recordação

Foto de Carmen Vervloet

SAUDADE

Há algo mágico nestas lembranças
Um quê de feitiço e encantamento
Resquícios de eterna bem aventurança
Detalhes marcados a fogo no sentimento

Acordes sublimes gravados no coração
Uma flor, uma toalha jogada ao chão...
E sobre a mesa taça transbordando vinho
Esquecida num tempo de tanto carinho

O cheiro da murta do nosso jardim
Olhares delirantes que só diziam sim
Detalhes tão lindos da nossa união
Saudade brotando em poesia do coração

E neste som que tiro do velho violão
Viajo nos pêlos de um cavalo alazão
Segurando nas crinas do tempo
Singrando nas lágrimas deste lamento.

Carmen Vervloet

Foto de Graciele Gessner

As Lembranças Voam Longe. (Graciele_Gessner)

Quando te conheci, compreendi o quanto existe enganos na vida; o quanto é possível criarmos uma nova possibilidade para a felicidade. Quem sabe, você seja aquele que eu procurava?! Alguém que está destinado, para sempre, ao meu lado. Tenho esperanças de encontrar aquele para me acompanhar pela eternidade. Ainda acredito nesta possibilidade.

Independente do que a vida esteja reservando, aprendi o quanto é importante saber dar valor a vida! O quanto é fundamental realizar os nossos desejos e sonhos, livre das opiniões dos outros, fazendo da forma que pretendermos, sendo certo ou errado. Aprendi quebrar regras, aqueles hábitos sem noção, costumes familiares ultrapassados... Aprendi a viver a vida da minha maneira, conforme meus ideais, meus anseios e as minhas vontades. Aprendi a ser eu; saboreei a tal felicidade, mesmo que parecesse uma grande loucura ao olhos dos outros.

Lembro-me dos momentos que fui absolutamente feliz! Uma adulta criança; fui tudo que muitos não sabem ser ou que nunca viveram. O importante que quebrei todas as regras impostas perante o meu desenvolvimento, e fiz tudo que me deu vontade de fazer, sem pensar nos tais conceitos que a sociedade edita como sendo "moda". Houve arrependimento? Negativo, nenhum arrependimento. Jamais mudaria o que vivi e da singular forma vivida.

A minha história contém lembranças que nunca poderão ser reeditadas, porque uma vez vivida e experimentada não tem volta. Existe apenas um novo começo, uma nova atitude, uma nova experiência. Tudo faz parte da minha vida, da minha existência. Eu jamais perdi a noção da realidade, simplesmente me permiti usufruir das oportunidades que nunca antes tivesse tido. Não quis deixar que as alegrias tomassem outros rumos, segui o mesmo caminho para vivê-las. Não queria mais viver como um fantasma, queria existir, simplesmente e tão unicamente VIVER!

Das minhas lembranças e das minhas aventuras vividas, de tudo isso, tive a chance de conhecer alguém suficientemente determinado em me conquistar. Mais uma vez, tudo se transformou. Estamos em contínua transformação, sempre. As lembranças que estavam tão presentes voaram para longe com o outono, abrindo espaço para uma nova história. Tudo foi intenso e inesquecível.

Surpreendeu-me a minha motivação, à oportunidade que eu mesma me dei de aproveitar cada momento, vivendo intensamente cada segundo. De cada beijo roubado, desejado e até arrepiante; cada abraço enlaçado fez daqueles instantes algo incrivelmente únicos.

Aprendi gostar pela distância e pela frieza dos sentimentos. Lembro-me sempre de como tudo começou... Mesmo assim, estou tentando dizer o quanto você foi especial para mim! Independente das nossas maneiras de ser e de reagir. Cada qual com os seus mistérios e as suas manias. Você me apresentou a vida por outro ângulo, nunca antes observada. Mesmo que tudo isso tenha resultado em memoráveis lembranças, para sempre lembrarei. Para sempre lembrarei que um dia te conheci e que tudo que vivemos foi e sempre será mais uma lembrança ao vento... Porque você veio com a brisa do outono, que se despediu no final do inverno.

05.04.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Sérgio Carapeto

Homenagem a ti meu Irmão

Hoje perdi um grande amigo,
Mas os pais….
Esses perderam um filho.

Apesar de tudo…
Sei que estás comigo.
Apesar de tudo…
Sei que ainda estás vivo.

