Com o perfume da flor
Espalhando-se pelo ar
É a doação do amor,
A quem por ti passar...
É a mão estendida com delicadeza
Oferecendo o pão...
É o exercício do perdão...
É a alegria brotando do coração
Enraizando-se como árvore milenar
No veio da terra,
Nos campos e serras!
Felicidade são as pequenas coisas da vida...
Que sentidas... Transcendem o limite da razão!
Chegou o fim de semana
não consigo me levantar da cama
sei que não vou te ver,
então não tenho o que fazer
ligo o radio, escuto uma canção,
que me faz lembrar você,
me aborreço e me levanto
e vou pra outro canto,
ligo a tv e vejo você.
Meu coração dispara,
minha respiração para.
Veio me ver...
Não!
era só um ilusão
da minha mente
que me veio derrepente
de tanto pensar em você.
Enviado por CarmenCecilia em Ter, 12/05/2009 - 04:34
POESIA DUO:
CARMEN CECILIA & HILDEBRANDO MENEZES
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:
CARMEN CECILIA
MÚSICA: VOCÊ É LINDA
HOMENAGEM: GABRIELA MENEZES
LINDA DEMAIS!
Você é algo assim
Transcende a tudo enfim
Sutilezas, belezas, certezas
Linda demais
Razão dos meus ais
É meu porto e o cais
Flor como jasmim
Divina loucura
Tremenda ternura
Que faz de mim
Esse amor sem fim
Quando você me olha
Tudo em volta melhora
Nenhum olho mais chora
Só o peito alegre implora
Quer você aqui já e agora
Navego e flutuo na hora
Ou vou seguindo errante
Espero teu jeito... Trejeito
Nem sei mais do que sou feito
Diante do teu ser tão perfeito
Apenas pleiteio o mar
Quero nadar e te amar
Já te vejo nas ondas
Venha e me sonda
Sereia que ronda
Contigo fico perdido
Meio que aturdido
Com tua imagem
Que é como miragem
Simulo sensações
Dedilho emoções
Na explosão das excitações
Vislumbro vibrações
Ah! Minha tentação
Meu pecado preferido
Perco-me... Sem rumo
Em vãs convicções
Sem razão ou explicações
Nessa viagem... De vai e vem
Mera e inútil visagem
Caída de um trem
Sol e nuvens... Raios que surgem
Desenham... Confabulam... Conspiram
Camuflam... Inflam a tua formosura
Princesa... Você é mais que certeza
Mas também uma cruel incerteza
Estar contigo é ser parte da realeza
Não nego que eu aqui vivo a te esperar
E você brinca comigo de vir a me amar
Ou talvez só dançar... Sonhar... Voar
Mas um dia... Quem sabe?! Irás aquietar
E juntos... Unidos! Iremos o amor desfrutar!
A carência do calor do teu corpo congela a volúpia da minha pele
A falta da umidade da tua boca insaceia a malícia do meu beijo
A indiferença da paixão dos teus olhos cega o sarcasmo do meu olhar
A necessidade do sussurro da tua voz emudece os desejos do meu inconsciente
A lembrança do teu perfume faz murchar as rosas do meu prazer
A saudade do teu vigor exausta minha disposição
A sensação da audácia da tua mão inocenta as fantasias do meu atrevimento
A fuga da liberdade dos teus movimentos eterniza a continência da minha sincronia
“A tua ausência me condena à prisão dos desejos insaciáveis, me subordinando à eternidade da espera de um passado letargicamente imortal, porque o meu medo vive pela tua segurança, minha solidão pela tua presença, minha tristeza pelo teu sorriso, meu frio pelo teu abraço, minha sede pelo teu beijo e meu prazer pelo teu sexo, porque ele só se satisfaz com o teu desejo...”
Soneto de Malume (Manoel Lúcio de Medeiros).
Fortaleza – Ceará – Brasil. 07/05/2009. 21h10min.
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Relembro a estrada solitária,
Que tantas vezes contigo passei,
O manto desta sombra imaginária,
Teu corpo que no caminho amei!
Mas hoje, tudo lembrança apagada,
Que o tempo empoeirou pelo destino,
Assim como uma planta desfolhada,
O vento te levou qual peregrino!
Só resta o vazio da saudade,
Que me faz preso da recordação,
E dos teus beijos que jamais esqueço!
Eu sou um prisioneiro da vontade,
De ter de novo o teu coração,
Porque quem ama paga qualquer preço!
Enviado por Sonia Delsin em Sex, 08/05/2009 - 01:15
FIM DE TARDE
Deitada na rede eu assisto a tarde morrendo.
Ouço uma música suave e num som bem baixinho.
Parece que alguém me faz um carinho.
Ninguém.
É só o vento.
Voo com o pensamento.
Para um dia tão distante deste.
Para uma tarde em que eu ia ao teu encontro.
O dia estava morrendo.
E meu coração pulava como cavalo selvagem no peito.
No mundo eu não via defeito.
Ia te ver, ia.
Que alegria teus olhos me percorrendo.
Teu beijo, tuas palavras.
Agora o silêncio e a tarde que parece morrer comigo.
Quero de volta aquele dia.
Quero de volta a alegria.