recordação

Foto de Belinha Sweet Girl

Ao teu lado...

Olho para o céu nublado na noite fria
Deste falso inverno em que vivo,
Vejo as estrelas brilhando oscilantes,
E me lembro dos seus olhos.

Aqueles olhos negros que escondiam
Uma pessoa tão bonita e simples
Olhos que me contavam segredos,
A cada olhar diferente que me lançavam.

Olhei para a lua minguante e,
Lembrei da tua pele clara,
Da suavidade que ela tinha,
Sentia arrepios quando você segurava minha mão.

Até hoje tenho dúvidas se afinal,
Seus poemas eram sinceros,
Se sua inspiração era real,
Se eu representei algo para você.

Olho para as nuvens
Plenamente carregadas,
E lembro da tua coragem de andar na chuva,
Me chamando, dizendo que não ia fazer mal.

Sinto a chuva caindo sobre meu rosto,
Escorrendo sobre mim,
E lembro que você transpirava alegria,
E me abraçava, feliz, eufórico...

Escuto as músicas que você compunha.
Leio os poemas que você escrevia.
E sinto uma imensa saudade,
De ficar em silêncio, ao teu lado.

Sinto falta de quando deitava em teu colo,
Me sentia tão bem que esquecia de tudo,
Estar ao teu lado era o bastante.

Foto de LolitaMadura

PARIS, AMOR MADURO

Rue Chappe, 18 arrondissement, Montmartre, Paris.
Um petit (e põe petit nisso) apartamento aos pés da Sacré-Coeur, donde se avista quase toda Paris, com um pouco de contorcionismo. Grades de ferro adornam a minúscula sacada do prédio antigo, mas cheio de charme. O elevador barulhento tem porta pantográfica e a banheira é daquelas brancas, antigas, com pezinho e torneira de latão. Duro mesmo é tirar a roupa num frio de rachar e esperar séculos até que um filete de água cubra ao menos o fundo, para esquentar os pés, já que não há chuveiro.

Mas estamos em Paris, que é uma festa!

Café na cama, champagne e baguete da venda da esquina. Escallier para a Place du Tertre
e uma tulipa de Tuborg no balcão. Metrô, museus, livrarias, prateleiras em Saint Germain de Prés...Me aquecer ao sol num de seu cafés e depois conter o desejo de comer churrasco grego nas carrocinhas do boulevard...

Jantar chez Frouin com vinho do terral de papá, de gravata borboleta, irretocável...
Dançar música africana no Zairean...

Passear na madrugada por Les Halles iluminada...
Jantar no Au Pied du Cochon e lembrar que a única regra é também a única promessa: ver o outro, sempre, com bons olhos.

Foto de valdeci

A Rocha

A ROCHA

Pedro, pedra, rocha, nome simples dominante,
Dado por pessoas para poucos importantes.

Pessoas que já foram há tempos esquecidas,
Morreram com a memória que não contem mais vida.

Pedro, pedra, rocha nome simples simplesmente,
Deixado como herança, eu um mero descendente.

O nome de um homem vale mais que sua riqueza,
Principalmente o deste homem, cujo nome é fortaleza.

Pedro, pedra, rocha
A resistência de muitos anos,
Hoje se encontra morta.

Mas vive a cada segundo na memória de um único ser,
Carrego comigo as lembranças que a saudade não deixa esquecer.

Às vezes encontro meu amigo, sempre em sonhos pensamentos,
Confesso que é nessa hora que um filho chora em silencio.

A vontade que me toca agora, vontade sempre constante,
É a de abraçar com força o homem que me alegrou a cada instante.

E a cada hora que passa dessa vida passageira,
Vejo que é verdade descer o morro e subir ladeira.

O homem forte é lembrado sempre como um bravo,
Os pontos fracos que ele teve não são mais comentados.

Ando no escuro e se ainda sinto medo,
Na memória vem a luz, na lembrança o velho Pedro.

Valdeci Pedro Guimarães

Foto de LolitaMadura

PARIS, AMOR MADURO

Rue Chappe, 18 arrondissement, Montmartre, Paris.
Um petit (e põe petit nisso) apartamento aos pés da Sacré-Coeur, donde se avista quase toda Paris, com um pouco de contorcionismo. Grades de ferro adornam a minúscula sacada do prédio antigo, mas cheio de charme. O elevador barulhento tem porta pantográfica e a banheira é daquelas brancas, antigas, com pezinho e torneira de latão. Duro mesmo é tirar a roupa num frio de rachar e esperar séculos até que um filete de água cubra ao menos o fundo, para esquentar os pés, já que não há chuveiro.

Mas estamos em Paris, que é uma festa!