Agora habitas o céu sem fim,
Esse maravilhoso jardim,
De rosas floridas,
E pedras preciosas,
Onde tu passas sonhador e distraído,
Pelas mãos majestosas,
Dessa Deusa vagabunda,
Que a tua passagem,
Todos, destrói e inunda.

II

Apesar da dor que é não te ter,
Eu sinto em meu ser,
Que tu nos olhas lá do céu,
E a todos os que te amaram,
Cobres com o teu véu.

Espero que estejas num lugar melhor,
Do que esta terra maldita,
Impregnada de dor,
A tua alma seja bendita!

Mas o muito sofrimento,
Que momento a momento,
Nos consome e destrói,
E a vida já era,
E o amor já se foi.
E a saudade palpita e bate,
Até que a dor nos mate.

III
Tenho pena da tua família,
Aquilo que estão a sofrer,
Mas tu desse paraíso…
Hás-de ver…
O quanto choram por não te ter.

A tua mãe grita loucamente,
E chama por ti,
O seu olhar é triste e descontente,
E cravado de lágrimas,
E tudo o quanto existe,
É doloroso e triste.

O teu irmão nem consegue acreditar,
Como foi possível,
Que tu o pudesses abandonar?

Ele chora,
Mas não grita,
Deixou de falar,
A tua morte é fogo,
Que nos queima,
E não se pode apagar,
Volta por favor!
Deixa-nos te amar.

IV
As saudades são imensas,
E a vidas estão suspensas.
Se não voltas…
O que havemos de fazer?
A vida é tão curta,
E depressa pode perecer.

Será que vale a pena viver?

V

Tu eras uma vida cheia de esperança,
Agora és cadáver sem memória,
Triste o olhar dessa criança,
Que me conta a tua história.

Se vives,
É graças a nossa recordação,
Que trazemos de ti,
Aberta a ferida no coração,
Não se fecha e deixa sangrar,
Não morremos mas queremos,
Estar perto de ti,
Todos sofrem,
Mas ninguém sofre o que eu sofri.

Ninguém lamenta mais que eu,
O abraço que não te dei,
Mas ninguém sente o que eu senti.
Por isso morro,
Desde que te vi
Levado pela brandura da morte,
Que semeia a vida e agora te colhe.
Sem pedir licença.
VI

O teu funeral é tão triste,
Todos te choram,
E gritam por ti,
Apesar de tudo o que já vivi,
Esta dor eu nunca senti.

Agora sabes,
A tua morte é a nossa morte,
Sei que já não há volta,
Mas tento ser forte.

Todos se abraçam e choram,
Pedem e não são atendidos!
Os seus pedidos,
São simples palavras,
Levadas pelo vento agreste,
A dor todos visita e veste.

Até as arvores e as montanhas,
Clamam o teu nome,
Os riachos e as fontes choram,
E te procuram em vão,
Tu bem sabes,
Quem te amou com o coração.

VII

Desde a tua funesta casa,
Até ao teu sepulcro,
Todos caminham ao teu lado,
E o Deus mal amado,
Vivo!
Mas destroçado,
Chora a tua ida,

Triste partida.
Deste mundo para o outro,
Nem mesmo morto,
Te deixamos de amar.

Foto de Centelha Luminosa

AS RUAS DA MINHA INFÂNCIA

Abro as comportas da memória
P’ra desaguar. Dar vazão
Às doces reminiscências
Ruas da minha infância
Largas de sonhos e fantasias
Cheias de minhas vivências

As minhas ruas de hoje
Não lembram àquelas do ontem
Não tem alegria, não tem a magia
De um tempo de pouca idade
Quando ruas guardavam segredos
em total cumplicidade...

Não tem da mãe o olhar
Que acompanha sempre a cria
Atenta ao seu caminhar
Não têm as ruas de hoje
As flores do Bem-Me-Quer
Em sua existência simples
Pétalas pra eu colher
Atapetar as suas margens
Retalhos de sol na ramagem...

Sem nenhum medo de rua
Eu tinha encontros com a lua
Quando a noite descia
Crianças cantavam em roda
A ciranda da inocência
Quanta alegria fluía!

O tempo que a tudo transforma
Em sua passagem voraz
Somente não foi capaz
de em minhas lembranças
por um fim
As ruas da minha infância
Estão bem próximas
Tão inteiras, e vivas, ainda
Dentro de mim....

