melancolia

Foto de diny

Foto de Carmen Lúcia

A vida e a dor

A dor de uma separação
não há o que conforte;
o sofrimento é tanto
que a vida sepulta
mais que a própria morte.

Ficamos cambaleando,
perdemos a rota
sem perceber
que a vida continua,
lá, bem distante, 
fora de nosso alcance.
Desafio de gigantes...
 
Ter que continuar
com a ausência
de quem foi tão presente.
Ter que se conformar
com a lacuna imposta
diariamente...

Reagir positivamente
sem velar a dor eternamente
para que não nos percamos de nós,
entregues ao que jamais virá a ser
novamente.
 
Reconstruir a vida
partindo através da chegada...
e não da partida...
Sermos maiores que a dor que vivemos,
nos amarmos para resgatar o que perdemos.
Livrarmo-nos dos lixos afetivos
que nos fazem depressivos.
 
Escancarar portas e janelas
e esperar o novo que irá chegar...
Viver a esperar...
e acreditar...
 
 
 
_Carmen Lúcia_
 

Foto de Paulo Gondim

Renúncia

RENÚNCIA
Paulo Gondim
05/02/2012

Tua vontade não condiz com tua vida
Elas se desencontram, passam longe
Não te satisfaz, virou compromisso
Num contrato que já não pode ser cumprido

Teus desejos não se realizam
Ficam contidos, reprimidos
Como fruto que não consegue amadurecer
Abortam, nuca se tornarão vida...

Tua coragem, aos pouco se afoga
E, como teus desejos, se torna estéril
E nem tua vontade, teus desejos e tua coragem sobrevivem
São apenas cansaço, buscaram outros caminhos

E, já que não há mais vida, mas apenas mágoa
Melhor esquecer o desejo, a vontade, o querer
Cerque-se da solidão, da indolência
Da indiferença, da renúncia à vida, ao viver

Foto de carlosmustang

'Desculpe meu amigo, não dá pra segurar'

Geralmente deixa-se que a gata viva
Pra que ela sobreviva, e zombe
Pelo babaca que fui

E depois que eu partir, ela...
Chore verossimilmente, porque o tempo passa
Amor apaixonado é pedra
Diamante de primeira!

Puxa! Quando o amor é demais
impossivel jogar fora....

'Porque não se resolver com uma boa conversa, carinho, paciência, exemplos'

Foto de diny

LÁGRIMAS

Foto de Carmen Lúcia

Noite sem mácula

Antes que a noite anoiteça
quero apagar os vestígios
deixados na tarde e manhã
de um dia triste e nublado,
feito um poema inexpressivo,
insensível e inacabado.

Antes do cair da noite
quero limpar as fuligens
lançadas ao ar pelo vento
criando funesto cenário,
mudando a contragosto o tempo,
mostrando a luz de um sol imaginário.

Antes que a noite apareça
quero varrer os escombros
da manhã e tarde falidas,
ausência de cores, fragrâncias esquecidas,
livrar a alma de desastrosos presságios,
preparar o solo para o cultivo de sonhos,
plantar girassóis dourados e risonhos...

Quero a noite de lua cheia, envolvente,
estrelas incandescentes, saltitantes,
encobrindo rastros de mazelas
de um dia frio e agonizante.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Vervloet

Conexão Saudade

Olhando para esta chuva que do céu escoa,
eu lembro com saudade do meu passado,
meu pensamento, leve flutua, feito canoa,
num lago que eu guardei intato, puro e azulado.

São transparentes as águas deste lago
e nele mergulho sem nenhum medo...
Das profundezas surge um velho mago
que reconstrói em lembranças um doce enredo.

São cenas de uma infância livre e feliz
num lar construído com todo amor,
meu pai meu herói, tronco e raiz,
minha mãe meu aconchego, perfume e flor.

E no calor que emanava daquele abrigo,
feliz e tão segura eu me sentia,
guardada e protegida de todos os perigos,
com a felicidade em plena sintonia.

Olhando para esta chuva que do céu escoa
e bate como contas em minha vidraça
a saudade no meu peito seu canto entoa
lembrando que, com pressa, a vida passa.

Foto de Arnault L. D.

Noturno

Ao amor que me regê
não cabe olhar o dia.
Busca a tênue bruma, fria,
da noite que nos protege.

Não convém sair ao claro
e assim vive escondido.
Entre os detalhes, diluído,
Doçura num bitter amaro...

Não me atrevo além do luar,
ao esmiuçar da luz, direta.
Qual o morcego, que incerta,
no temor da aurora voltar.

Mas, não duvides, é amor.
Verdadeiro, triste e cálido,
como a luz de um prata pálido
num reflexo de sol, sem calor...

Vivo na obscura distancia,
o breu sonambulo de alfombra,
pelas frestas do não, e sombra,
acalento desejo, boca e ânsia...

Mas, o sinto, e à noite integro,
como irmão da sombra incógnita,
oculto satélite, por ti a orbita,
imerso no breu do espaço negro.

Sou no canto d'ave notívaga
que o ignorar diz mau-agouro...
mas, é tudo que lhe posso deste ouro,
o meu choro por ti na noite amiga.

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