Blog de Eddy Firmino

Foto de Eddy Firmino

MYSELF

Quem sou eu?
Já nem sei
Talvez uma exalação
Sou a mágoa
Sou a própria emoção

Sou o sol, a chuva a primavera
O porto seguro
Sou eu a própria espera

O analítico
O sintético
Perplexo
Ou simplesmente poético

O levantar
O deitar
Eu sou o despertar

O universo, a fantasia
Talvez seja eu
A inspiração da poesia

Quem sabe a insanidade
Ou aquele que procura
O intangível
Serei eu a própria loucura?

Pode ser que eu seja apenas
O olho que te vê
Talvez nem seja eu mesmo
Sou simplesmente Você

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BIOGRAFIA

Andando em círculos estou
Fugindo de mim mesmo eu sei
Já nem sei mais quem eu sou
Ou quanto tempo assim já passei

Só sei que nas minhas andanças
Trago nas mãos cicatrizes
Carrego na mente lembranças
Do passado das minhas raízes

No peito ainda dói as feridas
De amores que não voltam mais
Foram tantas as idas e vindas
De sonhos que ficaram pra trás

Agora tudo jaz tão sombrio
E a noite ficou mais escura
No quarto um eterno vazio
Apenas eu, com a minha loucura

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O último poema

Eis que um dia tu chegaste
Tão lentamente e tão de repente
E aos poucos a minha alma amarguraste
Tão intensamente e tão totalmente

Me levou da sanidade à insanidade
Matando,dominando,esvainescendo
Como um louco fui perdendo a sobriedade
Outrora um bom rapaz e agora enlouquecendo

Só não destruiu a luz que me ilumina
E um dia, quase morto, resolvi renascer
Deus não abandona quem a ele se aproxima
Para aos poucos retornar a reviver

Tanto tempo já passou que nem sei mais
Foste embora da mesma forma que chegou
Eis que agora só o que é bom me satisfaz
Meu bom Deus a minha vida iluminou

Ainda lamento os meus dias de tolice
Relembrando os dias de outrora tão carente
Mas de tão feliz renscido como eu disse
Por que foste embora simplesmente, lentamente
e tão de repente...

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Homicídio em primeiro grau

Tudo acabou...
Em nada mais que um segundo
Num barulho seco, engasgado
Assim acabou o meu mundo
Tirado, roubado...
Sem poder nem mesmo despedir-me
De todos que havia amado

A sentença foi aplicada sem julgamento
O réu era eu, mas o crime nem foi explicado

Agora ficou o vazio
Que antes por mim era ocupado
A doce lembrança de alguém
Que foi desta vida tirado

(*) Poema dedicado a Francisco Júnior. Grande Amigo. Muitas saudades!!!!

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A LÁGRIMA

Podem ser de alegria
Ou senão de tristeza
Expressando agonia
Dor ou incerteza

Elas rolam na partida
Mas às vezes na chegada
Há quem as deixe contida
Numa alma amargurada

Ela vem na emoção
No mundo da fantasia
Brota do coração
Germina na poesia

Há quem a expresse no ódio
No âmago do sentimento
Os vencedores no pódio
E os perdedores no lamento

Acompanha os poderosos
Ou aquele que é mais frágil
Companhia dos pesarosos
Segurá-la não é fácil

Pura, cristalina e tão bela
Na alegria, na dor e na lástima
Não importa o sentimento que revela
Ela é simplesmente: Lágrima

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Vencer é possível

Basta querer
Ou simplesmente acreditar
Retroceder e vencer
Não simplesmente sonhar
Derrubar as barreiras
Ultrapassar os limites
Tentar outra maneira
Mesmo que possa sangrar
Desafiar a gravidade
Voar...voar
Levantar e cabeça e dizer
“Eu quero!”
“Eu posso!”
E a vitória virá.

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FAMÍLIA

Nossos laços se formaram
Há tempos, muito tempo
Alegrias, lágrimas, abraços
Amor, casa, sentimentos
Sala, nossa sala
Antigos filmes e retratos
Juntos, todos juntos
Quanta bagunça
Cães e gatos
Brigas, muitas brigas
Confusão
Comida na mesa
Deliciosa, sabor de perdão
Minhas coisas, nossas coisas
A velha mobília
Nosso mundo
Nossa vida
Família... família

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VIRTUAL

Queria parar o tempo
Viajar na imensidão
Nem que fosse por um só momento
Até onde for meu coração

Quero projetar-me deste mundo
Em um instante
Cair num abismo profundo
Virtualmente constante

Queria gritar
Até não ter mais a minha voz
Retroceder no infinito devagar
E relativamente veloz

E quando à realidade retornar
Estarei entre sangue e lágrimas
Enclausurado em mim mesmo vou estar
Reascendo as minhas lástimas

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AMOR E AMIZADE

Ai de mim, minha doce menina
Vou morrer de amor...esta é minha sina

Não diga bobagens, meu caro amigo
Quem dera retribuir o sentimento sentido

Um dia acordei e senti tua ausência
Algo estranho doendo em minha inocência

Queria sentir a mesma ternura
Só para não ver-te em tamanha amargura

È algo tão forte...tão incontrolável
Leva-me as alturas como águia indomável

Então voe comigo meu bem...meu querido
Para então aplacar teu peito doído

Teu carinho não basta;não mais
Ficar sempre ao teu lado,isso sim me apraz

Então só nos resta a despedida
Para estancar o sangrar de tua alma contida

Um último pedido te faz meu desejo
Tocar levemente teus lábios no primeiro e último beijo

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ADMIRADOR SECRETO

Há um mistério em você
Ele é inexplicável e tão insondável
Está nos teus olhos, não sei...
Na tua boca talvez

Acho que louco eu estou
Ainda nem tenho idade
Mas vivo a te admirar
Sem saber o que é amar de verdade

Você tão pequena, tão grande mulher
Adjetivos intermináveis
Paradoxo, ortodoxo
Tua beleza, teu ser... Tão admiráveis

Agora tão tarde da noite
Perdido em meus pensamentos
Peito sangrando de dor
Meus sentimentos...

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