Trovões

Foto de betimartins

Diário da minha vida – Parte um

Diário da minha vida – Parte um

Minha vida é um faz de conta encantado, onde eu fui menina bem pequenina entre lembranças, birras, choros e gargalhadas.
Correndo entre os passeios do jardim da minha amada casa, lembro do balouço branco abanando com o vento, aquela menina sentada na cadeira de ferro, com o livro sobre a mesa, sentindo-se a dona do mundo.
Lembro do dia em que fiz a minha comunhão na candura do meu vestido minha alma estava confusa sobre o medo entre o gélido frio que sentia por medo de errar em algo.
Não entendi ali o magnífico momento e comunhão com Deus, coisas de criança distraída e teimosa.
Ainda lembro-me da casa, toda em pedra, pintada entre os desenhos da pedra em branco, as escadas onde eu alegre colocava as velas acesas para a procissão passar. Quanta vaidade eu sentia ali, naquele mágico momento, onde ninguém podia tocar só Deus e eu.
Lembro do jardim que mais tarde ajudava a cuidar, lembro das roseiras, do podar, regar, da exausta forma de tirar as ervas daninhas a sua volta. Eram as rosas mais belas em seu tom vermelho aveludado, nos presenteando com seu cheiro maravilhoso.
E as Primaveras, como eram belas as Primaveras, as flores desabrochavam e abriam deixando tudo repleto de pura beleza, os passarinhos vinham alegres fazer seus ninhos nas aves dos frutos, a tartaruga despertava do seu sono profundo e passeava entre canteiros e seu pequeno lago. .
Lembro-me de correr abraçando meu tio, mostrando as borboletas que por ali passavam, era tão belo, eram tão variadas, o céu azul, a brisa que por ali passava nos refrescando a alma, no silencio do mágico momento.
E as historia de vida e contos do cotidiano que meu amado avô contava debaixo da varanda, onde escutava feliz por estar ali, mas sempre em minha alegria e curiosidade eu pedia mais uma historia a que falava das bruxas na encruzilhada.
Sorrindo e com aquele rosto meigo e paciente, voltava a contar e contar e nunca me cansávamos de escutá-lo.
Um dia as nuvens vieram sobre a minha casa, com aquela escuridão levando aqueles que eu mais amava e tive que crescer e deixar de sonhar acordada.
Entre trovões e tempestades, entre lagrimas e desatinos, escolhas eu cresci velozmente com o relógio do tempo sem nunca parar.
Quis duvidar do meu Deus, gritei com ele sem medo, impôs respostas e no meio da minha revolta por vezes devo ter o ofendido com arrependimentos constantes.
O Deus do meu coração perdoou, mostrou-me o amor, abençoou e eu caminhei de pazes feitas com ele, feliz.
Hoje voltei a minha casa antiga, a casa de onde eu fui menina, onde corri entre brincadeiras e gargalhadas e vi que nada restou dela a não ser o lugar mágico que ainda eu senti ali naquele momento.
Nem jardim, nem o balouço, nem as pedras são iguais, a água sumiu, presa a um poço escondido, parece um palácio, mas não é o meu palácio onde eu fui feliz na infância.
Caíram as lagrimas de saudade, lembrando-me das historias que por lá passaram, lembrando-e de um casal que teve sonhos e os realizou no amor e na partilha da vida.
Esta é uma pequena parte do meu diário de vida.

Foto de GASÁR POETA

DEUS MATÉRIA

DEUS MATÉRIA

O corpo de Deus é o Universo!

Seu coração,o sol, fonte de energia de nossa vida.
Seu cérebro, a lua, romance de nossa estadia...
Seus olhos, a intenção, pensamentos e corações dos homens.
Seus cabelos, a chuva, líquido essencial à vida.
Suas mãos, as estrelas, veredas seguras.
Seu pulmão, as florestas...
Suas veias, rios e mares, nossos alimentos...
Seu sexo, masculino e feminino,
Transformação natural do universo.
Seus pés, a Terra, preparação para o paraíso.

O mistério do seu saber se esconde na noite, nas nuvens...
A sua inteligência, a perfeição da natureza.
A sua humildade, a inteligência e o livre-arbítrio do homem.
O seu ar, o oxigênio de nossa existência
E enobrecimento de nossa alma.
O seu hálito, o perfume natural do planeta Terra.
O seu expirar, o desabrochar da vida.
O seu inspirar, o vencimento da matéria.
Os seus murmúrios, os trovões...
A sua dor, a desobediência dos homens.
A sua ira, os furacões...
A sua voz, o silêncio da alma.
O seu amor, as riquezas ofertadas pelo seu corpo.