Centelha Luminosa(Maria Lucia)

Foto de Sonia Delsin

A MAIS BELA

A mais bela das rosas tu me ofereceste.
Foi numa noite linda.
Deus!
Não esqueci ainda.
O perfume da flor.
O teu gesto.
Era puro amor.
Tantos anos... e aquela imagem não se apaga.
A lembrança me afaga.
A alma ela me acaricia.
Tanta ternura existia.
Tanto carinho...
Nos perdemos no caminho.
E a mais bela das rosas resiste.
Na minha memória ela ainda existe.

Foto de Carmen Vervloet

Um Ninho

Imagens passeiam em minha mente
Tal qual corrente veloz de um rio
Diante de um espelho... frente a frente
Sou pássaro triste que calou seu pio.

Embarco numa nau de lembranças
Sou ser ausente que nem mais existe
Busco pouco a pouco qualquer semelhança
Na perdida alegria que hoje é tão triste.

Misteriosos cântaros surgem do nada
Enfileirados vazios numa rua sem fim
E o poema fica estagnado em mim.

Minha alma em tristeza fragmentada
“Águas passadas não movem moinho”
Sou pássaro mudo que busca um ninho.

Carmen Vervloet

Foto de Diario de uma bruxa

Recordações

Sinto falta da pracinha
Onde todos os dias
Tinha festa e alegria

Amigos se encontravam
Pra brincar
De pique-esconde
Pega-pega
Até queimada era gostoso brincar

Sinto falta da comida
Que minha mãe fazia
Do doce caseiro
Do pão com queijo
Amanhecido e torrado

E nos fins de semana
Reuniam-se na cozinha
Todas as tias
Imagina só como era
Ai tudo vira festa

Sinto falta da escola
Colar na prova
De todos os dias na mesma hora
FugiR no intervalo
EncontraR com o namorado
Era o assunto da semana
Ser pego pela diretora
Tudo era festa

Sinto falta do carinho
Que todos tinham
Que pra sempre vou guardar comigo

È gostoso lembrar
Dos momentos maravilhosos
que temos pra recordar

POEMA AS BRUXAS

Foto de Angelgoiabinha2

Um sonho

**
***
***

Hoje tive um sonho
Sonhei com um amigo espiritual
ele me ensinava coisas,
coisas importantíssimas do plano astral.

Era coisa de anjo da guarda sabe...
muito angelical

Ensinava o que eu precisava aprender
Mas também me ensinou algo especial

Posso contar com ele em qualquer momento e decisão
Ele está ali para ajudar até em hora de solidão

Só tenho agradecer!
Obrigada meu anjo,
por informada me manter!

Por proteger nessa vida,jornada!
de apendizados,estrada.

Mais uma vez do fundo do meu coração
Obrigada!

Agradecimento ao meu Anjo da guarda...
... Angelgoiabinha

Foto de Siby

Uma voz, uma canção

Em um tempo não muito distante
Havia na cidade uma rádio estação
Com esmero agradava o ouvinte
Com músicas que tocavam o coração

Uma voz bonita e cativante
Oferecia com gentileza e atenção
Para alguém que era sua ouvinte
Que amava ouvir uma linda canção
Era um momento sempre apaixonante
Ouvir doces palavras em uma canção

A voz embora tão distante
Unia corações em uma canção
Nem tudo na vida é constante
E aquela voz mudou de estação
Ficou a lembrança daquele instante
E do doce encanto de uma canção!

Foto de Ozeias

Parto

Ouço um “ai” de minha mãe e “ o que foi?” de meu pai. Não podia vê-los, só ouvir. De repente, minha mãe começou a respirar mais rápido, a gemer e comecei a ouvir correria. “ Ele vai nascer”, ouvi a voz agitada de meu pai. De repente a voz do meu avó estava próxima. “ Calma minha filha, vai dar tudo certo, vamos para o hospital agora.” Já estávamos dentro do carro e minha mãe continuava a gemer e soltar alguns gritinhos e depois respirar rapidamente. “ Calma querida, calma...”, mas minha mãe respondia “ É você que tem que ter calma, ta suando todo e ta tremendo, ai,ui”.
Depois,ouço mais correrias. Depois, ouço os médicos dizerem “ força!”. Sinto uma pressão me empurrando. Ouço os choros e gritos de minha mãe e os médicos incentivarem “ Isso, vai, força que você está quase lá!”. Depois sinto algo frio em minha cabeça. Ouço alguém dizer “ Ele já está saindo”. Logo em seguida, sinto um frio pelo corpo todo e começo a chorar. Abro os olhos e vejo o doutor me segurando. Umas enfermeiras me limpam e pela primeira vez vejo o rosto de minha mãe sorridente.

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