melancolia

Foto de Lu Lena

VOZES DO SILÊNCIO

*
*
*
No papel pergaminho de ilusão
Lágrimas borram sentimentos
Em rabiscos que solto ao vento
Conflito esvaindo-se na escuridão

Na parede o relógio do tempo
Ponteiros da vida em oscilações
Lacrimejando sonhos desfeitos
Quebra cabeças de recordações

Inerte sem resposta do passado
Caminho num círculo sem chão
Pensamentos difusos acoplados

Sem saber se é real ou fantasia
Vozes ecoam no meu coração:
- Segue e silencia tua sina!

Foto de Sonia Delsin

APRISIONEI

Um dia me falaste.
Eu te falei...
Um dia sonhaste.
Sonhei...
Dissemos que estaríamos para sempre unidos.
Estávamos perdidos.
Na ilusão que éramos.
Nos encontramos...
Conversamos.
Nos amamos.
Aprisionei teu nome no meu peito.
Não acho um jeito...
... de te esquecer.

Foto de Carmen Lúcia

Vem...

Vem...
Acordar os amores
que dormidos ficaram
sem os carinhos teus...
Vem...
Harmonizar afetos
que rondam em desafetos
pelos caminhos meus...

Vem...
Reacender estrelas
que apagadas fazem
o céu entristecer...
E as noites reclamam,
as poesias clamam
a luz de teu querer...

Vem...
iluminar sorrisos
fechados, sem avisos,
sem ter porque sorrir...
Vem...
recolorir as flores,
deixá-las multicores
felizes no jardim...

Vem...
Suavizar as dores
que com tua partida
só tendem a crescer...
Vem...
dar um sentido à vida
que hoje estremecida
não sabe mais viver...

Carmen Lúcia

Foto de Emilio Ferraciolli

Minha Vida

Maior prêmio não existe.
Longe de você tudo é triste.
No vazio que há em mim encontro comigo mesmo.
Em uma viagem para o passado em meus ancestrais agora me vejo.
“Sou o que sou” já dizia o grande Deus.
O que sou se não criatura.
Complicada criatura, sempre em busca de si mesmo caçador de si.
Entregue a vaidades que o move e o mata.
Talvez Deus tenha errado em nos dar a liberdade;
Pois assim tudo não iria ser como é.
Mas mesmo assim escolhendo as piores coisas.
Fazemos do mal a arte de viver, da melancolia poesia.
Da dor fotografia.
E do sangue vermelho as paredes quentes de nossas casas.
Da fome do grito musica dos esquecidos.
Do choro gemido um pedido.
Da morte mais um passaporte para o futuro.
Minha vida... quando vou te viver?

Foto de Felipe Ricardo

Angustia

Imagine voce em uma situação
De dor e despresso e simplismente
Esta demão atadas, podendo algo
Fazer, mas singelamente voce a

Espera passa e ver tudo aquilo
Que tu gostas se esvair, pois nada
Podes fazer e tu de repente senti o
Sorrateiro e siluoso prazer do ciume [...]
— "Não posso fazer isso e contra as regras,
Eu consumar tal ato por motivo tão
Futil e ignorante totalmente contra a
Minha razão... Quero sair daqui..."

Calmo estou ainda temos mais duas luas
Talvez caiodo estou, mas usarei minhas triste
E sabia essencia antiga contra algo que
Não pude evitar e de angustia me mato [...]

Foto de Emilio Ferraciolli

Essência de um Crime

O desejo de mudar é eminente.
A loucura de olhar para traz e ver como cheguei aqui.
Procuro incessantemente aquilo que me sacie;
a verdade maior que possa encontrar.
Enxergo caminhos que vão para todos os lados.
A indecisão de escolher o melhor.
Talvez não haja melhor?
Talvez o destino seja certo?
Vou ser eu mesmo!
E ficarei em pé sobre o crime que eu mesmo cometi.
Sobre aquilo que não pude mudar.
O que sou!

