Eu tenho medo que um dia
A morte chegue. Mas é algo inevitável.
Mas meu maior medo é a covardia
Ou viver como uma erva daninha,
um vegetal.
Tenho na vida muitos planos,
Assim como todo ser humano.
E luto pelo meu ideal.
O que é viver de verdade?
Viver com medo?
Não, isso eu não aceito...
Melhor seria a morte.
Por isso escolho minha sorte:
Não sou fraca e nem forte.
Quero apenas liberdade.
Poder expor meus sentimentos
E viver com dignidade
Sem culpa ou lamento.
A morte não é apenas deixar de respirar
Ela pode vir antes, quando estamos ainda vivos,
Quando somos tolhidos
Esmagados e comprimidos
Pela sociedade dos oprimidos.
Não aceito piedade,
Nem quero viver só por viver
Não aceito compaixão.
E não tenho medo de morrer:
O que quero é liberdade de expressão.
Pois tendo esta liberdade, eterna posso ser.
Junho de 2007 Joana Darc Brasil*
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