angústia

Dias sombrios de reflexão
Não têm encanto,só escuridão
Neles reavaliamos as nossas vidas
E também choramos as paixões já perdidas

Não têm brilho...não têm encanto
Só saudade,tristeza,dor,acalanto
Nada vemos senão nuvens negras
Agonia,solidão,medo,incertezas

Dias sombrios esconde a beleza
É coberto de frio e tremenda tristeza
Neles é que choramos ao relembrar
A incapacidade nula de não poder amar

Na escuridão ouvimos então um grito
Como o pedido de socorro de alguém aflito
Lágrimas,sangue,dor...tudo perdido
Dias sombrios levou outro alguém querido

Primeiro houve o silêncio
Um enigma sem fim
Depois um estranho olhar
Diferente do costumeiro
As palavras quase não saíram
Uma dor senti no meu peito
Parecia um pesadelo
E eu queria acordar
Logo as lágrimas rolaram
Não conseguia entender
Mas acabou...
Tão singelo quanto começou

Por trás de cada sorriso, uma lágrima
Um suspiro, uma dor escondida
Presa e espremida na densa ferida
È a triste reação quando você se aproxima

Tento entender meu amor por você, mas não consigo
É misterioso demais...Incompreensivo demais
Apenas transmite a esperança de um jamais
Só que tanto dói e sufoca quando me chamas de amigo

Quando nos olhamos notamos um no outro tristeza
Nossos olhares é a única certeza que o amor ainda vive
Quando sozinho, és a melhor sensação que já tive
Percebo então a intensidade de meu amor sem incerteza

É muito bom relembrar o passado que vivemos
Mas é triste observar o presente que predomina
Não é bom chorar o que passou minha pobre menina
Resta viver nossas vidas e pensar no futuro que não tivemos

Já disse uma vez o poeta: "O amanhã não nos pertence"
Um dia vamos viver cada segundo perdido
Revelar os mistérios a tanto tempo escondido
Provar então ao mundo que o verdadeiro amor sempre vence

Simplesmente não há quem nos possa libertar
Seremos prisioneiros até morrer
Qual cadeia hedionda a atormentar
Olhamos pra trás tentendo esquecer

Acorrentamos em nosso íntimo o passado
Queremos fugir do presente
Pois no futuro queremos ser libertados
Da prisão de idéias que tanto nos ressente

Em nossas mentes se erguem as muralhas
Que cada dia crescem sempre mais
É como se estivéssemos numa mortalha
Nos deixando a esperança dum jamais

Prisioneiros somos nós
De uma forma ou outra em cadeia nós estamos
E sob as grades dos ventos emitimos nossa voz
E sem chaves prisioneiros nós ficamos