O corpo de Deus é o Universo...

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de Elias Akhenaton

EXPRESSÕES D'ALMA (auto-retrato)

Nos versos que trago no peito
Que deixo fluir neste instante
Retratam com sinceridade
A pluralidade
Dos meus sentimentos...

Não estranhem minha forma de poetar
Dos sentimentos que me ponho a falar,
Da diversidade dos temas
Da poesia ou do poema,
São simplesmente expressões d’Alma
Inspiradas e exteriorizadas no ar...

Às vezes com toque de suavidade,
Delicadeza e o
Perfume das flores,
Palavras d’Amores,
De paixão, emoção
E sedução...

Em outras;
Palavras de conforto e
Esperança que encorajam a caminhada
De um eterno aprendiz na sublime e
Sagrada jornada...

Mas como ser humano tenho
Minhas fraquezas e imperfeições.
Quem não as tem?!

N’alguns momentos brotam palavras
Tristes, palavras de saudades
Que sangram o coração,
São relatos das noites mal dormidas
Onde somente escuto os uivos dos chacais
Trovões e temporais
Que se fundem com meus ais...

Mas eis que surge a Luz, um novo alvorecer!
Um novo dia resplandece
E floresce n’outro sentimento;
Eis o momento
Da transformação
É chegada à hora da Alquimia
Tracejar simples
Versos de uma nova e
Eterna Poesia.

Elias Akhenaton

Foto de Maestrorenato

Vida

“VIDA”

V ivo querendo ser o homem que eu sonho ser o tempo todo, nunca sei exatamente em qual portão devo bater para receber a ajuda que eu sigo buscando.Deixo de lado as minhas

Idéias que fluem diante das situações, como o relampejar dos trovões, que sem permissão humana emanam no meio do céu sua luz inebriante, assim os flashs da minha mente que vaga dentro do mesmo sentido.

Durante toda a caminhada que é o desenrolar da existência do homem, as coisas e as situações que se repetem o fazem concluir em quase todos os casos que a própria vontade incontrolada pode tornar o prazer de existir numa lastimosa solidão,

Até que alguém, por misericórdia, veja de longe o que está acontecendo ao homem que segue vivendo, possa fazer algo pra ajudar o homem que segue existindo, as fontes de força humana se acabam deixando o homem a mercê do única e verdadeira fonte de vida que é o amor.Dado aos homens por Deus para demonstração da própria existência de Deus aos outros homens.

E a vida que se pensa ser tua, descobre-se agora mais não tua do que antes, e se faz mais dEle do que tudo, deixando você mais fraco e dependente de quem realmente merece de fato...Deus....

Como se em mim estivesse a força que preciso para existir...

“Existência”

Eles que pensam que minha vida é medíocre, pensam que minhas dores são passageiras, que meus sonhos são castelos de areia, que meus olhos são de pedra, e que minhas mãos não adormecem com a dureza do labor diário.

Xícaras e mais xícaras pra todos estejam ao meu redor, tentando me fazer refletir com base na hipocrisia, achando que o mais nobre vocabulário tornar-se-á na mais verdadeira amizade.

Imitam os sinceros o tempo todo, fazem o que querem com nossas emoções, deixando-nos muitas vezes ao relento com o corpo descoberto, e com a cara quebrada pelas duras palavras que muitas vezes arremessamos ao vento.Vida, que nobre pesadelo, que nobre graça.

Sempre nos deixando nos olhos lágrimas de alegria, lágrimas de tristezas, sempre nos fazendo perceber como é bom ter alguém que não deixe nossa história passar em branco, mas que possa relatar as nossas proezas e esconder nossos fracassos, fazendo de nós heróis do nosso próprio cotidiano.

Tendo a destreza de usar as palavras corretas, para nos fazer merecer os elogios que com certeza nos darão no porvir.Vida que deixa nas mãos dos outros os nossos méritos, e nossos feitos.

Enfatizo o ensejo, buscando alcançar lugar melhor na eternidade, sabendo que minhas próprias palavras me hão de dizer onde eu passarei meus últimos dias.Vida é a dívida que todo homem faz, e a morte a dívida que todo homem paga”.

Como num jogo, a existência passa a ser quase que uma graça obrigatória concedida ao homem, e faz dele o maior dentre todos na criação.Sei que em momentos onde meu corpo deixa de sentir vigor, e minhas forças se esvaem, tenho vontade de cobrar de Deus mais alguns minutos e insistir pra que ele permita que eu realmente viva de verdade.

