Visita

Foto de Senhora Morrison

O Aviso de Clarice

Era manhã de sol, bonita e incentivante, mas não para Clarice que a muito não reparava na beleza dos dias, ainda dormia, na noite anterior havia exagerado nos entorpecentes se encontrava ainda anestesiada, tinha que procurar um novo lugar para ficar estava preocupada até, mas o corpo já não correspondia. O contrato com o apartamento estava vencido e Clarice ainda devia alguns meses do aluguel, tinha uma vida corrida em meio a mentiras, dividas a traficantes e coisas do tipo. Não se preocupava em buscar um trabalho fixo, era jovem e muito bonita pra isso, o que queria trocava por “favores sexuais” e assim caminhava. Ouviu um barulho muito distante franziu a testa e esticou o pescoço tentando distinguir aquele som como se assim ouvisse melhor, identificou o inicialmente indistinguível toque, era o telefone, estendeu o braço deixando o corpo esparramado de bruços em seu colchão atendeu ainda tonta, era o Sr. Abreu, um velho imobiliário pelo qual procurara muito nos últimos dias, Clarice quase se arrastando levantou-se e tentou prestar atenção em tudo que ele disse fazendo caretas despertando a face ainda dormente, fez alguns rabiscos em um pedaço de papel qualquer, cheirou duas carreiras do para ela milagroso pó trocou-se nitidamente com dificuldade por conta dos exageros e com certa esperança foi ao seu encontro. Avistou o Sr. Abreu ao longe, um senhor robusto, cabelos brancos que usava um óculos gigantesco que só não cobria seu rosto inteiro porque este era muito largo, com uma barba mau feita que lhe dava um aspecto de desleixo e mistério ao mesmo tempo, lá vinha ele atravessando a avenida, Clarice era uma menina pequena, tinha traços finos, a pele alva, cabelos negros a altura dos ombros que realçavam ainda mais seus olhos igualmente negros, Sr. Abreu lhe cumprimentou e foi logo adiantando o assunto lhe entregou o molho de chaves da respectiva casa dizendo que não poderia realizar a visita com ela pois, tinha muitos afazeres pr’quele dia e como já estava acostumado com sua presença na imobiliária não via problema algum em deixá-la ir sozinha, ressaltou ainda que havia recebido a ficha daquela casa no final do expediente do dia anterior e que ainda não tinha tido tempo de vê-la pessoalmente, mas que segundo o proprietário ela se enquadrava no que procurava. Clarice agradeceu e seguiu sozinha para conferir a tal casa. Chegando ao destino andando pela rua que designava o papel escrito de forma quase ilegível pelo Sr. Abreu, foi observando tudo que lhe cabia aos olhos, a vizinhança, crianças uniformizadas com mochilas nas costas despedindo-se dos pais e entrando em seus transportes escolares, a rua arborizada que lhe trazia um odor do campo, tantas eram as árvores carregadas de inúmeras flores, as casas em sua maioria muito antigas dando o toque final a rua perfeita, estava entusiasmada, sentia que finalmente encontrara um decente lugar para morar. Agora era só não dar "bandeira" de nada, tinha que manter a descrição antes ignorada, assim não seria facilmente encontrada por seus credores. Entretida com o seu redor percebeu que havia passado do número indicado, voltou alguns metros e deparou-se com uma casa branca simples de muro baixo o que a fez lembrar da casa de seus avós marejando seus olhos, pois a muito não os via, conseqüência de sua escolha de vida. A casa parecia ser pequena, tinha detalhes de azulejo na parte superior da entrada principal como se fosse um enfeite em forma de quadrado, a casa era exatamente do jeito que queria, simples. Abriu o portão destravando uma pequena tranca e adentrou o quintal o qual se mantinha limpo apesar das várias árvores pela rua e em sua possível futura calçada, o que achou ótimo sinal de que o proprietário era zeloso. Na busca da chave certa para abrir a porta o molho caiu de suas mãos, ao se abaixar para apanhá-lo sentiu como se alguém estivesse parado as suas costas, ainda abaixada olhou para trás nada viu, não dando importância nenhuma a este fato, levantou-se e continuou a testar as chaves até encontrar a que servisse enfim, deu dois passos para dentro da casa e se viu numa sala espaçosa, espaçosa demais para quem a vê apenas do lado de fora, franziu a testa, era bem ventilada por uma grande janela que dava vista para a rua a que também pareceu menor do lado de fora. Estava a caminho da próxima dependência quando um forte vento fechou a porta principal as suas costas, voltou-se assustada e quando retornou seus olhos a passagem do outro cômodo deparou-se com um imenso abismo e duas gigantescas escadas uma a sua direita empoeirada, cheia de teias e com degraus de madeira quase toda podre e outra a sua esquerda limpa e iluminada com degraus de madeira vistosa que lhe parecia muito mais segura, ambas tinham o mesmo comprimento e a mesma nivelação, Clarice esfregava os olhos como a querer enxergar ou até mesmo entender o que diabos estava acontecendo, virou a cabeça repetidas vezes querendo encontrar a causa daquilo tudo girou o corpo em seus pés, apavorada segue pela escada da esquerda, mas não suporta a aflição quase a queimar seu corpo por dentro e desmaia.
