Os pratos estão sujos e os copos estão com marcas de batom.
A cama encontra-se vazia e o lençol está jogado no chão.
Num impulso,eu olho para tudo e o ontem me vem num flash de recordações.
Eu me perdi em teus braços e dediquei meu corpo só para o teu mero prazer.
Eu me joguei em teus abraços como uma fera em busca de comida.
Eu quis te envolver em minha pele e em meu pranto socorrer a tua dor.
E hoje quando me levantei e tentei arrumar o que restou de ontem,não consigo,pois os fatos passados viraram recordações na minha vida.
Minhas malas estão vazias e eu retirei todos os objetos que me pertenciam da sua vida.
Eu não quero olhar para um porta-retrato e nos ver perdidamente apaixonados e em sua moldura corações espalhados.
Eu quero sorrir e olhar para o céu e lembrar que naquele dia de chuva,estava eu ali sentada quando você me tomou em momentos.
Minhas recordações são apenas coisas vividas ou talvez falhas.
Não aguentarei olhar para você e me ver fracassada.
Eu não quero te olhar e ver que em tua boca eu dei calorosos beijos,que em teus braços eu me aquecia do frio e em teu colo eu repousava meu corpo nu.
Eu quero te definir não por ser bom,mas o melhor de todos.
Eu quero te dar expressões e te resumir em algumas palavras para minha vida toda que é te amar.
Eu na estação revejo minha vida!
No início levava nas minhas malas,
Apenas o necessário para a lida
D’um menino e não precisava carregá-las
Pois, isso era feito por minha mãe querida.
Era ela que queria sempre transportá-las.
Agora, da adolescência tenho revivida
Lembranças que não consigo interpretá-las.
Eram apenas passeios, sem bagagem,
Cheia de embarques e desembarques
E sequer considero-as como viagens,
Eram passeios de vagão em vagão,
Lembranças felizes das imagens
De quem subia em cada estação.
Tentei muitas vezes escrever algo que fosse perfeito, que fosse único,
único igual ao meu sentimento por você.
Lembrando de nossos dias juntos eu reparei o quanto eu sinto sua falta
e vi que sem você tudo muda de cor, meu sol, minha lua, meu sorriso,
tudo se torna preto e branco só pela sua mera ausência.
Sempre que tudo se cala, meu coração implora por palavras
porque no silêncio eu me lembro de nossos beijos,
de nossos abraços, da beleza do seu sorriso.
Me lembro do quanto eu fui feliz ao seu lado,
e do quanto minha vida se acabou assim que nos separamos.
Sinto tanto a sua falta, quero tanto te ter outra vez.
Ainda sinto o cheiro da rosa, da rosa que você me deu,
mas ela, assim como nosso amor, não durou e murchou.
Quem sabe um dia aquela planta murcha possa voltar a ser a rosa,
a rosa linda e magnifíca que um dia marcou nossa história,
história que se depender de mim ainda não chegou ao fim.
Enviado por THOMASOBNETO em Qui, 21/10/2010 - 02:02
Como o suspiro de uma leve brisa
Acariciando os madrigais, do nascente,
Que inda persiste em minha alma, invadir...
Tua lembrança em mim desperta saudade!
Meus pensamentos tal quais veludas brumas,
Invade o meu ser, escravo perpétuo de tua falta.
Enquanto a procura insana em meu âmago...
Tornam-se verdadeiros vendavais de desesperos!
Miro as enfáticas estrelas cujo brilho é cópia,
Da luz refletida de teus vívidos olhos...
Que abrigam o encanto da mulher...
Das flores as felinas tu és eterna rainha.
Amar-te é respirar o divino perfume
Da razão e da loucura, onde vida e morte...
No grandioso espetáculo do palco universo,
São perdidos quadjuvantes que se atropelam.
Teus lábios carmim invejam uvas!
Enquanto um é o suco do prazer...
O outro é o néctar do amor proibido.
Que na epopéia vida, faz-me, anjo caído!