Café na cama, champagne e baguete da venda da esquina. Escallier para a Place du Tertre
e uma tulipa de Tuborg no balcão. Metrô, museus, livrarias, prateleiras em Saint Germain de Prés...Me aquecer ao sol num de seu cafés e depois conter o desejo de comer churrasco grego nas carrocinhas do boulevard...

Jantar chez Frouin com vinho do terral de papá, de gravata borboleta, irretocável...
Dançar música africana no Zairean...

Passear na madrugada por Les Halles iluminada...
Jantar no Au Pied du Cochon e lembrar que a única regra é também a única promessa: ver o outro, sempre, com bons olhos.

Foto de Agamenon Troyan

AMIR MIGUEL, O MAETRO DO POVO

AMIR MIGUEL, O MAESTRO DO POVO

O Fanzine Episódio Cultural foi até Serrania-MG, conhecer um cidadão que há anos vem se dedicando à formação de novos músicos. Seu nome, Amir Miguel Sobrinho, 67 anos.
Aos 12 anos já tocava trombone, piston, sax e teclado ouvindo sucessos de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e Lupicínio Rodrigues, graças ao incentivo de seus pais, o Sr. Antônio Miguel Sobrinho e Maria Moreira Sobrinho.
Uma das pessoas que o ajudou a aprimorar-se foi o maestro Emílio Rodrigues, natural de Areado-MG, que durante 20 anos lecionou em Serrania.
O pai de Amir, cujo apelido era “Totonho”, também foi um grande defensor da cultura. Nos anos 50, ele mantinha uma banda (a Lira Serraniense) e uma companhia de teatro amador que se apresentava na região com peças adaptadas de antigas revistas de teatro. Certo dia a cidade ficou em polvorosa: o Circo Teatro Índio do Brasil, mais conhecido como o “Circo do Pelado” estava chegando!
O palhaço “Pelado”, juntamente com o seu filho, Waldemar Augusto, o palhaço “Bigola” – ambos de Martinópolis-MG – por muitos anos apresentaram seu espetáculo no sul de Minas. Amir – que já tinha experiência de palco – acompanhava o circo apresentando-se como palhaço durante suas férias na antiga fábrica de queijo.
O sonho de Amir era oferecer um ensino gratuito de música para crianças, jovens e adultos. Como não encontrou nenhum apoio resolveu encarar o desafio sozinho. Por vários anos ensinou e formou novos músicos sem ganhar nada! A notícia espalhou-se pela região atraindo a atenção de Jornais e Redes de TV.
A bateria usada para ensinar foi presente de um ilustre filho de Serrania, o jornalista Ney Gonçalves Dias. Com seus alunos, Amir montou a “Banda Show Antônio Miguel Sobrinho”. Essa banda – que também não recebe nenhum apoio – vem se apresentando em algumas cidades da região, ora com alunos jovens, ora com adultos. “A música possibilita que as pessoas fiquem mais sensíveis à vida”, disse o maestro.

Contatos: (35) 3284-1449 / Serrania-MG

Foto de Rosinéri

RECORDAÇÕES

Te acordo
E recordo o nosso amor
Quando nós dois éramos um
E no nosso mundo, não havia segredos
Lembra-se quando sorriamos
Não existia nem tristezas ,nem lamentos
Não conhecíamos as lágrima
Somente momentos de felicidade
E se você ainda se lembra
Porque não volta pra mim
Para isso que foi nosso amor
E que se chamava EU E VOCÊ

Foto de Graciele Gessner

O Meu Trajeto na Vida. (Graciele_Gessner)

Muitos não sabem, mas eu percebo que estou numa missão muito especial aqui na terra. Percebo que vivo buscando o conhecimento, o incógnito. A palavra sabedoria me fascina. Sempre estou estudando, testando, enfrentando o invisível que muitos não veem.

Fascina-me os mistérios, principalmente a vida. Sou curiosa por natureza e sempre procuro explorar o desconhecido aos olhos humanos. Os mistérios da vida após a morte é um tema que me deixa com várias ideias e interrogações.

Sou de observar muito, antes de me manifestar e por tudo a perder. Analiso cada situação com cautela, muitas vezes prefiro ficar no meu canto. Jamais tomo uma decisão através das opiniões dos outros. Antes prefiro apenas ouvi-los e depois com calma avaliar a dimensão dos fatos.

A solidão é a minha fiel companheira. Escolhi a solidão porque me identifico com ela. A solidão me permite cuidar da minha alma; ocupando-me com leituras, estudos, escrevendo, pensando, descobrindo e até mesmo planejando.

De momento, este é o trajeto que estou seguindo.