Incrivelmente a velhice também faz parte da vida e é a maior e melhor parte que o home pode viver, sabe-se lá o que nos faria a vida se nós tivéssemos de sermos jovens pela eternidade?Onde estaríamos agora?Sempre teríamos uma nova desculpa para não morrermos.

Andando atrás do ciclo natural da vida verifiquei que não somente eu mais todos que estão ao meu redor, são obrigados a passar por estas coisas, de modo que a graça vem, ainda que para permitir desgraças, ela vem, e quando nasce é lindo, cresce lindo, vive lindo, envelhece lindo e quando morre, o faz de forma deslumbrante, mostrando aos homens que pode-se morrer com dignidade.

Existência após o Sopro...

Sopro

Suspiro de ar, pra dentro, pra fora, pra dentro de novo, pra fora outra vez, e
Outra, agora já não sabe mais, embora já tivesse ouvido de outro o
Preço que custa doar os olhos á outros pra que eles vejam o que você vê.
Respire, sinta o ar entrando e saindo, sinta a vida crescendo, emergindo.
Ostentando o tempo em que você insiste em pensar que não vive só porque não sabe respirar.

Sopro que abrem os olhos, janelas da Alma...

Janelas

Já era noite, e eu nascia já era tempo, já era dia
A vida que insistia entrar em mim, me fez pulsar o coração.
Nem sequer perguntou se eu realmente queria existir, somente me fez!
Eterno, cheio de vigor com o desfalecer pra anos além dos 10.
Lentamente me pôs de pé, me fez andar, me fez caminhar, me fez sentir
Amor, latente na alma, nas veias, no sofrimento, no alento, no conforto dos braços
Seus braços que me afagavam, e sua voz que eu podia ouvir...Dizendo..Seja!

Janelas que abrem minh’alma fazendo-me ver o que eu não quero

Alma

Alvorecer da vida, aprendizado, vivencia, nada que se possa comprar
nada que se possa obter de fato, visto que sem dono não existe e
sem forma não pode ser o que é.

Lembranças que latejam dentro da mente controlando o crescimento
do caráter, da personalidade, do prognóstico humo.

Mente formada, parte humana dentro da criação divina,
aceitação do Trino Deus como indivíduo, como único, como cheiro.

Amor de Deus, amor de pai, amor de mãe, amor de amigos, amor ágape expresso em todos os sentidos.

E como sendo Alma confesso que sinto dor, vejo então o sofrimento....

Sofrimento

Sentimento solitário, só quem sente sabe como, e com que efeito.

Ora traz lições, ora traz desgostos ainda maiores, ora traz de volta
lembranças.

Fiel em fazer doer, sem nenhum tipo de remorso ou culpa, apenas
satisfação por fazer doer.Calculista.

Refrigério, este, parece que nunca vem, e quando diz estar vindo,
parece demorar ainda mais.

Idéia maluca de viver sabendo que o certo é sofrer.

Mentir aos outros dia-a-dia um sorriso, um olhar, uma capa

Entusiasmar os outros e desanimar-se com choros e velas.

Não são assim os que por si mesmo vivem, não provam deste mesmo
cálice,nem da mesma água, que...

Turva e sem gosto não sacia a sede nem tampouco refresca.

Outrora alegria constante, no olhar inebriante, uma força vibrante, ouro, diamante,ágora não vê, não anda, não vive, somente sofre, pois para este não existe substitutos. Que bom termos estímulos.....

Estímulo

Exatamente como éramos quando nascemos,nos tornamos no momento do erro, desnudos das máscaras que a existencia nos proporciona.

Sumimos do mais atento grito de socorro da nossa alma, que clama dia e noite por liberdade.

Totalmente chocados com os valores que alcançamos pelo erros, avaliamos todas as possibilidades de sermos apenas mais um, dentro da história da nossa própria vida.

Ideias que sempre nos afogam, e nos fazem delirar enquanto o mundo, que não para, segue em massa para o destino que precede á si mesmo.

Masturbamos a mente, exigindo o êxtase total do ser, na entrega , nas lágrimas, nas aflições, nas guerras em busca da paz, somos....

Únicos em raciocinar que todas as coisas, ao mesmo tempo que conspiram contra nós, mesmo sabendo que existe, acima de nós, esta um Deus que não conhecemos direito,por isso rejeitamos sem restrições.

Louvável atitude tem aquele que descobre que sua vida não é gratuita e, sim que todos nós temos um preço,faz tudo segundo a nobreza da consciência e excelência da humildade.