Clarice recobra os sentidos ainda sonolenta lembra da visão que teve com os olhos ainda fechados, prevê que tudo não passou de um sonho, esfregou os olhos querendo despertar e viu que se encontrava num lugar que decididamente não era o seu quarto.
Inexplicavelmente sem medo algum, Clarice se levanta e olha aquele estranho lugar,observa tudo que lhe cerca sentia o ambiente pesado, soturno, era uma espécie de igreja, templo, com várias fileiras de bancos ordenadas simetricamente, uma arquitetura indescritível medievalmente gótica, iluminações como a de uma aurora austral entrava pelas várias vidraças com imagens horríveis de supostos demônios multicoloridos, todos a apontar para ela, sentiu um arrepio aterrorizar seus poros. Clarice foi andando em direção a um suposto altar por um extenso corredor, encostou sua mão direita em um dos bancos cheios de teia e pó percebeu então que em cada banco havia um cadáver,levou a mão a boca em um repentino e milimetrado susto, os corpos eram de negros escravos, imagens que a deixou enojada afirmando seu ódio por esta raça, não suportava negros abria exceções quando estes ofereciam uma boa quantia em dinheiro para usufruir de seus serviços sexuais, mas mesmo assim tomava um longo banho querendo eliminar qualquer resquício daquele maldito contato, de crianças lindas crianças muito bem vestidas, mas todas imundas e defeituosas de alguma forma o que fez Clarice agradecer todos os abortos que praticou, definitivamente não nascera para procriar, quando chegou ao fim do corredor a frente das fileiras de bancos foi caminhado para o outro extremo desse estranho lugar, viu que os outros bancos estavam ocupados por mulheres muitas mulheres vestidas de noiva. Sem esboçar nenhuma comoção ou medo, apreensão ou curiosidade talvez, dirigiu-se ao centro do lugar ficando de frente a um mezanino de madeira todo trabalhado com vários objetos como castiçais de aparência antiqüíssima e um grande livro visivelmente pesado aberto ao meio, atrás deste mezanino a figura de um animal com chifres enormes em forma de caracol e olhos vermelhos como rubis estampados na parede. Clarice olhava tudo aquilo hipnotizada, reparou então que suas vestes mudaram, estava igualmente vestida de noiva em uma renda branca com rosas negras espalhadas sutilmente por todo o vestido que marcavam muito bem as curvas de seu corpo, deixando-o insinuosamente sexy, sentia-se incrivelmente atraente naqueles trajes e se admirava como se não tivesse nada ao seu redor, em uma volúpia vil de si mesma. Sentiu seus ombros acalentados por calorosos afagos, Clarice rodopiou o seu caloroso corpo a seus pés e deparou-se com o homem mais bonito que havia visto na vida, este era alto, esbelto, cabelos negros e os olhos azuis mais inebriantes que poderiam existir, sorriu, o misterioso homem também lhe sorria um sorriso branco e confiante e olhava-a com um desejo descomunal, entregaram-se a um ardente beijo, Clarice foi tomada por arrepios voluptuosos desta vez, olhou novamente para aquele homem que lhe estendia os braços oferecendo-lhe uma rosa, uma negra rosa. Clarice sentia-se desejada como nunca havia sentido antes, esta sensação lhe trouxe um conforto que jamais experimentara sua pobre alma, não se importava em sentir-se amada não acreditava em tal sentimento tudo o que desejava eram os olhos masculinos devorando-a em pura cobiça. Isso sim era real o prazer carnal, isso sim podia-se sentir. Interrompidos por um estrondoso barulho Clarice volta a si, escutando uma voz que gritava:
_ Ação de despejo, acorde! Sabemos que esta aí!
Clarice remexe-se na cama não querendo permitir que lhe furtem aquele momento tão intenso percebendo então que estava sonhando, e enfurecida pensa: _ Será que nem no inferno eu posso me divertir em paz? Levanta-se para abrir a maldita porta e vê cair uma única pétala da negra rosa que ganhara.
Sorriu!

