Blog de Agamenon Troyan

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JORGE BUENO DA SILVA (LAGO AZUL)

JORGE BUENO DA SILVA

( LAGO AZUL )

Jorge Bueno da Silva nasceu em 19 de setembro de1948, na zona rural de Machado-MG. A paixão pelo futebol começou quando jogava no time do São Luís. Depois ingressou no Jardim Teália, no La Salle(dos irmãos lassalistas), e no Flamengodo Divone “Carroeiro”. Aos 14 anos foi morar com os tios em Vila Ema (na capital de São Paulo). Conseguiu um emprego de serralheiro na micro empresa Elie–Pedrosian & Filhos. Fez amizade com torcedores daquele que seria para sempre o seu time de coração: o Santos Futebol Clube.

Era o ano de 1962 quando Jorge e um grupo de amigos foram ao Pacaembu para assistir a uma partida entre Santos x Botafogo, pelo antigo Torneio Rio-São Paulo. Naquela época, o Santos de (Gilmar, Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e Mengalvo) juntamente com o Botafogo de (Zagalo, Garrincha e Nilton Santos) eram a base da Seleção Brasileira. Ao completar 19 anos, Jorge retornou a Machado. Nesse ínterim, um primo seu havia formado a equipe do Time da Prefeituraonde jogou por algum tempo.

Foi o técnico e fundador “Dica” que o chamou para jogar no Clube da Ponte. A equipe era formada por Divone, Sérgio, José Vítor, Dito, Zé Perereca, Duréia, Caveira, e Simão. A prefeitura arranjava-lhes, meias, camisas (menos chuteiras) e cedia-lhes um caminhão para transportá-los até as cidades vizinhas... Em 1984, juntamente com os Srs. Natal e Zé Garcia montaram um time de veteranos, o “Aqui e Agora”. Entretanto, no ano seguinte, decidiram montar um time jovem para dirigir. Surge então, em 1985, o Lago Azul.

O nome derivou de uma ilha artificial da cidade de Campestre-MG (Lagoa Azul). Graças ao apoio do Paulinho (Fotoamador), a equipe adquiriu uniformes para disputar os campeonatos (Rural e Municipal). Com muita determinação os garotos conquistaram todos os campeonatos de 2000. Em entrevista ao Episódio Cultural, Jorge Bueno lembrou com muita saudade dos bons tempos de uma Machado cheia de galanteios, sorrisos e pés-de-valsa, que infelizmente foi tragada pela frieza das salas de estar vazias de amizade e comunicação.

Há 31 anos trabalhando no SAAE, Jorge Bueno nunca se cansou de dedicar–se ao futebol e, principalmente, em tirar das ruas aquele menino que, através do esporte possa ocupar a sua mente com atividades positivas. Ele, assim como muitos outros que se engajam nessa luta merece os nossos respeitos.

(foto) Maria Lúcia P. Silva (esposa), a neta e Jorge Bueno

matéria do fanzine Episódio Cultural
machadocultural@gmail.com

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FÉ & POESIA

FÉ & POESIA

Em 1987, Gilbério Tibiriçá Carvalho, juntamente com Leny Órfão Moraes e Flávio Augusto Nannetti Caixeta tiveram seus poemas incluídos na Antologia da Shogun Editora e Arte. Cada participante ganhou 10 livros para sua divulgação.
Em 1989 Gilbério partiu para Campinas (SP). É funcionário do Correio e membro da Igreja do Avivamento Bíblico, onde se dedica prestando ensinamentos bíblicos para crianças, jovens e adultos com o objetivo de resgatar os princípios morais que estão sendo perdidos graças à má influência da televisão.
Para ele a televisão influi nas camadas mais humildes, sem poder de discernimento, que se vêem presas a uma poltrona a espera do dia seguinte para não perder um capítulo de novela e nem a transmissão de todo tipo de banditismo. E concluiu: “quando se tem um objetivo, isso te emotiva a continuar. Mas, se você não o tiver, então acabará sendo levado pela vida”.

