Vinho

Foto de JORMAR

Brincar Contigo

No nosso amor, tu dás-me a mão e convidas-me para sair; brincas comigo e eu gosto; bebemos vinho e chopinho e ficamos ébrios; passeamos à beira-mar e nos beijamos. No nosso amor, não somos só amantes, mas somos companheiros. Olhas para mim e lês-me nas entrelinhas, adivinhas o que me vai na mente. Olho para ti e sorrio. Abraças-me e dizes-me «amo-te» e eu fico feliz e acredito. Vem, quero receber todo o teu amor, e continuar a brincar junto contigo.

Foto de P.H.Rodrigues

El Vinho

Lagrimas correram
Aos poucos minhas pernas me levaram
Ao lugar onde presenciei a dor dos que se renderam
De onde ouvi os gritos e choros do desespero

O tal vinho doce e apreciável
Já não doce e muito menos amável
Perdeu-se o sabor, perdeu-se o rotulo
Sim! Perdera tudo! Mudara o código!

Irreconhecível, muitas vezes indistinguível
Tal vinho que entre outros se destacará, era visível
Penas mais um passou a ser na adega.

Foto de Marilene Anacleto

Para o poeta, o nada existe

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Para o poeta, o nada existe,
É alguma coisa.

Neste nada arrasta-se,
Entra em labirintos,
Bebe um bom vinho.
Dança, caminha, pára,
Encontra-se, enfim.

Sempre encontra um movimento,
Um balouçar do vento,
Um verso para cantar.

E sente essa música inaudível,
E entra nela, balouceios e rodopios
Concatenados com sua Alma,

Naquele nada que tu não viste,
Mas que existe.

Marilene Anacleto

Foto de Lefurias

Mundo de bruxos

Não quero viver
Num mundo de bruxos,
Marginalizando as regras
Para os esdruchulos.

Não quero fingir
Que esse mundo é
Um conto de fadas.
Que todos os erros
Vão sumir do nada.
Que tudo fica bem no final.

E não quero ser
Nenhum puritano,
Que passa um ano
Sem poder comer.

Eu queria apenas
Que todos pudessem,
E faço minhas preces,
Pra que todos possam
Ter dignidade
Pra poder viver.

Eu sonho que um dia
As mil maravilhas vão acontecer.
O mundo será feito
De um modo perfeito,
E todos tranquilos vão poder viver.

Grandes amizades,
Amor de verdade,
Uma taça de vinho
E um pão pra comer.

Saúde, saudável,
Não serão apenas
Adjetivos pra quem está na tv.

Foto de Edigar Da Cruz

TEMPO DE AMOR

TEMPO DE AMOR

Hoje pela manhã acordei com aquela saudade
Querendo contigo estar ficar grudado..
Sentindo o seu toque de amor e carinho,..
Sentindo seu calor de amor,..
Do tempo de amor.
No rolar de felicidades pela cama
Sentindo-te cada vez mais minha
Aquele amor do jeito nosso de sentir.
Teu corpo sua arte de paixão
Atraindo desejo incontido de olhar
Inspiração para os versos do poeta,..
Um convite de entrega de palavras
Do lindo tempo bom de amor..
Do mesmo corpo que esquenta ao meu
Meu beijo ao seu
Tensões de vontades ardentes
Fazemos um corpo a corpo
Do tempo de amor.
De prazer de vontade.
Teu corpo
Uma taça deliciosa de vinho
De amor pronto para beber

Ed.Cruz

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Kira

ESTAVA ESCRITO

Sua presença é agua que mata a sede
É o Sol que gera a vida
Voce...
A Luz que me traz alegrias
Te amo tanto, que a vida vale
cada tempestade, cada minuto...
Justifica-se tudo, com o calor do seu amor
Como posso viver sem ti?
Com voce o mundo é lindo
O sol tem calor
A vida muito mais cor
Como posso viver sem ti?
Ar que eu respiro
Vinho que me embriaga
Carinho que me afaga...
Maktub!

kira, Penha Gonçales

Foto de Edigar Da Cruz

*****Amor Real*****

Procurei variadas, as formas de escrever um belo poema de amor
que falaria ou copiara a imagem que tenho de você !..
Fui ao encontro de Drummond de Andrade os mais lindos poemas de amor
Em Eça de Queiroz a filosofia da verdade do amor..
em Mario Quintana a razão do viver...
Nada falava que eu sinto de você!..por você paixão louca
O sol lindo que vem de ti..
Aprendi que os poetas falam e escrevem o que sentem..
um amor surreal .verdadeiro e real..
um valor de tal tamanho que não se mede a proporção...
que somente o amor que exala vem de ti
que em grandes poetas em redomas dos não o encontrei..
busquei e li vários nada contava o sentimento que
tanto faz a sentir em eu e a você..
Um amor surreal .que em poeta e filósofos
não encontrei algo desigual ...de tal tamanho..
de tal querer ...que aprendi a sentir a você..
sei que to sentido a falta do seu calor ..
daquele amor...real..verdadeiro ..
daquele vinho de amor...
quando mais perto vou achegar..
,mais sinto o doce vinho do seu corpo poético
de amor...
que em Drummond De Andrade não encontrei
em nem outros poetas
Que somente encontra alguém assim
Como você
Meu eterno viver de amor
TE AMO

Autor: Edgar Da Cruz

Foto de Lefurias

Magia

Essa luz forte que ilumina,
É a magia do nosso amor.
Poder fraterno, muito carinho,
Desejo eterno no nosso ninho.

Ave abra suas asas, por favor,
Alve força mágica do nosso amor,
Luzes d'alma que dão brilho ao caminho,
Nosso destino está marcado com o vinho.

É a magia que domina toda a alma,
Que nos acalma, nos faz viver.
É a magia, coisa linda da natureza,
É a beleza, que vem trazer.

Foto de Eveline Andrade

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor por companheiro
e o escutarei cantando, e o beberei como vinho,
e o usarei como vestimenta.

Na aurora, o amor me acordará
e me conduzirá aos prados distantes.
Ao meio dia, conduzir-me-á à sombra das árvores
onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente,
onde ouvirei a melodia da natureza
despedindo-se da luz, e contemplarei
as sombras da quietude adejando no espaço.
À noite, o amor abraçar-me-á,
e sonharei com os mundos superiores
onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.

Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado,
e cantaremos juntos entre as colinas;
e seguiremos as pegadas da vida,
que são as violetas e as margaridas;
e beberemos a água da chuva,
acumulada nos poços,
em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor
sobre camas feitas com feixes de espigas,
tendo o firmamento por cobertor
e a lua e as estrelas por companheiras.

No Outono, irei com o amor aos vinhedos
e nos sentaremos no lagar,
e contemplaremos as árvores se despindo
das suas vestimentas douradas
e os bandos de aves migratórias
voando para as costas do mar.

No Inverno, sentar-me-ei com o amor
diante da lareira e conversaremos
sobre os acontecimentos dos séculos
e os anais das nações e povos.

O amor será meu tutor na juventude,
meu apoio na maturidade,
e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida,
até que a morte chegue,
e a mão de Deus nos reúna de novo.

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