melancolia

Foto de Carmen Lúcia

Tentando recomeçar...

Desfaço os laços que nos mantinham atados.

Agora sós... Cada um pro seu lado...

Restam os nós, que o tempo vai desatar...

Que a vida há de apagar...

E a imensa bagagem de experiência,

anos a fio, conflitante convivência...

Páginas de um livro que quero virar...

Enredo desgastado.Um novo virá?

Cada um por si, sem hipocrisia, sem medo...

Reconstruindo outra história, sem pompas, sem glória.

Apenas uma simples e verdadeira história...

Criamos uma redoma...Seguiremos imunes...

Da dor, do desamor...Sairemos impunes...

Dos vendavais ou fortes temporais.

Nosso alicerce é de pedra e seguro,

nossa janela isenta de mau agouro...

Nada poderá nos derrubar...

Fortalecidos hoje estamos...

Ouso dizer que nos salvamos.

(Carmen Lúcia)

Foto de Jessik Vlinder

CRISE...

Talvez eu tenha mesmo que viver sozinha. Seria mais fácil para o resto do mundo, para mim... não faço idéia do que seria. Eu poderia ficar louca, ou poderia finalmente encontrar minha sanidade. Poderia me desesperar e fugir ou simplesmente me encontrar perdida em cada recanto.

É ilusão acreditar que sei compartilhar. Sinto que nunca me dou inteiramente, que sempre guardo uma parte de mim, só pra mim.

Eu quero correr! Correr para fora de mim e quem sabe assim me enxergar plenamente. Ou eu deva apenas fechar os olhos por algum tempo e esperar que as respostas venham de dentro.

Preciso ficar sozinha! E não sei por quanto tempo.
Não consigo ficar sozinha... Parece tão simples! Tão óbvio! Mas não consigo! Quero fugir de mim!

Eu estou sozinha?... Eu me sinto sozinha (AGORA), completamente sozinha, perdida no meu mundo, perdida nas minhas idéias e conclusões inacabadas! E se eu fechar os olhos? Tenho vontade de chorar... Tenho raiva de mim agora! A única certeza é de que eu DEVERIA estar sozinha...

Como poderiam me amar se soubessem que sou assim? Ou continuar me amando?! Como eu mesma posso me amar?! É como se eu não tivesse um eixo, um ponto de equilíbrio. Como se houvesse sempre uma parte inconstante impedindo uma rota não variável!

Foto de Carmen Lúcia

Viaduto (in memoriam)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo, escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feito suicidas, enclausurados pela dor...
Sombras que assombram, que retratam o desamor
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Vento Noroeste

Vens assim de repente
qual vento noroeste
que tudo desarruma e desveste,
mormaço quente, passional,
precedendo temporal...
Redemoinho de efeitos
arrombando janelas,
varando por elas
como um vendaval...

Vens feito ciclone
desrespeitando espaços
desfazendo laços
varrendo ilusões...
Um festival de arroubos,
de impetuosidade rompante
nesse teu ar petulante...

És o dono da situação,
desnudas os sentimentos,
roubas os melhores momentos,
deixas marcas da paixão...
E vais assim como vens,
devastando os lugares
nublando céus
agitando mares
causando desolação...

Fruto da adversidade,
senhor da insensibilidade,
devorador de emoções.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

VITÓRIA TRIDIMENSIONAL

Qual numa tela de cinema
capto com a emoção
no giro do coração
cenas da minha querida Vitória...

No anúncio da primavera
a explosão cor de rosa dos ipês
que descortino da janela do meu AP.
Admiro e me encanto...

Nos bulícios do cotidiano,
vindos nos tititis dos bares dos desenganos
o país discutido com seu rígido código de regras,
defraudadas atrás dos panos.
Participo e desafio...

Nos mares macios de Camburi
barquinhos a deslizar
ao sabor do vento nordeste,
gaivotas sobre os mastros
e o cantar dos bem-te-vis.
Emociono-me, relembro e sinto saudades...

Nas favelas, donde se descortinam lindas paisagens
a fome, a miséria, a dor,
mãos esmolando um pouco de amor
cartazes com rostos mentirosos
encobrindo a visão.
Grito em versos minha revolta...

Nos bairros nobres
olhos espiando pela vidraça,
desviando o rumo do olhar,
buscando alento
num pedaço de safira do mar.
Entendo e sei que um dia gritarão...

E sem muitas alternativas,
nem grandes expectativas
estendo sobre a relva o tatame
e celebro a vida com seus altos e baixos
nesta minha ilha que eu amo de paixão
e que nem poluição do pó de Tubarão
ocultará esse sentimento
arraigado nas profundezas do meu coração...

Carmen Vervloet

Foto de CarmenCecilia

TIQUE TAQUE VÍDEO POEMA REFLEXIVO - SONINHA PORTO

POESIA: SONINHA PORTO
EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA

Foto de Felipe Ricardo

Poesia Em Vermelho

De repente um barulho
E tudo parece um formiqueiro

Sirenes tocam, gente fala, grita
Chora, ri e praqueja por alguem

Um silencio... Um corpo estatico
No chão e no asfalto sua ultima
Poesia se escreve em vermelho

Foto de Felipe Ricardo

Poesia Em Vermelho

De repente um barulho
E tudo parece um formiqueiro

Sirenes tocam, gente fala, grita
Chora, ri e praqueja por alguem

Um silencio... Um corpo estatico
No chão e no asfalto sua ultima
Poesia se escreve em vermelho

Foto de robson oliveira

Para onde vai o amor

Pra onde vai o amor quando não estamos amando?
Onde ele mora?
De que se alimenta?Com quem vive?
Será muito longe? Será aqui perto?
Mas por que ele some?
Será que ele morre mesmo?
Apenas adormece?
Mas se ele nasce, se alimenta, adormece e morre.
Então ele é uma pessoa, ou um animal.
Acho que ele é realmente um animal selvagem
Pois ninguém consegue dominá-lo
Muitos tentam explicar, mas não conseguem.
Uns dizem que é sem explicação
Outros que é uma coisa que nasce e vem de dentro
Cada um acredita numa coisa. Numa forma
E têm outros que nem acreditam
Mas ele vem sem pressa
Fica ali como quem não quer nada
E quando você percebe esta presa a ele
Faz de você um escravo
Chega de mansinho, te domina e te aprisiona.
E no final te abandona. Mas e daí pra onde ele vai?

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