Blog de gilsanjes

Foto de gilsanjes

RECENTIMENTOS

A saudade é dor sem fim
O silencio mensageiro
A solidão é ruim
O amor é passageiro

Corpo e alma naufragados
Em rios de salso cristal
Sentimentos consternados
Onde o querer é vital

Quero a saudade sem fim
Quero a solidão ruim
Quero o amor passageiro

Quero o corpo naufragado
Sentimento naufragado
E o silêncio mensageiro

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Deus do amor

Você veio de longe...do teu infinito
Acalmar-me desta dor

Vem tirar-me do desamor...
Trazendo em teu olhar bonito
Toda a magnitude do amor

Você veio trazer...Deus do amor...
Nas tuas mãos, o caminho para o teu infinito
Trazendo em teu rosto, a suavidade da flor

Deus do amor...
Vem ficar com este coração aflito
Que encontrou em tuas mãos.. o amor
.a cura para a dor...

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gil da rua

Sou o Gil de Diadema
De vaidade caudaloso?
Ruminando desatino,
Gil de sempre tão formoso

Gil de barro amassado
Espremido por demais
Nas olarias do destino
Gil igual, barro não faz.

Gil de pensamento aberto
De fechado seu destino
Convive com a solidão
Mesmo tendo alguém por perto

Gil de Sanjes batizado
É pagão por natureza
Tem certeza do passado
E um presente de incerteza

Gil guerreiro, Gil valente,
Leva em punho a sua espada
Mil conquistas, mil vitórias,
Gil do tudo, Gil do nada.

Gil de sensibilidade
Coroada como a lua
Gil da vida sem abrigo
Gil de casa, Gil da rua

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adjetos

Saudade bateu no peito
Solidão deixou entrar
A alegria foi embora
A tristeza quis ficar

Saudade ficou na sala
Tomou conta do sofá
Solidão foi para o quarto
Com a tristeza se juntar

Quando amanheceu o dia
Esparziu a alegria
Com tenra recordação

A saudade se mandou
Nem a tristeza ficou
Só a velha solidão.

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adeus

Decidi não te querer
Quero agora a solidão
Estou cansado de sofrer
Guardarei meu coração

No egoísmo mergulhei
Quero um amor só meu
Dos amigos me afastei
Apostando no amor seu

Mas você não deu valor
Não me deu paixão ardente
Afogou-me em dissabor
Fez de mim homem carente

Nesse jogo maldito
Me fizestes um perdedor
Penso que estava escrito
Eu viver sem seu amor

Por isso não quero mais
Ser escravo da paixão
Nosso amor ficou pra traz
Livre esta seu coração.

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a saudade

Quem já sentiu saudades
Sabe o quanto ela é ruim
A Saudade é bandida
É feito pelo não feito
Ardendo dentro de mim
Saudade é tombo na arena
Piseiro no coração
Seja loira ou morena
Laçando este peão
Grande ou pequena
Saudade joguei no chão

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ampulhetacrônica

O começo ilude
O intervalo passa
O fim é trágico
Finalização
Dos tecidos da derme
Dos ossos ao cromatismo
Tudo se esvai
Mesmo o que parecia ser eterno
Do castanho ao musgo
Dos músculos a flacidez
Da altura ao encolhimento
Da voz a rouquidão
Mansa transformação
Que estraçalha o belo
Degenera o sentido
De um quarto
De uma cela
De um apartamento.
Só ou acompanhado
Todo começo ilude...

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autofagia

Sentei-me a mesa
Fiquei analisando
Cada traço de meus movimentos
Foi ai que percebi
Como estou a mastigar revoltas
Soltas laudas de proteínas
No gosto da autofagia

Nos movimentos dos maxilares
Uma busca de minimizar
Os grandes delírios que engasgo
Na água que limpa os sujos
Estou observando
Cada reticulo endoplasmático
Como meus órgãos
Para gerar outros organismos.

Força latente nas veias
Os grãos dos sonhos
Distribuídos pelo corpo
Fico me olhando sentado
Um prato sobre a alma
Um corpo sobre a mesa
Dou-me um olhar irônico
Volto-me para meu corpo

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amordaçado a voce

Teu nome foi um sonho passado.
Foi um murmúrio eterno em meus ouvidos.
Som de uma harpa que embalou me a vida.
Foi um sorriso dentre os gemidos,
Teu nome foi ecos e soluços.
Entre as minhas canções, entre os,
Meus passos.
Foi tudo que eu amei, que eu resumia dores,
Prazer, ventura, amor e canto.
Escrevi nos prados verdejantes
Com as flores de uma rosa
Há quantas vezes na asa perfumada
Correu da brisa serena,
Pois os prados secaram,
E guardados no peito
Ficou saudades ou maldições, de um amor...
De seu amor...
De nosso amor...

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BARQUINHO DE PAPÉL

Chuva fina afaga o leu
Vento forte afaga ao leu
A deriva em alto mar
Meu barquinho de papel

Nevoa no olhar
Afogando o azul do céu
A deriva em alto mar
Meu barquinho de pape

Horizonte apagado
Meu barquinho orvalhado
Lagrimas que caem

Maré brava, maré mansa,
Meu barquinho é uma nuança
Utopias que não saem.

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