Natal

Foto de José Herménio Valério Gomes

O BEM DISSIMULADO

Numa idade de águas doces
Alimentava-me de meros sonhos
Todos os meus dias eram um hoje
Acordados em erros e medronho

Ao som dobre da Igreja
As crianças brincam às escondidas
Á luz de uma vela acesa
Numa casa de cartāo esquecida

E é ao voltar de qualquer rua
Que acredito ter sede de viver
Prostrado face à lua
Porque nas horas de sol desisto de ver

O tempo vai ditando-me quem sou
Deixando-me pensar, ser um livro
Que pleno de tristeza alguém negou
As páginas que eu persigo

Adicionando-me à loucura
Numa avenida sem árvores
Onde os homens amam às escuras
Acreditando voar como as aves

E quando chove lá fora
Tudo fica tāo húmido no meu conforto
O que foi dignidade vai embora
E este dia de natal ,nāo tem rosto...

zehervago 02/07/2020

Foto de Patricia Biase

Maria Selma

MARIA SELMA, POR QUE ESTÁ TÃO PARADA? ESPEREI TER SUA COMPANHIA NO NATAL E ANO NOVO, MAS VOCÊ NÃO APARECEU NEM PARA ME DAR UM ABRAÇO, NEM UMA LIGAÇÃO!!!!!! ONDE AGORA FAZES PONTO??

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de Maria silvania dos santos

No banco da praça

No banco da praça

_ Era noite de Natal, a qual foi marcada e não haverás outra igual, você tinha ido embora e já fazia tempo que não retornava, confesso que eu eu de te já sentia saudade, já fazia um bom tempo que não nos vimos e meu coração já sofria, sua ausência para mim, já parecia maldade...
Naquela noite, eu estava coberta pela solidão, sentia um vazio profundo no coração, te encontrar, foi para mim pura emoção, pois eu não esperava te encontrar naquela cidade.
Eu estava sozinha, perdida entre aqueles pisca pisca naquela linda praça, onde todos os casais gostavam de se encontrar, onde varias vezes já pudemos nos abraçar... Confesso que ali, eu de ti, queria um pouco recorda, disfarçar que a saudade aos poucos estava a me matar, confesso que senti um pouco de inveja ao observava lindos casais felizes e sorridente, e que cada um, com suas namoradas se sentia muito contente...
Mas ao tanto observa, e eu em passos lentos aproximar, dirrepente pude notar que, entre todos os bancos daquela praça, em um deles, entre o espaço mais florido, apenas uma pessoa se sentava, também notei que, estava olhando em minha direção, seu olhar me chamou atenção, quando dirrepente!
Seu sorriso foi certo como flecha afiada em meu coração!
_ Era você!
Você se levantou e sorrindo vinha em minha direção, parecia um sonho, um sonho o qual eu jamais queria acorda...
Meu coração quase não pode suporta,ele pulsava em disparada, eu não pude me controlar, tive que agir pela emoção e me atirar em seus braços, simplesmente não deu para resistir e tive que seu abraço sentir...
Ver você sentado alí no banco da praça, dirrepente vindo em minha direção, com aquele sorriso e olhar de homem apaixonado, me deixo com o coração em disparada...
O amor tomou conta de todo o meu ser e novamente me sentir renascer...
Ao seu lado para sempre quero viver!

Autora; Maria silvania dos snatos

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

Recordações

Caramba, onde foi que nos perdemos, aqui esta tudo que construimos, perfeito intocavel, o Trem do Professor Marcelino as poesias lindas da Angela Lugo, Darshan Carmen Cecilia, Carmen Lucia Graciele Gessner, YapRose, Poderrosa, Joaninhavoa, Thereza Cordioli, Fernanda Queiiroz e tantas e tantas poetisas e poetas. Em algum momento cada um foi para um lado e Poemas ficou esquecido, mas hoje voltei aqui e reli comentarios magnificos que recebi poesias lindas que li e tudo isso me deu uma melancolia uma vontade de reviver tudo, tentarei voltar mais vezes, vou voltar a postar algumas coisas minhas por aqui, mas em especial quero desejar a todos um feliz Natal e um ano maravilhoso.

Foto de Carmen Vervloet

Já é Natal...

Quando a cidade se veste colorida,

quando o clima favorece a reflexão,

quando os pisca-piscas instigam o espírito,

quando o “Jingle Bells” emociona o coração!

Quando a cozinha exala aquele cheiro gostoso de rabanada

e as crianças rogam para que as horas sejam abreviadas,

com o sapatinho sob árvore de natal na sala toda arrumada,

na esperança de que seus sonhos

caibam no tamanho da sua ilusão!

Quando o Menino-Deus sorri trazendo bênçãos e paz

e o mais duro coração é capaz

de doar afeto, carinho, delicadezas, afeição

e sem nenhuma outra razão envolver-se

totalmente no manto resplandecente do amor

oferecendo as mãos sem nenhum pudor!

Então já é Natal, Jesus nasceu no coração.

Foto de Maria silvania dos santos

JESUS é o REI!

JESUS é o REI!

_ Vamos nos festejar, nossas bençãos contemplar...
È vinte e cinco de dezembro, é comemoração do nascimento do pequeno e grande menino, o nosso Cristo JESUS.
JESUS, o qual por nós morreu lá na cruz...
Mais uma vez é Natal, uma estrela no Céu deu sinal...
É o anuncio do Anjo aos pastores, o nascimento do Cristo JESUS.
JESUS é o REI, o grande Rei que em breve irá arrebatar-nos de todo o mal...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de carlosmustang

TENTACULOS Y

Hoje to esperando você
Tempos ti desejando á amar
Angustiando por nã ti ver
E todo final de ano, á findar

Te beijar, fazer amor, é natal
Apaixonar pelo seu semblante
Embevecer nesse instante
Viver nessa constante

Desejar mais perfeita
Em ver seus defeitos(puro)
Julgando e entregando

Obriga me voltar lá
Farrapo, preciso sim
Hei de morrer, amando a ti

Foto de José Herménio Valério Gomes

UM CUMPRIMENTO DE UM DIA INEXISTENTE

Como num circulo màgico,vagueio dentro
Embrulhado numa nuvem de indecisöes
E näo sei se é passageiro este sentimento
Que parece uma dança de ilusöes

Onde o meu mundo està de volta
Trazendo nos meus sonhos um espaço de amor
Que posso abrir sem chave nem porta
E as minhas janelas väo para onde eu for

O horizonte que avistam os meus olhos aflitos
Säo um percurso de curta distancia
Que me levam para uma pista de circo
De retorno a uma infância

Os brinquedos estäo amontoados
E todas as atitudes servem para brincadeira
Jà nada pode reaver o passado
Este envolvido ,no que podemos recuperar numa sucateira

Jà estamos neste perfume de natal
Onde encontro as ruas sem cor
E a hipòcrisia é natural
Num pinheiro decorado sem amor

Faremos as crianças acreditar em um mundo como seria
Que existe mas näo està entre nòs para sempre
Näo vamos destruir uma tradiçäo de mentira
Que serà consumido ,comprado e doente

Vamos soltar entäo gargalhadas, sem insultos no estranho
Que nos fazem mais felizes,quando cumprimos este dia
Para recomeçar-mos a òdiar-nos como amamos
E é num abraço de semi-saudade que abandono a poesia

No interior do meu mundo é ali o bem que eu fico
E näo tem lugar para uma farsa de natal
Onde eu me sinto num présente com fita de autismo
Vou me apagar nas luzes e acordar para cumprir o pròximo dia que serà CARNAVAL....

zehervago
Carouge 16/12/12

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