O Amor chegou
E deitou-se à beira-praia,
A contemplar o infinito.
Banhou-se de toda a felicidade
Que encontrou
Na espuma, na água salgada, nas ondas
Do (a)mar.
Foi longe, quase até alto mar,
Voltou cansado de tanto se dar,
De tanto se juntar e lutar,
Mergulho bem fundo,
No ventre da sua ninfa
Para matar a saudade.
No oceano profundo,
Onde nada é impossível
Há histórias de Amor límpidas.
E o Amor despediu-se,
Até à próxima visita,
Porque ele foi visitar
A ninfa que não
O deixa dormir
De tanto a (a)mar.
Depois de um dia de loucura
E de tanto se fundirem,
Teve que regressar,
Já o sol se tinha posto.
Antes, porém, das lágrimas
Que corriam
Já de saudade de sua amada,
Voltou-se e disse-lhe:
«És a mais bela História
De Amor. ADORO.TE!»
E partiu com a tristeza no olhar
Por não ficar mais tempo.
Porque no fundo do oceano,
O Amor, que também é imperfeito,
Só pode ficar de vez em quando.