Senhora Morrison

14/05/2008

Foto de Cecília Santos

BONECA DE PANO

BONECA DE PANO
#
#
#
Esquecida num canto.
Sou uma boneca de pano.
Faço parte agora dos
brinquedos descartados.
Num torvelinho de dor
e de tristeza.
Vejo meus dias girando.
Girando como um pião
lançado ao chão.
Quantas vezes fui
feliz com você.
Quando me acolhia em seus
braços, e me embalava.
Brincando de mamãe
e filhinha.
Eram tempos de sonhos.
Onde eu me sentia uma
linda boneca.
Era como se eu tivesse
alma, igualzinha à você!
Hoje estou aqui jogada,
sou de panos e retalhos.
E meu coração que eu insisto
que tenho um, está em trapos,
em farrapos.
Meu sofrer é tamanho,
pois não vejo mais a luz do dia.
Dentro desta caixa prenderam
meus sonhos, minhas fantasias.
Estou esquecida por todos,
por você principalmente!
Fui substituída por uma
linda boneca.
Com roupas bonitas, charme
e beleza.
Não sei até quando vou permanecer,
neste lugar medonho, e escuro.
Você não mais me visita.
O tempo se anda, eu não sei, pois
nada vejo aqui dentro.
Mas ainda me resta a esperança.
De você me doar pra outra criança.
Ainda quero me sentir bonita
outra vez.
Quero passear, entre os jardins
floridos e perfumados.
Mesmo sendo uma boneca de pano.
Quero ser amada por alguém...!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/02/2008

Foto de Teresa Cordioli

Ahhh, se eu fosse normal...

.
(Que chato seria...rsrsrsr)

.

Ahhh, se eu fosse normal...

Ah nós poetas,
Que por outros,
Somos taxados de loucos,
quando tão pouco
querem saber
o que os poetas sentem!
Somos gente,
que desde muito cedo,
aprendemos a amar.
Somos apenas diferentes...
Loucos não!!!
Só porque vejo o vento?
Falo com a flor?...
Sou sensível ao amor?
Louca não sou...
Só porque namoro um beija-flor?!...
Ahhh pessoas normais!
Venham com a gente...
com os poetas,
sejam diferentes,
mudem o mundo,
e, em apenas um segundo,
construam a paz
escrevendo um verso de amor...
Não encostem-se em ideologias
não façam magias,
façam apenas poesias,
sejam voces sejam como for,
mantenham vossa imagem,
não usem aparências outras...
Penso, como eu seria
se normal eu fosse,
sem nunca ter visto
a fada da meia noite?...
Eu seria tão triste,
sem meus carneirinhos,
que cuido com carinho
em nuvens molhadas...
Fico pensando;
se eu não fosse poeta,
sem nunca ter
recebido a visita
da lua em quartos...
Ela que pela janela
entra em meu quarto
para ser a dona da festa,
em noites de poesias...
espalhando alegria,
em versos de amor...
Ahhh, se eu não fosse poeta,
louca seria,
por não acreditar
no amor...
Prefiro ser poeta,
entrar nessa festa
como "louca"
...e ter o poder
de trazer todos quem eu amo
para bem pertinho de mim.*..

Foto de Mentiroso Compulsivo

DOCE FRIO, FRIO DOCE!

.
.
.

Tenho frio!
Queria sentir a neve, como lençol
Para me agasalhar da luz do sol.
Como é frio este lugar,
Ainda não vi a luz do astro-rei
Sangue real de uma só cor.
Este rei que a vida venera em todo o lugar,
Mesmo que não se mostre, não se veja,
Ele brilha para além de nós.
Como é frio este momento sem fim.

Deixa-me pegar a Lua,
Mesmo que a noite fique de luz apagada.
Quero trazer a luz que brilha, mas não aquece.
Trás também as estrelas contigo,
Quero senti-las cintilantes dentro da minha alma,
Quero apagar toda a luz do céu.
Sentir o frio das trevas a descer sobre a terra.
Vaguear o meu corpo inerte por ai à sorte.
Sinto um frio cada vez maior,
Mas tenho que sucumbir à vida.
Sem a mistura das cores do arco-íris,
Ser um escravo da escuridão.

