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Feito cordas mágicas
Retornam à barra
Em bandos, as gaivotas.
Ora seguem em curvas
Ora fluem em 've',
Ajeitam as asas rápidas
Para se fazer outra vez,
Então o cordão se desfaz.
Num passe de mágica
Tudo fica num nó
E o cordão se abre
Num instante só.
No fundo o céu, quase lilás
Cenário perfeito de outono
Para que meus olhos se entreguem
Ao torpor e ao abandono...
Quisera minha alma, quisera!
Que meu coração aos nós
Seguissem as gaivotas
Lançasse no rosado céu
As emoções, em tênues véus,
Sem se afastar dos mistérios.
E, sem perder a emoção,
Sem se afastar da razão,
Viver a magia do Eterno.
Marilene Anacleto
19/05/09