Outrora éramos somente barro, agora respiramos e podemos andar, todavia ainda não crescemos e nem amadurecemos, somente temos altura, e nosso dias são contados por anos........

“ Porque no vai e vem do io-io, vê-se as voltas que a linha da.”

Foto de Rodrigo obelar

"MÁQUINAS"

Entre clarões e trovões,
Planto sementes, raízes de fé
Que não brotam, apenas
Precisam laçar a existência,
Sem perder a passagem do mundo.

Veículos dominam
Linhas, estradas, trilhos,
Atropelam a esperança,
Desintegra a aliança,
Freiam, o indomado destino,
sem rédeas controla
O giro dos planetas,
O pântano da multidão,
Nos braços da civilização.

Maquinas demitem
O criador.
O mundo vira num segundo,
Recicla o jornal mal lido,
Desamassam bolos de
Ferro que abre caminho,
Quebrando casas,
Com um espaço vácuo
De inteligência.

dragões de ferro,
dinossauros de alumínio,
devoram, destroem
a atmosfera do homem,
caindo num buraco,
cavado por mãos humanas,
em que a criatura destroem o
futuro do criador, em que a
sombra rouba a alma do mestre.

Foto de BIENVENUTI

Barco perdido

Como um barco perdido,
Num mar desconhecido,
Ninguem no timão...
totalmente sem direção...

Se ontem não havia destino,
num completo desatino,
E agora, embarcado na razão,
sendo amiga a solidão...

É melhor a tempestade,
com trovões e relampejos,
Que a dor da saudade,
acometida de desejos...

A noite tragando pobre náu,
que luta, com ondas enfurecidas,
Como encontrou tanto mal...
Pensando estar em aguas conhecidas...

Foto de Edi Diniz

Edi Diniz

Hoje não posso versejar,
tamanha é a tristeza no meu coração.
Falar de amor,seria tragico,
Da natureza seria tragedia.
De amigos seria para chorar.
Hoje a amargura tomou conta de tudo,
e só me faz ver,nuvens caregadas,
De raios e trovões prestes a desabar sobre mim.
Minha esperança e que cabe a cada dia seu proprio mal
E amanha o sol a de brilhar na minha vida .
E afastar nuvens escuras de dor e tristeza...

Foto de pttuii

Caleidoscópio

tolos versos,
prenhos de sexo,
falta de senso,
para me cuidar
e desmembrar,..

poema a meio,
frete ou cheiro
a centeio,
de virgem apurada,
enamorada de tolos,
com chuva a cair,
trovões sem sorrir,...

noite de medos fáceis,
inspiração agarrada
a flatulências ocasionais,
faros de anormais,...

para acabar sem o sim,
só de não disparado
e já morto,
para fazer o que se espera,
disto que se assemelha,
a poema semi-torto,
com raíz ecuménica,
para no fim dizer,
que sós somos todos,
mesmo quando para dentro,
restam-nos ovos,
podres ovos de sonhos
reflexos,
e medonhos....

Foto de Jessik Vlinder

A mágica de amar

A noite é longa
Estou com frio
Chove muito
Mas não sinto aquele vazio
Vazio que tortura
E torna tudo sombrio...
O céu completamente nublado
Os trovões assustadores
O barulho da chuva forte
Aquele uivo cheio de dores
Tudo me induzindo a dormir
Inundada de temores
No entanto estou aqui
Tranqüila como as flores
Que desabrocham em seus jardins
Num dia cheio de cores...
E por que nada me assusta?
Nada me deixa tenebrosa?
Até parece que a noite está linda
E que a completa uma garoa gostosa
Parece que tudo é melodia
Sob o encanto de uma voz esplendorosa
Que toca suavemente a alma
E no coração entra graciosa...
Mas o que é isso que muda o tempo?
O que é que muda qualquer som?
O que é que como se fosse magia
Faz tudo que é ruim ficar bom?
O que é que faz nascer um jardim
Num vazio e solitário coração?
Cuja vaga perdido
Em caminhos sem direção?
É simplesmente o AMOR!
Você me fez descobrir!
Ele é tão forte e tão lindo
O sentimento mais nobre que pode existir!
Obrigada por me amar
Obrigada por me fazer sorrir
Mesmo no frio dessa madrugada
Mesmo sem conseguir dormir
Você é a razão da minha alegria
Por isso te amo e sempre vai ser assim
Por mais que o tempo passe
E que venham fases ruins
Então você nunca irá me perder
E sempre será meu
Por isso que é tão bom te ter
Por isso que meu coração é todo seu!!

Fortaleza, abril de 2006
Jéssica Gomes

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