Foi neste momento demente de frio
Que percebi como domina o Sol.
E lá vem nascente em vaga de horizonte,
Rebrilhando fresco, recriado e forte.
Perfurando as nuvens, os montes e falésias.
Escorrendo pelos mares, rios e cataratas...
Impondo a cor por todo o lugar,
Nas árvores, nos campos, nas flores…
Que se alastra do vale até a alma da gente!...
Como um incêndio que arde e lavra
Por oceanos, polos e continentes.
Foi nesta noite com esta visita,
Inesperada e esquisita, que o frio me soube bem…

© Jorge 23.FEV.08

Foto de psicomelissa

hoje estou entusiasmada

GRAÇAS A TI!!

Meu querido o bem que mesmo distante tem feito por mim, me deu animo e vontade de voltar a amar, sabe:

Havia algumas coisas que a, mas de um ano me comprometia sempre a realizar, mas como sempre, uma desculpa arranjava pra deixar e em baixo dos lençóis permanecer e não conviver com ninguém evitava as pessoas da minha casa.

Confesso que hoje também tive vontade de dos lençóis não sair e mergulhar neles e permanecer como sempre andará a fazer. Mas não acho justo você ter uma pessoa pela metade, não você é deveras especial e importante pra mim que merece o melhor de mim.

Essas bobas tarefas que estava evitando realiza –lãs, hoje só me contentei depois de terminar de realizar todas elas, e ainda pensei em reformular outras coisas, um animo que nem sabia que tinha foi surgindo e me consumindo e quando me dei conta tinha passado o dia mergulhada em tantos afazeres e felizmente os lençóis não se apresentavam tão interessantes como antes.

É lógico, se você estivesse neles, pode ser que eu mudasse de idéia e juntos fizéssemos um amor, puro e intenso, pois sei que o que sinto é recíproco, o fato de você imaginar que pode me ter um dia como companheira lhe motiva pra realizar os seus deveres com mais animo e com menos pesar.

Como se isso fosse a luta pessoal de cada um de nós pra poder ter o outro ao seu lado. Primeiro arrumamos a casa pra depois receber visita, mesmo que está visita talvez venha fixar residência.

Afinal ambos almejamos um companheiro que nos compreenda e que faça que o outro cresça e se realize, pra que a nossa felicidade possa ser plena. Minha garganta embarga enquanto escrevo estas singelas palavras a ti.

A emoção em mim vive a flor da pele, e em ti não consigo deixar de almejar que o destino te traga pra mim.

Oh meu nobre cavaleiro te aguardo...

Enquanto tens que vencer suas batalhas e eu as minhas.... Se por acaso o destino lhe levar pra longe de mim, serei eternamente grata por tamanha ajuda que me deste, voltei a viver e devo isso a ti, mesmo que eu não seja a donzela escolhida, se me deres a certeza que felicidade plena vives, meu coração irá chorar por não te lo junto de mim, porem ficarei realizada por saber que a vida lhe deu o que merecia.

Ser plenamente feliz.

Mas confesso que oro a Deus que me deixe faze lo o homem mais completo deste universo, pois desejo te lo ao meu lado com seus defeitos e suas qualidades. Seu olhar de moleque que teme ser rejeitado, mas que luta de forma brava e ousada pra me conquistar e uma brecha ter pra falar comigo.

Mesmo que ao nosso redor tenha uma centena de pessoas falando parece que no universo todo só existe eu e você. Você faz com que eu viva emoções que almejei e depois descartei, pois julguei ser um tolo desejo (sonho) de uma adolescente que assistiu e leu muitos romances, mas que na vida real as coisas não acontecem como nos contos de fadas.

Você vem me mostrar que não devo desistir, os contos de fadas podem existir, é só permitir a emoção fluir.

Meu coração tem saudades de ver –te mesmo que seja breve ou a distancia seja gigante, ou mesmo de saber que está próximo de mim, mesmo que não esteja na minha presença.

Saudades eternas de ti....

Beijos calorosos.... Sua donzela que esperou a vida toda pra te encontrar...

Ps: venha logo me buscar...

Foto de psicomelissa

MEU DOCE MENINO PARTE II

MEU HOMENZINHO, QUE NÃO É MAIS UM MENINO

Meu menino, lindo
Que foi me consumindo
E aos poucos me deixando tinindo
Sua sensibilidade me deu coragem
Pra humanidade enfrentar
E a todos proclamar
Que é a você que vou amar
Pois aparecestes na minha vida
De uma forma indefinida
Deixando de ser vazia pra ser preenchida
Por sua visita.