Foto de MarioC

Almas

Há em mim coisas que queria mudar
Há em mim coisas que queria manter
Mas, no fundo, a verdade
É que tudo o que quero mudar, mantenho
E tudo o que quero manter, mudo…
Porquê?

Às vezes, é estranha a forma
Como, dentro de um único corpo,
Podem habitar tantas almas,
E nenhuma ser melhor que a outra

É estranho como o certo e o errado
Se misturam dentro do ser
E formam uma mistura a que chamamos:
Humanos.

É estranho como o seguro e o inseguro
Batalham numa guerra sem fim
Usando o cérebro como campo de batalha
E o coração, inocente, como arma.

É estranho como, por vezes
Aquilo que mais odiamos,
é o que tendemos a ser
e não conseguimos mudar isso

É estranho como acabamos por sofrer
Seja qual for o caminho que escolhemos
E dizemos que o sofrimento nos faz crescer
Mas, se é para estar sempre a sofrer,
Porque crescemos?

E de um momento para outro
Conseguimos criar em nós
Mais uma alma
Diferente das que já tínhamos
Porque, as que temos, não chegam

Mas o mais estranho é sem dúvida
O facto de haver tantos, com tantas almas
E tantos outros
Sem nenhuma.

Foto de Carmen Lúcia

"Liberdade...ainda que tardia..."

Vago sem sentir o chão...
Estranha sensação...
Já posso voar?
Pra onde? Qual horizonte?
Ainda não sei...
Há muito o que desbravar.
Mundo sem fim...
Sem rédeas, sem lei...
Giro em torno de mim;
Vagarosamente, timidamente,
ao som de alaridos fantasmas,
apagando marcas de contundentes amarras.

É preciso conquistar meu espaço...
Me perco, me acho, me refaço;
alargo caminhos que traço
pra que não estreitem meus sentimentos
e neles transitem livres os pensamentos.

Liberto a liberdade
incrustada em meu âmago;
empoeirada, amedrontada,
escondida em minha verdade,
ameaçada anos a fio,
recuada aos desafios
de viver, renascer ...e ser.

Feito ave fora do cativeiro
alço vôo, embora rasteiro.
Solo, único, primeiro...
Rodeio e volto ao mesmo lugar;
Quero me redescobrir antes de partir.
Revelar o meu sentir...
Certificar-me de que não vou cair.

Procuro me equilibrar
mantendo-me firme e calma;
livre das correntes da alma.
E corro atrás dos sonhos...
Dos que restaram...
Os que não foram tragados
pela voracidade do tempo
que cobre e descobre feridas...
Da vida...

Um sopro de vento
dissipa a poeira, revela o brilho
de quem se escondia...
Vazia, sombria.
“Liberdade...ainda que tardia...”

Carmen Lúcia

Foto de gilsanjes

ampulhetacrônica

O começo ilude
O intervalo passa
O fim é trágico
Finalização
Dos tecidos da derme
Dos ossos ao cromatismo
Tudo se esvai
Mesmo o que parecia ser eterno
Do castanho ao musgo
Dos músculos a flacidez
Da altura ao encolhimento
Da voz a rouquidão
Mansa transformação
Que estraçalha o belo
Degenera o sentido
De um quarto
De uma cela
De um apartamento.
Só ou acompanhado
Todo começo ilude...

Foto de Felipe Ricardo

O Ultimo da Noite

Perdão lhe peço, pois se esvair
Minha inspiração e não sei o
Que escrever, mas assim o faço
Assim o dou a vida que com voce

Sempre vai tudo vez que tu de
Meus olhares se distancia e a
Sua morada parti e partindo meu
Coração em dois a ti entrego
Uma parte para que de pretexto
Sirva para novamente lhe ver
Pois em solidão me faço ao te
Ver indo e indo para lugares

Onde não sei ir e mesmo em
Pensamentos me perco tentando
Achar-te menina que tanto gosta de
Ser chamanda assim. Boa noite menina

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