Na favela
corre o menino
rumo ao lixão
do terreno baldio
pra tentar encher
o estômago vazio.
O natal passou
e nada foi diferente
não teve coca-cola
muito menos
algum presente.
O natal
passou por ele
mas não teve ceia
não teve paz
teve bala perdida
fome e dor
não teve Papai Noel
nem abraços
cheios de amor
apenas sonhos
jogados ao léu
Seu tênis furou a sola
e sua ceia foi a cola
pra manter
a fome ausente.
Mas nas casas
dos políticos
que dele
prometeram cuidar
teve champanhe
importada
e nobres frutos
do mar
Ceias milionárias
regadas por caros
petiscos
À custa do sofrimento
dos meninos aflitos.
(Sirlei L. Passolongo)
Direitos Reservados a Autora
.
Comentários
P/ Sirlei
Querida Poeta!
Esse teu poema é um grito contra esta despudorada desigualdade, que nos ofende e envergonha!
Deixa que junte a minha voz ao teu grito de revolta!
Um beijo meu
(Albino Santos)
A.S.
Sirlei/ Albino
Obrigada meu querido poeta,
e que seja ouvido por todos
para que naum tenhamos
mais que gritá-lo no futuro.
Outro beijo pra vc!
Sirlei L. Passolongo
Sirlei L. Passolongo