A D. lua é testemunha
Que não existe mais lamúria
Só há então
Um desejo por ti
Meu meninão
Que fez no meu coração
Uma canção ...

Onde o amor e o desejo
Estiveram com medo
E hoje floresceram
Pra que todos entendam
Que nada temo

Afinal o que desejo
Não há mal e não é anormal
Só não somos formal
Por isso não se torna natural
Algo que não é banal
Como o nosso amor carnal

Que vai sucumbindo
E de mansinho
Parece um menininho
Que hoje já é bem crescidinho
E ama uma mulher
Tratando dela como sendo
Uma dama

Esta nobre dama
Teme esta chama
Que brota no seu peito
E inflama
Numa dor tamanha
Que só sendo uma dama
Pode ter o efeito
Onde não se vê defeito
No seu homem perfeito

Esta nobre donzela
Hoje não tão bela
Porque nela existe a amarga lembrança
Que uma criança
Deixaste ...
Afinal não fora tratada
Como uma nobre donzela tivera um dia à esperança

Hoje tudo se tornou perfeito
Pois em seu peito já não existe conserto
Tendo ele como prefeito
Um jovem e audacioso
A dor não existe senão
Na vida do anão
Que hoje não tem pão

Foto de Inês Santos

obrigada Dirceu/Fernanda e a todos

Vim fazer uma ultima visita ao site...
obrigado pelos comentários e principalmente pela coragem que me estão adar...pois a viagem não será fácil....ficarei afastada de todos os que amo e de tudo o que gosto....por uma questão de futuro...por isso não queria crescer.....evitava assim estas provações...
mas vou de cabeça erguida...e com coragem....vou enfrentar muitos medos...muitas questões ás quais não acreditava....mas vou...
fui....

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MINUTO DE SILENCIO"

MINUTO DE SILENCIO

Por favor, respeitem o silencio...
Não sei bem o que morreu...
Não sei se foi a inocência...
Ou o que foi que aconteceu!!!

Será que foi a verdade...
Ou a vergonha que sucumbiu...
Talvez tenha sido a seriedade...
Ou foi a decência que não resistiu!!!

Mulheres e homens importantes...
Assassinaram a confiança...
É melhor ficarmos calados uns instantes...
E acreditarmos na esperança!!!

O sentimento de altruísmo...
Faz muito tempo que não nos visita...
Na casa dele esta morando o egoísmo...
E o pior é que nele o mundo acredita!!!

Praticar a solidariedade...
O homem parece que esqueceu...
Esqueceu de vez a moralidade...
Acho que foi o amor que faleceu!!!

Foto de Maria Goreti

Parabéns "Poetas do Amor"!

Quero parabenizar aos vencedores do 4° Concurso.

Infelizmente ainda não conheço a todos, mas não faltará oportunidade.
Deixo aqui um grande abraço a:
Enise, Civana e Osmar Fernandes, que ainda não tive o prazer de conhecer;
PoderRosa, a poderosa Rosana!
Ceci-Poeta, a doce Ceci, muito querida!
Edson Milton Ribeiro Paes, de quem recebi recente visita e, confesso, amei!
Lou Poulit, que deixou em 22/04/07, um comentário gostoso em meu blog.
Albino, sempre atencioso, presença constante e amiga!
Carmen Vervloet, amiga real, querida, acertei quando te convidei para participar do Concurso. Sabia que não estaria apostando em vão!
Carmen Lúcia e Sirlei, minhas queridas amigas lá do Orkut, por quem tenho grande admiração, não restaram dúvidas. A minha tietagem é real!

Parabéns a todos os "Poetas do Amor"!
Sim, somos todos "Poetas do Amor" e por isto estamos de parabéns!
Mais uma vez parabenizo ao site “Poemas de Amor” e seus administradores pela organização e sucesso do 4° Concurso.
Obrigada pela oportunidade que nos foi dada de podermos mostrar um pouco de nossos dons literários.

Sucessos e grande abraço.

Feliz 2008!