18.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de DAVI CARTES ALVES

O MAR ESTA SEMPRE CHAMANDO

chamou para pintá-lo e amá-lo
uma e muitas vezes, a singular
Virginia Woolf
um mar nos céus chamou Ícaro
chamou Ulisses Guimarães
chamou o impetuoso capitão Acab
chamou tantas vezes Jorge Amado
seus amores,
dissabores & estivadores

o mar esta sempre clamando

clamando
para vida ou para morte
pois da humanidade, ora és berço
ora sepultura
ora és vinco, ora atadura

não distingui anônimos & celebridades
não percebe prepotência ou humildade
dissolvendo a arrogância, orgulhos e vaidades
como se dissolve o biscoito de mel
no palato faminto e pressuroso

o mar esta sempre chamando
chamou da primeira a sétima arte
devorando-os e deixando-se devorar
chamou Brooke Shields e junto nos convidou
para uma imersão completa na beleza
chamou Fernanda Vogel
para tornar-se qual inesquecível
e linda sereia tupiniquim, tristeza
Um mar de ressaca encerrou-se em olhos dissimulados
e chamou Bentinho a loucura
chamou Joseph Conrad

o mar esta sempre chamando
em Janeiro todos os caminhos levam ao mar
ele suga toda cidade
chama a moçada para um novo lual
e mesmo os que odeiam barulho
chamou para Bombinhas –SC,
que tal???

O mar esta sempre chamando
Um convite a paz
outro ao pânico
A uma nova lua de mel
A um novo astro de fel
O abismo entre o homem e Deus?
Ou a junção entre ambos?

O mar esta sempre chamando
Ao inicio de um grande amor
A um novo espetáculo de horror
O epicentro de magnetismo das almas
tempestuosas e mesmo aquelas mui calmas
O mar esta sempre chamando
Bateau Mouche ou Titanic
Poseidon ou Afrodit

O mar esta sempre clamando
Olha o reles mortal a debater-se em suas águas
e lá na praia pousados em uma canoa velha
entre albatrozes e pelicanos indiferentes
eis ali destoando
um corvo que observa o náufrago, e diz com desdém:
Nevermore!

O mar esta sempre chamando
Para renovadas e luminosas alvoradas
Para grandes procelas, imensas catadupas
sombrias e intermináveis madrugadas

No mar esta sempre se amando
Pelos cantos das sereias
Por suas brisas a beijar melifluamente
doces corpos entre areias, aliás
como não amar teu oceano de encantos
sem temer afogar-me suave mar de esmeraldas
que só teu par de lindos olhos possui?

O mar esta sempre chamando
clamando
amando
se renovando

“E quem houve diga,
Vem!!! ”

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de pttuii

Em planície

Montes de desalento. Sujas as mãos, Arroteias, o senhor das manhãs que pedem arrotos do fundo do estômago, já nada temia. Sentava-se no banco de vime que lhe oferecera os últimos dois tostões de há 20 anos, e eram mesmo de desalento aqueles dois montes alentejanos. Pareciam duas mamas de mulher desembaraçada, mas velha. Consumida, e velha, como provavam os sulcos que a água da chuva fazia no vale bem desenhado que avistava lá ao longe. Só que era tão deslindado o sentir que retirava daquele universo. Adorava trocar um quarto de escudo entre os nós encardidos dos dedos, enquanto fincava bem o pé na terra vermelha. De tanto fincar, partilhava o que as entranhas do planeta pareciam sangrar.
Era pessoa de antigamentes, que já não se deixava espantar com nada. Andava à procura de um dia menos previsível, para finalmente dizer a si mesmo o que queria da vida.
O vento não concordava. Beijava, de leve, o que de pudico transpirava das árvores. De carvalhos, gostava de abusar. As pessoas acreditavam em adultério, mas do ar só choviam deuses confusos. Viriatos talvez, porque de romano o ar só tinha o cheiro a coisas desnaturadas. A insultos escritos com tinta invisível.
Arroteias brincava com sonhos mal escapelizados. Não sabia de sabores a bibliotecas, mas lia tudo o que uma mulher lhe tinha para dizer. Nem que essa mulher fosse duas escrecências do planeta. Gizava planos, para esquecer-se de que relacionamentos, são chuvas mal conseguidas pelo imprevisto da criação.
Montes. Dupla de montes, que davam um pôr de sol de veias dilatadas. Sossegava mentes cansadas de explicações místicas para tudo. Arroteias dispunha-se bem, dispondo deuses de índoles diversas para conversar. E deixa-se a mais, porque pensar nunca foi arte para fazer com menos.

Foto de leila lopes

A tela

Na areia da praia a beira mar
Vejo as ondas a se desmanchar
O azul do ceu se confundem
Ao verde do mar
Olho ao longe
Mais não vejo fim
E nitido a distância entre o ceu e o mar
Mais um mosaico
Se faz desenhar
E uma tela quero pintar
Para esse momento eternizar

Leila Lopes

Páginas

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