Obs: ver foto do Gilbério

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ELMARA, UMA ARTE INFINITA

ELMARA, UMA ARTE INFINITA

Machado é uma cidade privilegiada de grandes artistas. Mesmo com a difícil tarefa de conseguir patrocínios e expor as suas obras, eles lutam pelo o seu objetivo. O fanzine Episódio Cultural foi conhecer um desses artistas, a jovem Elmara Helena da Silva, (22 anos) moradora do Bairro da Vila Conceição. Aos 12 anos, começou a fazer cartões em papel vegetal. Seis anos depois aprendeu a pintar em estilo abstrato. Posteriormente fez um curso em tecidos com a artista Dulcilene Gonçalves (diretora da UNIARTMA).

Entre os professores que acreditaram em seu potencial estavam Regina Salles e a artista mencionada anteriormente. Em suas pinturas a óleo, percebe-se a influência de Salles. Alguns desses quadros como a “As Pirâmides” (sua primeira pintura abstrata); A Fênix, Natureza Morta, A Igreja e, Paisagem com Flôres, refletem momentos de profunda reflexão, alegria, misticismo e tristeza.

Seus trabalhos, incluindo pinturas em cerâmica, foram expostos no colégio Iracema Rodrigues, onde estudou. Professores, alunos e visitantes, ficaram muito surpresos. Meses depois, seus quadros foram exibidos na Feira da UNIARTMA (Praça Central); na Exposição do Atelier da artista Regina Salles (Casa da Cultura) e no CESEP, onde atualmente faz o curso de História. Há alguns meses ela escreveu um poema abstrato (baseado em seu quadro, “A Moto e o Sofá”).

Entre os livros ela mencionou as biografias de Pablo Picasso e Frida Kahlo. “Sinto Muito” de Gabriel Chalita; “Educar com Oração” e “Pedagogia do Amor” de Rubem Alves. Seus filmes favoritos são: “Reflexo de uma Amizade”, “A Luta por uma Esperança” e “O Sorriso da Mona Lisa”. Ela já tem convites para expor em São Paulo no ano que vem.

Contatos e patrocínios: Rua Santa Teresa, 98. Fone: (35) 3295-3679 / Vila Conceição. Machado-MG 37750-000

“A pintura é uma arte infinita. Está sempre mudando. Há um campo, um céu, uma cor diferente que sempre aparece. Nunca é igual...” (Elmara H. Silva)

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Canções da Terra

CANÇÕES DA TERRA

Chrystian Dozza Cunha nasceu em Machado em 1983. Aos treze anos ganhou do seu pai (Prof. Pedro Cunha) seu primeiro violão, aprendendo com ele os primeiros acordes. Anos depois passou a ter aulas na Casa da Cultura. Vendo seu desempenho, sua professora o aconselhou a procurar outro mestre, pois segundo ela, já não havia mais nada a ensiná-lo. Em Alfenas (MG) passou a ter aulas com o músico e jornalista Fredera. Aos 15 anos, Chrystian ganhou sua primeira guitarra. A partir daí passou a influenciar-se musicalmente pelo Rock ouvindo guitarristas como Slash (Guns´n`Roses) e Adrian Smith (Iron Maiden). Juntamente com os amigos Luciano e Wesley, formou o Seventh Steel, a primeira banda de metal melódico da cidade. Em 2001 Chrystian entrou na Faculdade Santa Marcelina de Música e Artes de São Paulo (capital).
Durante uma aula, André (um estudante de Regência) o convidou para tocar na sua nova banda, o Jethro Tull Cover. A banda já se apresentou em Machado dividindo o palco com o Overture. Em 2007, Chrystian pretende fazer seu mestrado nos Estados Unidos e, posteriormente, abrir no Brasil uma escola de música... Graças ao apoio de alguns machadenses que acreditaram em seu talento, Chrystian lançou seu primeiro cd independente de música instrumental, o “Songs from the Land” (Canções da Terra). Podemos classificá-lo como “World Music” (Música Mundial).
O termo foi criado pela crítica americana para designar os discos influenciados pela cultura mundial. Independente disso, “Songs from the Land”, remete-nos ao profundo oceano da alma: “Lachrymãe Pavan” do compositor renascentista John Dowland, que viveu na Inglaterra entre 1563 a 1626. “Elf´s Jig” (A Dança dos Elfos), contendo um pequeno trecho de um poema de William Shakespeare e ”Terra Mãe”, um instrumental que reacende as nossas origens com um dos mais populares ritmos brasileiros: o Baião... A capa foi elaborada pelas alunas Mariângela Ghizellini e Célia Nakabayashi.

