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Para o poeta, o nada existe,
É alguma coisa.
Neste nada arrasta-se,
Entra em labirintos,
Bebe um bom vinho.
Dança, caminha, pára,
Encontra-se, enfim.
Sempre encontra um movimento,
Um balouçar do vento,
Um verso para cantar.
E sente essa música inaudível,
E entra nela, balouceios e rodopios
Concatenados com sua Alma,
Naquele nada que tu não viste,
Mas que existe.
Marilene Anacleto