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 01/01/08

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"O OBSERVADOR"

O OBSERVADOR

Senhor, o que tenho para relatar não será de seu agrado, O que, ouvi e senti nesta viagem a que fui por vós incumbido, não é digno de ti. Vaguei por todas moradas que me mandastes, percorri vales e aldeias, visitei cada coração existente na terra, perdoe-me Senhor, mas poucos serão salvos. Ainda que fosse dotado de tua capacidade de amar e perdoar, ainda assim não me agradaria com tudo que vi e que agora a ti relatarei.
Era inverno no continente Africano, quando aportei para esta missão de observação, cheguei a um vilarejo onde havia muita movimentação, as pessoas corriam de um lado para outro sem se entenderem, tudo acontecia nos arredores de um pequeno hospital. Aonde as pessoas chegavam as centenas, das mais variadas maneiras, no lombo de animais, na carroceria de caminhões, em ônibus, a pé, em fim, todas enfermas, estavam contaminadas por uma virose que em poucos dias ceifaria a vida de milhares de africanos.
Ali vi a precariedade das instalações, o pouco material de primeiros socorros, e, sobretudo o despreparo e a falta de amor dos profissionais envolvidos, Senhor, mesmo sabendo bastaria um gesto e muitas vidas seriam salvas ,nada pude fazer, pois a função a que me foi outorgada não me dava direito à interferência.
Era noite e a lua já ia alta quando cheguei ao continente americano, às portas de uma grande cidade dos Estados Unidos da América, minha condição era de um cidadão invisível, via e ouvia a todos, inclusive o que se passava em suas mentes, mas não era visto e nem ouvido por ninguém A minha função era de observar tudo e relatar ao meu Senhor, criador de todas as coisas.
Perambulei pelas ruas, vi roubos, assaltos, crimes, prostituição, vícios e muita pouca solidariedade, muito pouco amor, nem parecendo à terra de meu Deus. Visitei alguns lares a que fui incumbido e parti sem demora para outras localidades. Estive em todo o continente Europeu, Ásia, América do Sul, Oriente, em fim, visitei cada cidade de cada País de todos continentes, visitei também cada coração existente na terra, e o que vi Senhor, muito te entristecerá, vi irmão matando irmãos, vi incesto, presenciei catástrofes promovidas por lideres por pura vaidade, estive ao lado de pessoas que tombavam de fome em frente de armazéns lotados de comida se estragando.
Senhor, mesmo dotado por ti de sabedoria, muitas foram às vezes que tombei em prantos por saber que não foi isto que desejastes para teu povo.
Meu Senhor, vi também aquele menino se consumir em prantos pela perda de seu animalzinho de estimação, vi uma mãe com andar tropeço de fome levando as mãos o pouco alimento que conseguira para sua prole, vi também Senhor poucos homens comprometidos com grandes causas, vi mulheres com os rostos inchados preparando remédio para curar a bebedeira de seus algozes, Senhor de tudo que vi, poucas são as coisas que são dignas de ti.
Clemência meu Pai, é o que precisa o traficante, aquele que aniquila a família pela fome do dinheiro fácil, Clemência Senhor é o que precisa o político que trai a confiança de seu eleitor, clemência Senhor, é o que precisa o ladrão quando rouba a dignidade do seu semelhante.
Conheci homens ricos que varias gerações não seria suficiente para gastar toda sua fortuna, mas mesmo assim continuava a se aproveitar dos menos favorecidos.
Meu Pai, se é que posso opinar, se faz necessária uma interferência, que a majestosa benevolencia que emana de seu cérebro criador, varra toda extensão da terra para acudir aquele povo sedento de amor, compreensão, honestidade, mansidão e inteligência, que a justiça que teu nome é sinônimo seja uma constante na vida daquele povo, que se divide entre injustos e injustiçados.
Meu Pai, Senhor dos tempos, Criador de todas as coisas, Senhor absoluto de todo Universo, dono incontestável do passado, presente e futuro, perdoe-os, ensine-os e proteja-os de suas próprias falhas e ignorâncias.
Em certo lugar Senhor, via uma mãe se prostituindo para levar o alimento para seu filho, seu olhar era de satisfação, mas seu coração gritava de dor.
Conheci pessoas encarregadas de passar a tua palavra meu Pai, mas na verdade mentiam em proveito próprio.
O teu nome meu Pai, ainda é o mais falado em toda vasta extensão da terra, mas nem todas pessoas sabem do quão grande és tu.
Faz-se necessária, Senhor uma visita, para que os terráqueos relembrem a sua devida Divindade, muitos são os que chamam por ti, o resto precisa urgentemente de teus ensinamentos.
Meu Pai, tudo que vi e ouvi sempre terás acesso ao meu intelecto e ao meu coração, mas Senhor, se é que posso te farei um único pedido, continue abençoando o povo Brasileiro.

Edson Paes

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