Contatos: (35) 3295-1706 ou
chryscunha@yahoo.com.br

Fote: Fanzine Episódio Cultural

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AS MAIORES RIQUEZAS

AS MAIORES RIQUEZAS

Pascoalzinho (nascido Alcides Alves da Silva) em Machado-MG, em 1952 é muito conhecido por sua alegria e pelo amor às antigas tradições. O apelido veio do avô, o Sr. José Lourenço da Silva. Aos seis anos perdeu sua mãe – Rita Alves da Silva – sendo criado por sua madrasta. Do pai herdou a profissão de pedreiro e a arte de consertar relógios e sanfonas.

Seu pai lhe deu de presente uma “pé de bode” – antigo modelo de sanfona. Aliás, foi graças ao irmão Dionísio – lassallista que lecionou no Colégio São José – que Pascoalzinho aprendeu a dominar este e outros instrumentos. “Meu pai não teve estudo; aprendeu tudo de ouvido: na escola da vida”, e completou: ”Na minha infância a gente caçava rãs, saracuras, onde hoje é o campo do Guarani. Tinha leite à vontade, vendido em carroça e hoje, praticamente, não se vê mais isso.”

Nos anos 60 foi carroceiro e, juntamente com alguns amigos dragava a areia do leito do rio Machado com tração de muares. Em 1968 um triste episódio abalou a cidade: seu amigo Marcelo estava atravessando o rio com uma tropa, quando inesperadamente todos foram arrastados pela correnteza. Seu corpo foi encontrado cinco dias depois...

Casado com Pedrina de Fátima Moura da Silva e pai de quatro filhos, Pascoalzinho vem se dedicando à montagem artesanal de cata-ventos, birutas; instrumentos de percussão e carros-de-boi feito de madeira. O amor e a dedicação pelas tradições folclóricas o levaram a fazer parte – como sanfoneiro – na Companhia de Reis do Jamil.

Fonte: Fanzine Episódio Cultural

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AMIR MIGUEL, O MAETRO DO POVO

AMIR MIGUEL, O MAESTRO DO POVO

O Fanzine Episódio Cultural foi até Serrania-MG, conhecer um cidadão que há anos vem se dedicando à formação de novos músicos. Seu nome, Amir Miguel Sobrinho, 67 anos.
Aos 12 anos já tocava trombone, piston, sax e teclado ouvindo sucessos de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e Lupicínio Rodrigues, graças ao incentivo de seus pais, o Sr. Antônio Miguel Sobrinho e Maria Moreira Sobrinho.
Uma das pessoas que o ajudou a aprimorar-se foi o maestro Emílio Rodrigues, natural de Areado-MG, que durante 20 anos lecionou em Serrania.
O pai de Amir, cujo apelido era “Totonho”, também foi um grande defensor da cultura. Nos anos 50, ele mantinha uma banda (a Lira Serraniense) e uma companhia de teatro amador que se apresentava na região com peças adaptadas de antigas revistas de teatro. Certo dia a cidade ficou em polvorosa: o Circo Teatro Índio do Brasil, mais conhecido como o “Circo do Pelado” estava chegando!
O palhaço “Pelado”, juntamente com o seu filho, Waldemar Augusto, o palhaço “Bigola” – ambos de Martinópolis-MG – por muitos anos apresentaram seu espetáculo no sul de Minas. Amir – que já tinha experiência de palco – acompanhava o circo apresentando-se como palhaço durante suas férias na antiga fábrica de queijo.
O sonho de Amir era oferecer um ensino gratuito de música para crianças, jovens e adultos. Como não encontrou nenhum apoio resolveu encarar o desafio sozinho. Por vários anos ensinou e formou novos músicos sem ganhar nada! A notícia espalhou-se pela região atraindo a atenção de Jornais e Redes de TV.
A bateria usada para ensinar foi presente de um ilustre filho de Serrania, o jornalista Ney Gonçalves Dias. Com seus alunos, Amir montou a “Banda Show Antônio Miguel Sobrinho”. Essa banda – que também não recebe nenhum apoio – vem se apresentando em algumas cidades da região, ora com alunos jovens, ora com adultos. “A música possibilita que as pessoas fiquem mais sensíveis à vida”, disse o maestro.

Contatos: (35) 3284-1449 / Serrania-MG

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