Noites escuras caem sobre mim...
Noites sem estrelas,
noites sem fim...
Grito ao horizonte
já sem saber o que digo.
Onde está a minha fonte?
Onde fica o meu abrigo?
Nascem dias todos diferentes,
todos iguais;
que sem sentido
não dizem nada de mais.
Na nostalgia dos minutos que passam
o relógio na parede geme:
Tic tac, tic tac, tic tac...
E memórias seguem-se
densas, uniformes...
Os livros na prateleira
continuam por ler
e a caneta está cansada de escrever,
de se repetir
a dizer sem sentir...
É surreal o pensamento do poeta;
que mente no que sente
e sente no que não mente.
Surreal,
desleal;
o amante da morte certa.
27-02-06 Lídia de Sousa
Comentários
A @iram
Parece que real mesmo só o sentimento
que nunca, por maiores que sejam os braços,
pode ser ser completamente envolvido...
Parece que surreal...
Belo poema, belo jeito de sentir...
concordo
Concordo contigo. Por mais que a palavra engrandeça e transparessa o sentido, nunca este será ainda possivel de alcançar mas o amantte da palavra ainda que cansado não deixa de o tentar.
Lídia
Lídia de Sousa