A distância inóspita e hostíl
Que vive as margens do tempo,
Lançou minha esperança ao vento
E como um náufrago ao léu
Eu chorei e naufraguei.
Naufraguei como uma barca vazia
Levada pelo vento,
Sem âncoras nem garras,
Sem amarras.
Sem varais nem mastro,
Sem rastro.
Só você no pensamento...
Quando o mar,
Chicoteando os corais de um atol
Lançou-me sobre a area branca
Incendiada pelo sol
Que acolheu-me.
Sobreviví...
Hoje volto,
Supondo então encontrar-te
E ao olhar em teus olhos
ver submerso a história de um passado,
Quando juntos navegamos
No mais calmo dos oceanos.
Mas... ao reve-lo,
Pude ver em sua alma
O desejo que sobreviveu,
A indagar por que não sou sua
E por que não és meu...
Ronita Marinho
Registro BN
Comentários
4º Concurso / Ronita Rodrigues de Toledo
Oi, Ronita!
O último estrofe valeu pelo poema inteiro...
"Mas... ao revê-lo,
Pude ver em sua alma
O desejo que sobreviveu,
A indagar por que não sou sua
E por que não és meu..."
Bravíssimo poema!
Desejo uma belíssima participação e sorte no concurso!
Beijos graciosos,
Graciele.
Visita-me! http://www.poemas-de-amor.net/blogues/graciele_gessner
Graciele Gessner.